Oposição denuncia prisão de histórico dirigente político na Venezuela
AFP / FEDERICO PARRAA dirigente da oposição venezuelana María Corina Machado fala durante entrevista à AFP em Caracas, na Venezuela, em 23 de novembro de 2017
O dirigente Enrique Aristeguieta, líder histórico da luta contra a ditadura venezuelana de Marcos Pérez Jiménez (1952-1958), foi detido pelo serviço de inteligência nesta sexta-feira (2), na Venezuela, como denunciaram opositores e a ONG Foro Penal.
Aristeguieta, de 84 anos, foi retirado de sua casa durante a madrugada e levado para destino desconhecido, disse à AFP a dirigente María Corina Machado.
"Aparentemente, foram decentes no sentido de que não o atropelaram, mas, sim, está detido e não sabemos aonde está", disse Machado.
Mais cedo, o próprio Aristeguieta escreveu em sua conta no Twitter que o Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) estava buscando-o em casa.
Alfredo Romero, diretor da ONG de direitos humanos Foro Penal, também denunciou a prisão por motivos políticos do dirigente e de outras 13 pessoas ao longo dessa semana.
Sete das capturas aconteceram por conta de protestos; as outras foram realizadas por "agentes vestidos de preto que os levaram de suas casas ou de lugares de trabalho sem apresentar ordem de prisão", disse Romero no Twitter.
A Foro Penal garante que há na Venezuela cerca de 230 presos políticos, mas o governo do presidente Nicolás Maduro nega, assegurando que se trata de pessoas que violaram a lei.
A aliança opositora Soy Venezuela, da qual fazem parte Machado e Aristeguieta, entre outros, exigiu a liberação imediata do dirigente. Aristeguieta também é membro da Junta Patriótica, movimento político que levou à queda de Pérez Jiménez em 23 de janeiro de 1958.
"A Soy Venezuela repudia o sequestro realizado pela ditadura na madrugada desta sexta-feira ao doutor @EAristeguieta", afirmou a Soy Venezuela no Twitter.
Aristeguieta, que também foi deputado, governador e embaixador, é um dos representantes da linha mais radical da oposição no país.
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