Mudanças no Governo Temer: “vem comigo, que depois eu te conto”
Igor Gadelha e Carla Araújo, no Estadão contam como o Planalto liga trocas nos ministérios a projeto eleitoral.
Os partidos – dá para chamar assim os condomínios de interesses que estão na base governista? – só manterão o controle dos ministérios se comprometerem-se a apoiar “o candidato do Governo”.
Qual? Adivinhou?
Mas o sr. Michel Temer não anunciou que ele não disputará as eleições? Está em O Globo, literal, explícito, definitivo, sem margens a um “pode ser”.
— Não. Tenho dito reiteradamente. As circunstâncias é que ditam a conduta. Eu não serei candidato.
Como, claro, não era ligado a Eduardo Cunha, nada tem a ver com o Porto de Santos e não conspirou pelo impeachment.
Já se viu que somos governados por um homem sem o menor apego à verdade, à lealdade e, sequer, à livre formação de consciência eleitoral da população.
O imperador da politicagem, no controle da máquina, exige dos súditos o “venha comigo e depois eu te conto o que farei”, embora todos saibam o que deseja fazer.
E nessa marcha, arrasta consigo as instituições, em especial o Exército, colocado como cabo eleitoral de sua nova imagem: o homem da segurança pública.
Não se pode conceber que as Forças Armadas queiram este papel, a menos que, em suas estratégias, esteja planejado entrar por qualquer porta no poder e, outra vez, não ter como dele sair.
O estado de desordem em que vive o país não provém das favelas cariocas. Vem da Praça dos Três Poderes, ocupada pelo crime organizado comandado por um homem sem caráter ou escrúpulos.
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