Trump compara imigrantes a cobras traiçoeiras
AFP/Arquivos / SAUL LOEBEm sua campanha em 2016 e como presidente dos EUA, Donald Trump, leu a letra de uma canção baseada em uma fábula de Esopo para comparar os imigrantes com cobras traiçoeiras
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, equiparou nesta sexta-feira (22) os imigrantes a cobras traiçoeiras, retomando uma alegoria própria de sua campanha eleitoral em sua retórica anti-imigração.
Em uma incendiária crítica, o presidente mencionou a oposição democrata, que não apoia sua política de endurecimento das leis migratórias, e urgiu ao Congresso aprovar a construção do muro fronteiriço com México, uma de suas principais promessas.
Ante a conferência CPAC, um dos fóruns mais importantes dos conservadores americanos, Trump leu a letra da canção "The Snake", de 1968, de Al Wilson, sobre um animal doente que recompensa a "mulher bondosa" que o ajudou a se recuperar com uma picada venenosa.
"Vocês têm que pensar nisso em termos de imigração", assinalou o presidente, antes de compartilhar essa música baseada em uma fábula de Esopo.
"'Eu te salvei', gritou a mulher/'E você me picou, mas por quê?/Você sabe que sua picada é venenosa e agora eu irei morrer'/'Oh, cale-se, mulher tola', disse o réptil com um sorriso/'Você sabia muito bem que eu era uma cobra antes de me acolher'", recitou Trump em meio aos aplausos do público.
"Isso é o que estamos fazendo com nosso país", concluiu. "Estamos deixando as pessoas entrarem, e vai haver muita gente. Só vai piorar. Damos proteção a eles como nunca antes".
Trump, que também apelou para esta metáfora ao completar 100 dias de governo em um comício na Pensilvânia, destacou que "uma nação forte deve ter fronteiras fortes".
"Fazemos um chamado ao Congresso para que construa um grande muro fronteiriço para evitar que drogas e criminosos perigosos entrem em nosso país", declarou.
Trump também aproveitou para repassar as conquistas dos agentes de controle migratório, dizendo que no ano passado prenderam mais de 100 mil estrangeiros que cometeram "milhares de crimes", e reforçou seu rechaço às jurisdições do país nas quais as autoridades se negam a identificar os migrantes em situação ilegal ante os agentes federais para sua deportação.
"Estamos tomando medidas enérgicas contra as cidades-santuário", disse, depois de ameaçar na quinta-feira retirar as tropas federais do estado da Califórnia por sua negativa em cooperar com a detenção de migrantes em situação ilegal.
Na CPAC, Trump também criticou a oposição democrata por não apoiar sua proposta de regularizar os "dreamers", jovens chegados ilegalmente ao país quando crianças.
"Os democratas estão sendo totalmente insensíveis", assinalou, questionando o que considerou uma falta de resposta para substituir o programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca).
Trump se declarou cético sobre a possibilidade de conseguir uma alternativa para esses jovens imigrantes, a maioria latino-americanos. "E não é por causa dos republicanos, é pelos democratas".
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, equiparou nesta sexta-feira (22) os imigrantes a cobras traiçoeiras, retomando uma alegoria própria de sua campanha eleitoral em sua retórica anti-imigração.
Em uma incendiária crítica, o presidente mencionou a oposição democrata, que não apoia sua política de endurecimento das leis migratórias, e urgiu ao Congresso aprovar a construção do muro fronteiriço com México, uma de suas principais promessas.
Ante a conferência CPAC, um dos fóruns mais importantes dos conservadores americanos, Trump leu a letra da canção "The Snake", de 1968, de Al Wilson, sobre um animal doente que recompensa a "mulher bondosa" que o ajudou a se recuperar com uma picada venenosa.
"Vocês têm que pensar nisso em termos de imigração", assinalou o presidente, antes de compartilhar essa música baseada em uma fábula de Esopo.
"'Eu te salvei', gritou a mulher/'E você me picou, mas por quê?/Você sabe que sua picada é venenosa e agora eu irei morrer'/'Oh, cale-se, mulher tola', disse o réptil com um sorriso/'Você sabia muito bem que eu era uma cobra antes de me acolher'", recitou Trump em meio aos aplausos do público.
"Isso é o que estamos fazendo com nosso país", concluiu. "Estamos deixando as pessoas entrarem, e vai haver muita gente. Só vai piorar. Damos proteção a eles como nunca antes".
Trump, que também apelou para esta metáfora ao completar 100 dias de governo em um comício na Pensilvânia, destacou que "uma nação forte deve ter fronteiras fortes".
"Fazemos um chamado ao Congresso para que construa um grande muro fronteiriço para evitar que drogas e criminosos perigosos entrem em nosso país", declarou.
Trump também aproveitou para repassar as conquistas dos agentes de controle migratório, dizendo que no ano passado prenderam mais de 100 mil estrangeiros que cometeram "milhares de crimes", e reforçou seu rechaço às jurisdições do país nas quais as autoridades se negam a identificar os migrantes em situação ilegal ante os agentes federais para sua deportação.
