Guimarães: Temer agora é uma pinguela podre Não há dúvida de que, enterrada a denúncia, a fúria privatizante vai aumentar. Depois do leilão do pré-sal, virão com a modelagem da privatização da Eletrobrás. Mas no que depender do Congresso, a situação não será tão fácil para Temer. A base dele se desgastou demais para salvá-lo, o Centrão está ressentido e vai partir para cima do PSDB.

GUIMARÃES: TEMER AGORA É UMA PINGUELA PODRE

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Guimarães: Temer agora é uma pinguela podre




               “Temer escapou, ao custo indecente de R$ 33,9 bilhões,  mas agora o país entra numa fase de interrogação oceânica.  A  travessia para a eleição do ano que vem será feita sobre uma pinguela que, se já era fraca, agora é podre.  Fraco, desacreditado, desmoralizado, Temer  não terá capacidade de conduzir qualquer agenda.  Virou refém do Congresso e tudo terá que ser negociado com uma base ressentida”, diz o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).
                Ele avalia que a oposição, mesmo não tendo conseguido impedir a rejeição da denúncia na quarta-feira, saiu fortalecida porque, pela primeira vez depois do golpe, conseguiu atuar  com total unidade, conduzindo sem qualquer atrito a estratégia da obstrução, que durou o dia todo. 
                - Fizemos tudo certo, tudo valeu à pena.  PT, PDT, PSB, Rede e PSOL atuaram como uma força coesa e vamos manter esta unidade na resistência parlamentar daqui para a frente. Vamos acertar juntos a agenda para o pós-denúncia,   que será um tempo tenebroso, pois  vão tentar impor mais retrocessos ao país – diz Guimarães, apontando as três prioridades que a seu ver devem ser estabelecidas por seu partido, o PT.       
                - Em primeiro lugar, devemos apresentar um projeto para o Brasil,  um programa de desenvolvimento com soberania  e inclusão.  Temos que superar a fase da resistência com agitação e passar à proposição, respondendo à angústia silenciosa da população.   Em segundo lugar, devemos nos empenhar pela unidade da esquerda em torno de uma agenda mínima, e se possível, em torno de um projeto eleitoral  comum para 2018.  E devemos, finalmente,  cerrar fileiras em torno da candidatura do Lula, que já está percorrendo o país e espalhando a esperança com suas caravanas.
                Em relação à unidade das oposições de esquerda, Guimarães diz que vai propor à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que convide os presidentes dos demais partidos para uma reunião que tenha como pauta a ação conjunta no enfrentamento da agenda de retrocessos que Temer agora tentará acelerar.
                - Não há dúvida de que, enterrada a denúncia,  a fúria privatizante vai aumentar. Depois do leilão do pré-sal, virão com a modelagem da privatização da Eletrobrás.  Mas no que depender do Congresso, a situação não será tão fácil para Temer.  A base dele se desgastou demais para salvá-lo, o Centrão está ressentido e vai partir para cima do PSDB.   Rodrigo Maia conseguiu se manter a alguma distância do Temer e agora deve ter um protagonismo pessoal maior.   Tudo vai ter que ser muito negociado, nada vai passar goela abaixo aqui na Câmara. E se mantivermos a unidade desta semana,  conseguiremos reduzir os anos que ele tentará impor ao país no tempo que comprou para ficar no cargo e se proteger da Justiça – conclui Guimarães.


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