Contra Temer, até sofrer. Daí, quase que institivamente, surge o que o DCM mancheteiasobre os 87% de apoio à paralisação: “É parecido com o índice de rejeição de Michel Temer“. Transportadoras devem R$ 52 bi em impostos. E não é no diesel

datagreve

Contra Temer, até sofrer.

A manchete desta manhã do Diário do Centro do Mundo “mata” qualquer charada interpretativa que pudesse haver sobre o apoio registrado pelo Datafolha ao protesto dos caminhoneiros: a desgraça que temos ocupando o que deveria ser o governo do país. Porque não dá para dizer que Michel Temer e  companhia estejam “à frente”, “no comando” ou “governando o Brasil”.
Desde o volume e a frequência dos aumentos dos combustíveis – para o que deram carta branca ao “imexível” Pedro Parente aplicar – até a incapacidade de negociar e agir diante de uma situação de emergência, tudo o que o brasileiro vê é confusão e desgoverno.
Daí, quase que institivamente, surge o que o DCM mancheteiasobre os 87% de apoio à paralisação: “É parecido com o índice de rejeição de Michel Temer“.
Politicamente, não é parecido, é igual.
Os brasileiros chegaram a um ponto de insatisfação com o rescaldo do golpe parlamentar de 2016 que até mesmo o que deveria provocar incômodo, pela insegurança e alteração da rotina da vida é visto como positivo. Tanto é assim que 60% se acham prejudicados pelas “soluções” apresentadas para a crise.
Chama a atenção o descompasso entre os prejuízos reais ao abastecimento da população registrados no levantamento, relativamente pequenos e concentrado no abastecimento de veículos e o o caos generalizado exibido de forma nauseante pela televisão.
O dado que mais chama a atenção, porém,  está lá, perdido no meio do texto da reportagem da Folha:  apenas 9% apóiam o uso de força policial ou militar para acabar com os bloqueios, enquanto 88% preferem que haja negociação.
O brasileiro, ao contrário do que os relinchos da ultradireita ressoam, que solução, mas dentro da democracia.

Transportadoras devem R$ 52 bi em impostos. E não é no diesel

camestradaLeandro Prazeres, do UOL, divulga cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional dando conta que as empresas transportadoras, principais estimuladoras da greve dos caminhoneiros, devem R$ 52 bilhões à União, dos quais R$ 46 bilhões são alvo de ações judiciais de execução fiscal e o restante, em torno de R$ 6 bilhões,são parcelamento de débitos e cobranças provisoriamente suspensas pela Justiça.
É dinheiro dos trabalhadores e grana que daria para bancar, por dois anos, um subsídio de 50 centavos por litro de óleo diesel.
Não se trata, claro, de impostos sobre o óleo diesel que move os caminhões, mas, na maioria,  de não recolhimentos da Previdência Social  e do FGTS dos caminhoneiros.
E isso sendo beneficiárias de uma política de desoneração tributária que reduz estas contribuições e que foi extinta, agora, para outros setores, mas não para as transportadoras.
Que, em muitos casos, além de apropriar-se do dinheiro que deveria se constituir em pecúlio para os empregados, também funcionam como atravessadores que ganham leoninamente por intermediar fretes para os motoristas autônomos.
Estes, sim, penam com uma margem de ganhos tão reduzida, por conta de fretes subvalorizados e combustível e pedágio nas alturas.
A política de reajustes cavalares feita por Pedro Parente na Petrobras é criminosa. Mas ela não é a única que merece este nome.

copiado http://www.tijolaco.com.br/


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