Qualquer governo sangra, diz Moreira sobre a hemorragia de Temer
Em depoimento à Polícia Federal, Funaro disse ter recebido orientação de Michel Temer para pagar a Moreira propina oriunda de operações no FI-FGTS (leia mais). "Isso é uma coisa surpreendente, que país é este que um sujeito tem espaço para ficar mentindo com tanta desenvoltura. Não conheço essa figura, nunca o vi. Ele terá que provar o que está dizendo. Isso é a mostra da inconsequência dos tempos que vivemos", disse o ministro de Temer. Leia aqui a entrevista na íntegra.
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal por pedir propina à Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB em 2014, o ministro Wellington Moreira Franco, da Secretaria-geral da Presidência, tentou minimizar neste domingo, 25, a debilidade do governo de Michel Temer; em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o "Angorá", como era conhecido nas planilhas de pagamento de propina da Odebrecht, disse que "qualquer governo sangra"; "O problema não é o governo sangrar. Qualquer governo sangra. O problema maior é ter milhões de desempregados. Agora que estamos recuperando o emprego, a renda, você voltar a uma situação de depressão da atividade econômica e da esperança. Isso é que é grave", afirmou; Moreira reconheceu a derrota de Temer na reforma trabalhista e conta com apoio do senador Renan Calheiros, um dos mais críticos ao governo
247 - Investigado pelo Supremo Tribunal Federal por pedir propina à Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB em 2014, o ministro Wellington Moreira Franco, da Secretaria-geral da Presidência, tentou minimizar neste domingo, 25, a debilidade do governo de Michel Temer.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o "Angorá", como era conhecido nas planilhas de pagamento de propina da Odebrecht, disse que "qualquer governo sangra". "O problema não é o governo sangrar. Qualquer governo sangra. O problema maior é ter milhões de desempregados. Agora que estamos recuperando o emprego, a renda, você voltar a uma situação de depressão da atividade econômica e da esperança. Isso é que é grave", afirmou.
Moreira reconheceu que a articulação política de Temer sofreu uma dura derrota com a rejeição da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. "O governo sofreu uma derrota importante na Comissão de Assuntos Sociais na tramitação da reforma trabalhista. Isso não foi um fato, foi um episódio. Semana que vem teremos CCJ e plenário", afirmou. A Comissão de Constituição e Justiça é presidida pelo senador Renan CAlheiros (PMDB-AL), um dos principais críticos do governo Temer e um dos responsáveis pela derrota do governo na CAS.
Moreira Franco criticou também as informações divulgadas pelo corretor financeiro Lúcio Funaro. Em depoimento à Polícia Federal, Funaro disse ter recebido orientação de Michel Temer para pagar a Moreira propina oriunda de operações no FI-FGTS (leia mais). "Isso é uma coisa surpreendente, que país é este que um sujeito tem espaço para ficar mentindo com tanta desenvoltura. Não conheço essa figura, nunca o vi. Ele terá que provar o que está dizendo. Isso é a mostra da inconsequência dos tempos que vivemos", disse o ministro de Temer. Leia aqui a entrevista na íntegra.
Histórico
Moreira Franco foi deputado federal de 2007 a 2010. Em 2007, foi indicado pelo PMDB da Câmara para uma diretoria da Caixa Econômica Federal, onde implementou o FI-FGTS, um fundo de investimentos com recursos do FGTS. Segundo as investigações da Lava Jato, a liberação de recursos do FI-FGTS só era feita após pagamento de propina. Seu sucesso no cargo foi Fábio Cleto, que é réu e delator da Lava Jato. Moreira Franco também por corrupção na Secretaria de Aviação Civil, com base nas delações de executivos da Odebrecht.
COPIADO https://www.brasil247.com/pt/247/
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