Braga Netto frustra Temer e anuncia intervenção “low profile”
O general-interventor Walter Braga Neto deve ter provocado bufos nos marqueteiros de Michel Temer.
Ao não colocar militares no comando das organizações policiais, nomeando apenas coordenadores militares para a área de Segurança e anunciando que não haverá ocupação militar em favelas, apenas ações pontuais e localizadas.
Ao que parece, portanto, longe da militarização espetaculosa da cidade que muitos pretendiam, a começar pela mídia.
Talvez nada o resuma melhor do que a frase dita por Braga Netto quando os repórteres insistiam em prolongar a entrevista – certamente muito contida – para especular:
“Senhores, no grito não funciona.”
Nem entrevista, nem segurança pública.
O general demonstrou que não está interessado, essencialmente, em promover um festival de militares nas ruas, certamente um “sucesso de público e de crítica”, embora inócuo, pela curta duração e pela superficialidade.
Era (e é) nítida a frustração da Globonews, dizendo que não foram anunciadas “medidas concretas”, como se uma coletiva de imprensa fosse o lugar de anunciar “blitzen” e cercos policiais.
Braga tem se demonstrado um homem prudente. Colocar militares no comando hierárquico das polícias Militar e Civil criaria um fator de instabilidade muito difícil de administrar e sujeito a produzir fatos apavorantes.
Como não há dia com noticias boas, nestes tempos, é preocupante que a Polícia Federal, definitivamente, está politizada e temerizada, nas mãos de Raul Jungmann e Fernando Segóvia.
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