Votação marcada pela violência Governo catalão fala em mais de 800 feridos em confrontos com a polícia

RAYMOND ROIG/AFP 

Votação marcada pela violência Governo catalão fala em mais de 800 feridos em confrontos com a polícia 

Confrontos em plebiscito na Catalunha deixam centenas de feridos, dizem autoridades


Do UOL, em São Paulo



Catalunha defende referendo em busca de sua independência da Espanha43 fotos

33 / 43
1º.out.2017 - Homem cai durante os confrontos da Guarda Civil espanhola com a população na cidade de Sant Julia de RamisImagem: Albert Gea/Reuters
Confrontos ocorridos com grupos que querem votar no plebiscito separatista da Catalunha, na Espanha, já deixaram pelo menos 844 feridos neste domingo (1º), segundo dados divulgados por volta das 17h10 (horário de Brasília) pelas autoridades catalãs.
O governo espanhol considera o referendo ilegal e ordenou que as forças de segurança impedissem a votação. Em pronunciamento, o primeiro-ministro Mariano Rajoy agradeceu as forças de segurança por terem "cumprido suas obrigações e agido em defesa da lei".
A maior parte dos confrontos aconteceu quando a polícia tentava impedir a abertura de colégios eleitorais, segundo os jornais "El País" e "The Guardian".  Segundo relatos, a polícia teria usado balas de borracha, proibidas na Catalunha desde 2014. O governo catalão responsabilizou Rajoy pela violência policial.

IMAGENS MOSTRAM POLÍCIA JOGANDO PESSOAS AO CHÃO EM BARCELONA

O Ministério do Interior espanhol, por sua vez, disse que nove policiais e três guardas civis foram feridos e três pessoas --uma menor de idade-- foram presas por desacato e ataque a um oficial. Além disso, 92 postos de votação considerados ilegais foram fechados.

Início do referendo

Convocado para as 9h (4h em Brasília) deste domingo, o referendo sobre a independência da Catalunha começou de forma tensa em alguns locais de votação.
Em um centro esportivo no município de Sant Julia de Ramis, na província de Girona, onde o presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, votaria ainda pela manhã, homens da Guarda Civil Espanhola retiraram à força, um a um, os separatistas que faziam um cordão humano na porta principal para impedir a ação da polícia.
Depois da retirada das pessoas, que não revidaram, os guardas quebraram as portas de vidro e invadiram o local para recolher as urnas e outros materiais de votação. Antes mesmo das 9h, ao menos 15 estações de votação foram fechadas, segundo o jornal "El País".

Em outros lugares, como em Barcelona, capital catalã, a votação correu normalmente. O presidente regional conseguiu votar ainda na parte da manhã na cidade de Cornella de Terri e, segundo um porta-voz do governo regional, 73% das mesas estavam funcionando por volta das 11h (horário local).
Centenas de pessoas passaram a noite de sábado e a madrugada de domingo acampadas dentro e fora de escolas para garantir que elas pudessem ser usadas na consulta. Mais de 5,3 milhões de catalães foram chamados a participar.

CATALUNHA, ESCÓCIA E OUTROS: AS ASPIRAÇÕES SEPARATISTAS NA EUROPA

O governo espanhol enviou para a região mais de 10 mil agentes das forças de segurança, apreendeu milhões de cédulas de voto e 45 mil notificações que convocavam membros das mesas eleitorais. As autoridades dizem que governos locais não podem convocar referendos para tratar de questões de soberania --o que caberia apenas ao governo central. O Tribunal Constitucional considera que a iniciativa é ilegal.
As pesquisas de opinião mostram que os catalães estão divididos sobre a independência: 41,1% são favoráveis e 49,4%, contrários, segundo a última consulta do governo catalão, publicada em julho. Mas a pesquisa informa, ainda, que mais de 70% da população querem que a questão seja decidida em um referendo legal.

No sábado (30), milhares de pessoas protestaram em várias cidades da Espanha a favor e contra o referendo.
(Com AFP)

HISTORIADOR ANALISA PROTESTOS CONTRA REFERENDO SEPARATISTA DA CATALUNHA

copiado https://noticias.uol.com.br/i

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...