CRISE SEM FIM Ex-ministros petistas na mira Janot pede que Mantega, Palocci e Edinho Silva sejam investigados por compra de apoio partidário

Crimes

Ilegais. Segundo a PGR, os citados podem ter cometido os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral. Os políticos e partidos negam ter pedido ou recebido doações ilegais.


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Denúncia. Guido Mantega (centro) é acusado de pedir R$ 24 mi a Marcelo Odebrecht para comprar apoio
PUBLICADO EM 23/06/17 - 03h00
BRASÍLIA. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu nessa quinta-feira (22) que 11 pessoas, incluindo os ex-ministros petistas Guido Mantega, Antonio Palocci e Edinho Silva, sejam investigados no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a compra de apoio de partidos políticos à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff. Filiada ao PT, ela foi reeleita em 2014 com o apoio de outros oito partidos: PMDB, PDT, PCdoB, PP, PR, PSD, Pros e PRB.
Janot solicitou também a realização de depoimentos de nove pessoas, entre elas a própria Dilma e o ex-presidente Lula. A decisão de aceitar ou não os pedidos caberá ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF.
O inquérito foi aberto em abril, com base nas delações premiadas de Marcelo Odebrecht e de outros três ex-executivos da empresa: Alexandrino de Alencar, Fernando Luiz Santos Reis e Hilberto Mascarenhas, e já tinha como investigado o atual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
Em 2014, ele presidia o PRB, partido que apoiou a chapa Dilma-Temer. Pereira teria recebido em nome de sua legenda R$ 7 milhões em dinheiro vivo. Segundo Janot, a delação do marqueteiro João Santana, que tocou a campanha de Dilma, trouxe novos elementos.
Segundo Marcelo Odebrecht, Mantega pediu a ele R$ 24 milhões para comprar o apoio de partidos e, com isso, aumentar o tempo de TV da chapa Dilma-Temer.
Além de Santana, na lista de pessoas que Janot pediu para serem investigadas estão Manoel de Araújo Sobrinho, que já foi assessor de Edinho; o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, atualmente preso; Eurípedes Júnior e Salvador Zimbaldi Filho, do Pros; Marcelo de Oliveira Panella e Carlos Lupi, do PDT; e Fábio Tokarski, do PCdoB.
Os delatores apontaram que Edinho, então tesoureiro da campanha, solicitou que a Odebrecht pagasse R$ 7 milhões diretamente aos presidentes de Pros, PRB, PCdoB, PDT e PP para que eles se coligassem.
Com isso, o tempo de TV de Dilma, calculado com base no tamanho das bancadas de deputados dos partidos que a apoiassem, aumentaria. Edinho é atualmente prefeito de Araraquara, no interior de São Paulo.
Além de Lula e Dilma, Janot pediu o depoimento de sete pessoas: o ex-presidente do PT Rui Falcão; Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete de Dilma; o ex-ministro petista Aloizio Mercadante; a ex-secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares; Mônica Moura, mulher de João Santana; e duas ex-secretárias de Edinho Silva, identificadas pelos nomes de Elenice e Juliana.
Janot também pediu o “levantamento de registros de reuniões e encontros realizados entre colaboradores e investigados nas datas e nos locais especificados em todos os Termos de Colaboração objeto da presente investigação”.
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Ilegais. Segundo a PGR, os citados podem ter cometido os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral. Os políticos e partidos negam ter pedido ou recebido doações ilegais.


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