'Lastimável', diz Marco Aurélio sobre discussão entre Barroso e Gilmar ‘Escolheria uma arma de fogo”, diz Marco Aurélio sobre eventual duelo com Gilmar

'Lastimável', diz Marco Aurélio sobre discussão entre Barroso e Gilmar

LETÍCIA CASADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), classificou nesta sexta-feira (27) como "lastimável" a discussão entre os colegas Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes na tarde desta quinta (26) no plenário. Barroso disse que Gilmar tem "leniência em relação à criminalidade do colarinho branco". Gilmar rebateu e chamou o colega de "advogado de bandidos internacionais", por ele ter sido advogado de Cesare Battisti antes de se tornar ministro. Marco Aurélio evitou fazer maiores comentários sobre a briga. "Não teço considerações maiores porque guardo inimizade capital com um dos interlocutores", disse o ministro à reportagem. Ele e Gilmar Mendes são brigados e não se falam; nem sequer se cumprimentam nos intervalos das sessões plenárias, quando os magistrados se reúnem para tomar café, segundo relatos de ministros da corte. REPERCUSSÃO A discussão gerou um clima de constrangimento depois da sessão, disseram ministros. Gilmar deixou o tribunal assim que a presidente Cármen Lúcia suspendeu a sessão. Barroso saiu em seguida e foi cumprimentado por algumas pessoas que estavam na plateia. À noite, a presidente viajou para Belo Horizonte, mas, antes, disse a pessoas próximas que pretende conversar com Gilmar e Barroso na próxima semana. Segundo relatos, ela reclamou da exposição que o episódio gerou, o qual classificou como "absurdo". Nesta sexta, a presidente definiu a pauta do tribunal para o mês de novembro e não incluiu ações polêmicas, como prisão em segunda instância ou a possibilidade de a polícia fechar acordo de delação premiada. De acordo com um ministro, a "pauta sem grandes temas controversos" foi um pedido feito pelos magistrados e reforçado após a confusão entre os ministros. VOSSA EXCELÊNCIA A briga entre Gilmar e Barroso não foi a primeira grande confusão no plenário do Supremo. Em outubro de 2004, enquanto discutiam o aborto de anencefálicos, Marco Aurélio disse a Joaquim Barbosa que "para discutir mediante agressões, o lugar não é o plenário do STF, mas a rua". Em abril de 2009, a briga de Gilmar -uma das mais famosas do Supremo- foi com Joaquim Barbosa, que lhe disse: "Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, faz o que eu faço". Gilmar respondeu que saía às ruas. "Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso", disse Barbosa. "Vossa Excelência me respeite", rebateu Gilmar. Em agosto de 2013, Lewandowski e Barbosa discutiram enquanto julgavam recursos dos condenados no mensalão: "Estamos com pressa de quê? Queremos fazer Justiça", disse Lewandowski. "Queremos fazer nosso trabalho, não chicana", respondeu Barbosa. "Vossa Excelência está dizendo que estou fazendo chicana? Peço que Vossa Excelência se retrate imediatamente", disse Lewandowski. "Não vou me retratar, ministro", respondeu Barbosa. "Vossa Excelência tem a obrigação como presidente da casa. Está acusando um ministro, par de Vossa Excelência de fazer chicana, não admito isso", disse Lewandowski. Em novembro de 2016, enquanto julgavam gratificação de contribuição previdenciária, Gilmar ouviu de Lewandowski: "Vossa Excelência, por favor, me esqueça". Em junho de 2017, durante discussão sobre a delação da JBS, Barroso insinuou que Gilmar queria anular o acordo no futuro: "Todo mundo sabe o que se quer fazer aqui lá na frente. Eu não quero que se faça lá na frente. Já estou dizendo agora".

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‘Escolheria uma arma de fogo”, diz Marco Aurélio sobre eventual duelo com Gilmar

Em entrevista à Rádio Guaíba, 

de Porto Alegre, ministro do Supremo admitiu 'inimizade capital'

 entre ele e colega da Corte

Lucas Rivas, de Porto Alegre
06 Setembro 2017 | 19h38
Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello. Fotos: Ueslei Marcelino / Reuters e Carlos Moura / STF
Desafeto do ministro Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello tornou pública a antipatia pelo colega da Corte nesta quarta-feira, 6, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. Segundo Marco Aurélio, existe uma ‘inimizade capital’ entre ele e Gilmar.
“Em relação a mim ele passou de todos os limites inimagináveis. Caso estivéssemos no século XVIII, o embate acabaria em duelo e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”, disparou.
Marco Aurélio preferiu não comentar a declaração de Gilmar, que considerou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um “delinquente” em meio ao processo envolvendo a delação premiada de executivos da JBS. “Eu não me pronuncio, não sou censor do ministro Gilmar Mendes”, disse à Rádio Guaíba.



No âmbito da Lava Jato, o ministro Maro Aurélio traçou um paralelo com o caso envolvendo a mala de R$ 500 mil do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) com os R$ 51 milhões localizados no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima  (PMDB). “É uma malinha de mão, sem dúvida. É algo inimaginável.”
Ainda sobre as ações da Polícia Federal, Marco Aurélio adverte que ‘as mazelas e os desvios de conduta não são mais escamoteados’.
“O homem público, antes de cometer qualquer deslize, vai pensar mil vezes, ao pensar que a Polícia Federal, o Ministério Público e a magistratura estão funcionando”, concluiu.
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