Maputo FAO alerta para perigo de aparecimento de "sem-terra" em Moçambique
O representante da
FAO em Portugal e ex-ministro da Agricultura moçambicano, Hélder Muteia,
defendeu que Moçambique deve tirar lições da experiência brasileira
para evitar que o país tenha pessoas sem-terra, devido à ação das
grandes empresas do setor agrário.
Mundo
Lusa
"O Brasil é um exemplo concreto de como a expansão do
agronegócio levou ao surgimento de famílias sem-terra. Devemos tirar
lições desta experiência para que façamos melhor", afirmou Hélder
Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO), que participou na Conferência do Setor
Familiar e Desenvolvimento em Moçambique, coorganizada pelo Observatório
do Meio Rural (OMR) e União Nacional de Camponeses (UNAC), em Maputo.
De acordo com um comunicado enviado à Lusa pela UNAC, Muteia advogou a adoção de políticas favoráveis ao desenvolvimento da agricultura familiar, como forma de proteção dos mais pobres contra a pressão sobre a terra exercida pelas grandes empresas. "O país precisa igualmente de lideranças mais fortes desde a comunidade, organizações de camponeses e governantes, que sejam capazes de converter sonhos em ações concretas", frisou o ex-ministro da Agricultura de Moçambique.
Segundo Hélder Muteia, é importante valorizar a agricultura familiar, uma vez que a mesma garante a segurança alimentar das comunidades, redução da pobreza, preservação de tradições alimentares saudáveis e proteção da biodiversidade.
"As soluções voltadas para o desenvolvimento da agricultura familiar devem passar por um diagnóstico realístico, tendo em conta a sua multifuncionalidade e multidimensionalidade", realçou Muteia.
Na sua intervenção, o representante da FAO em Moçambique afirmou que a crise global de alimentos entre 2007 e 2010 fez com que 44 milhões de pessoas no mundo passassem de pobres para extremamente pobres, enquanto hoje 70% dos produtores no mundo passam fome.
Os direitos dos camponeses moçambicanos, principalmente no centro e norte do país, estão no centro de um intenso debate, face à crescente preocupação em relação às consequências da implementação, ainda na fase inicial, do ProSavana, um programa de desenvolvimento agrário financiado pelos governos de Moçambique, Brasil e Japão, para a geração de uma agricultura virada para exportação em grandes extensões de terra.
copiado http://www.noticiasaominuto.com/
De acordo com um comunicado enviado à Lusa pela UNAC, Muteia advogou a adoção de políticas favoráveis ao desenvolvimento da agricultura familiar, como forma de proteção dos mais pobres contra a pressão sobre a terra exercida pelas grandes empresas. "O país precisa igualmente de lideranças mais fortes desde a comunidade, organizações de camponeses e governantes, que sejam capazes de converter sonhos em ações concretas", frisou o ex-ministro da Agricultura de Moçambique.
Segundo Hélder Muteia, é importante valorizar a agricultura familiar, uma vez que a mesma garante a segurança alimentar das comunidades, redução da pobreza, preservação de tradições alimentares saudáveis e proteção da biodiversidade.
"As soluções voltadas para o desenvolvimento da agricultura familiar devem passar por um diagnóstico realístico, tendo em conta a sua multifuncionalidade e multidimensionalidade", realçou Muteia.
Na sua intervenção, o representante da FAO em Moçambique afirmou que a crise global de alimentos entre 2007 e 2010 fez com que 44 milhões de pessoas no mundo passassem de pobres para extremamente pobres, enquanto hoje 70% dos produtores no mundo passam fome.
Os direitos dos camponeses moçambicanos, principalmente no centro e norte do país, estão no centro de um intenso debate, face à crescente preocupação em relação às consequências da implementação, ainda na fase inicial, do ProSavana, um programa de desenvolvimento agrário financiado pelos governos de Moçambique, Brasil e Japão, para a geração de uma agricultura virada para exportação em grandes extensões de terra.
copiado http://www.noticiasaominuto.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário