O presidente
da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), pediu "paciência"
e disse que não se pode "pré-condenar nem pré-absolver"
o presidente da República, Michel Temer (PMDB). Após evento na
Fiesp, em São Paulo, Maia também criticou o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que pediu a renúncia
de Temer.
"O
que a gente tem que ter é paciência. Não pode nem pré-condenar
nem pré-absolver o presidente", disse, ao ser questionado sobre
a situação de Temer.
"As
pessoas estão muito precipitadas. As pessoas querem, da noite para o
dia, tirar um presidente da República. Não é assim, vamos com
paciência", afirmou após participar de seminário sobre a
reforma política. "A denúncia é grave, tudo é grave, ninguém
está dizendo que não."
O
presidente da Câmara defendeu o diálogo como saída para a crise
política. "O Brasil precisa de diálogo. O Brasil precisa que
os atores que comandam o país nas principais posições, e aqueles
que já comandaram, mais paciência, que tenham a condição de
entender que essa não é uma crise qualquer. É uma crise profunda e
que nós, para sairmos dessa crise, precisamos da capacidade de
diálogo que eu tenho de tentado de alguma forma colaborar."
Questionado
sobre uma possível análise dos pedidos de impeachment contra Temer
abertos na Casa, Maia lembrou da possível
denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente por
crimes como corrupção passiva.
"O
que tem no pedido de impeachment certamente tem no pedido da
denúncia. Então, para quê que a gente vai jogar, como eu disse,
mais lenha na fogueira? Se veio a denúncia, para quê que eu vou
ficar agora decidindo sobre impeachment? Para ter dois, três
ambientes? Para gerar um ambiente de instabilidade total no Brasil",
afirmou.
"Não
é esse o caminho. O caminho é: A PGR, pelo que eu vejo na imprensa,
diz que tem os elementos. Ele vai apresentar os elementos. E cada
deputado vai avaliar com muito cuidado se deve acatar ou não o
pedido."
Críticas a FHC
Maia
também criticou o ex-presidente tucano. "Infelizmente o
presidente Fernando Henrique não colabora com a experiência que tem
por ter sido presidente do Brasil duas vezes em colocar mais pressão
nessa crise que o Brasil vive", disse, referindo-se às
recorrentes críticas ao governo federal.
"É
um homem que tem discutido de forma tão competente a vida inteira
todos os temas da sociedade, tem sido um grande formulador, mas acho
que já é a segunda vez que ele entra nesse tema. Parece que ele
está querendo participar desse processo, não sei, como se estivesse
voltando ao passado, como se fosse um jovem estudante."
O
presidente da Câmara citou posicionamento de integrantes tucanos.
"No início da crise, parte do PSDB defendia eleição indireta,
aí aperece 'diretas já'? Eu acho que esse zigue-zague não colabora
com o Brasil, não colabora com o momento que o Brasil vive."
copiado http://g1.globo.com/politica/
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