O ministro Jungmann e os generais Etchegoyen e Villas-Boas
Com a publicação na edição extra do Diário Oficial que autoriza as Forças Armadas a liberar as rodovias brasileiras, tropas federais começam a entrar com “força total” nas estradas bloqueadas país afora. A operação começou pelo Rio de janeiro, com a desobstrução da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), a mais importante do país. Desde a noite de quinta-feira, quando ficou claro que os caminhoneiros não estavam dispostos a aceitar o acordo negociado com um governo fragilizado e na defensiva, a área militar já começou a tomar providências na expectativa de ser acionada para resolver o problema. Todas as forças de segurança, inclusive as polícias militares, estão preparadas para entrar em ação.
A avaliação no governo é de que a confusa negociação conduzida pelos ministros Eliseu Padilha e Carlos Marun não havia dado certo. Em conversa com jornalistas, ainda no Palácio do Planalto, signatários do acordo diziam que não sabiam se ele seria acatado pelos caminhoneiros. Manifestações de líderes do movimento indicavam que ele não seria acatado.Na noite da quinta-feira, o comandante do Exército, general Villas Bôas, realizou uma videoconferência com os comandantes das tropas do Exército em todo o país. Acertou que as tropas ficariam de prontidão para agirem assim que fossem acionadas.
A gestão da crise passou de Padilha para o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Além de assinar o decreto, Temer também fez um pronunciamento em rede de rádio e tevê anunciando a convocação das forças de segurança.
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