"Estamos tomando medidas enérgicas contra as cidades-santuário", disse, depois de ameaçar na quinta-feira retirar as tropas federais do estado da Califórnia por sua negativa em cooperar com a detenção de migrantes em situação ilegal.
Na CPAC, Trump também criticou a oposição democrata por não apoiar sua proposta de regularizar os "dreamers", jovens chegados ilegalmente ao país quando crianças.
"Os democratas estão sendo totalmente insensíveis", assinalou, questionando o que considerou uma falta de resposta para substituir o programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca).
Trump se declarou cético sobre a possibilidade de conseguir uma alternativa para esses jovens imigrantes, a maioria latino-americanos. "E não é por causa dos republicanos, é pelos democratas".
Trump anuncia novas sanções para isolar ainda mais a Coreia do Norte
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (23) novas sanções para isolar ainda mais a Coreia do Norte, horas depois da chegada de sua filha Ivanka à Coreia do Sul para o encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Estas medidas apontam para mais de 50 companhias e navios que, segundo o Executivo americano, ajudam Pyongyang a eludir as sanções já impostas.
"Hoje lançamos as mais severas sanções que já foram impostas a um país", afirmou Trump em um longo discurso na conferência CAPC, a grande reunião anual dos conservadores americanos.
"Espero que haja algo positivo, veremos já", acrescentou.
Em uma coletiva de imprensa junto com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, Trump advertiu que as sanções são apenas a primeira opção.
"Se as sanções não funcionarem, teremos que ativar a segunda fase. A fase dois poderia ser muito dura", adiantou, sem desenvolver a ideia.
O objetivo dessas sanções é continuar cortando as fontes de renda e petróleo "que o regime utiliza para financiar seu programa nuclear e armamentista", segundo a Casa Branca.
De acordo com o Tesouro americano, essas sanções visam um indivíduo, 27 entidades e 28 navios localizados ou registrados em Coreia do Norte, China, Singapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzânia, Panamá e Comores.
O secretário do tesouro, Steve Mnuchin, assinalou que se trata de "praticamente de todos os navios" que a Coreia do Norte usou até agora.
O anúncio é feito a dois dias do fim dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, aos quais também assistem autoridades norte-coreanas.
- Colaboração da ONU-
Os Estados Unidos pretendem que a comunidade internacional pressione o regime de Pyongyang e, nesta sexta-feira, pediu à ONU que acrescente essas companhias na lista negra.
"Estamos aumentando a pressão contra o regime da Coreia do Norte, e vamos usar todas as ferramentas das quais dispomos, incluindo trabalhar com nossos aliados e através da ONU, para aumentar a pressão até que a Coreia do Norte mude seu rumo", detalhou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
O regime norte-coreano de Kim Jong-Un já é visado por várias sanções impostas por Washington e pelas Nações Unidas, a fim de forçar o abandono de seus programas nuclear e balístico.
Em 2017, o Conselho de Segurança da ONU impôs, por unanimidade, três séries de sanções econômicas contra a Coreia do Norte.
Em 5 de agosto as sanções visaram os setores do ferro, carvão e pesca; em 11 de setembro o têxtil e do petróleo; e em 22 de dezembro principalmente os produtos derivados do petróleo.
Há alguns meses, Trump acusou a China de fornecer petróleo à Coreia do Norte, apesar das sanções, uma afirmação categoricamente negada por Pequim.
- Mensagem 'às empresas em todo o mundo' -
"O Tesouro está atacando fortemente as rotas ilegais utilizadas pela Coreia do Norte para evitar as sanções", declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, citando, em particular, entregas de carvão e petróleo.
Segundo ele, as sanções destinam-se a lembrar "as empresas de todo o mundo que, se decidirem ajudar a financiar as ambições nucleares da Coreia do Norte, não poderão fazer negócios com os Estados Unidos".
Após chegar na parte da noite em Seul, Ivanka Trump, muito próxima de seu pai, participou de um jantar na Casa Azul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in.
A Casa Branca disse que havia enviado uma mensagem pessoal ao presidente Moon de seu pai a respeito do anúncio das sanções.
Em um breve discurso, Ivanka Trump insistiu na "amizade" entre Washington e Seul, mas também reafirmou a determinação dos Estados Unidos de colocar "pressão máxima" sobre Pyongyang para garantir que a península coreana seja desnuclearizada.
Pyongyang enviará no domingo uma delegação oficial de oito membros liderada pelo general Kim Yong Chol para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos.
Mas a Casa Branca disse que nenhuma reunião entre os enviados americanos e norte-coreanos foi planejada. Para a cerimônia de abertura, o líder norte-coreano enviou sua irmã Kim Yo Jong, que ficou a poucas fileiras do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence.
copiado https://www.afp.com/pt
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