Momesso: estamos tentando controlar efeito dominó da greve sobre exportações Motoristas de aplicativos e motociclistas se juntam a caminhoneiros no Rio

Momesso: estamos tentando controlar efeito dominó da greve sobre exportações

Letícia Fucuchima
São Paulo
Com as paralisações nas rodovias, os clientes da armadora não têm conseguido acessar os terminais, seja para entregar os contêineres que embarcariam nos navios agora, ou para retirar contêineres vazios que embarcariam nas próximas semanas. Todo o fluxo deverá ser prejudicado: os navios desta semana deverão sair dos portos com menos carga, enquanto a carga que se acumula terá de ser acomodada nas semanas seguintes.
Mas fazer esse rearranjo será desafiador, já que os navios de exportações têm saído cheios. "Teremos de conversar com os clientes para saber como espalhar, espaçar os embarques para que o impacto seja menor", diz Momesso.
Para o executivo, é possível que os reflexos da greve apareçam nos resultados das importações e exportações verificados pela Maersk no segundo trimestre. "Se considerarmos que falta pouco mais de cinco semanas para terminar o trimestre, há uma chance de isso impactar, porque a carga que deveria ser embarcada não necessariamente será acomodada nas próximas cinco semanas", avalia o diretor da Maersk.
Por outro lado, a empresa está otimista de que a situação será resolvida hoje ou mesmo nos próximos dias.

Motoristas de aplicativos e motociclistas se juntam a caminhoneiros no Rio

Renata Batista
Rio
"Não somos caminhoneiros, mas somos brasileiros e o problema do combustível atinge todo mundo. Não adianta o governo querer tirar de um lado, para diminuir o preço, e cobrar de outro, com mais impostos", disse, enquanto os manifestantes gritavam palavras de ordem contra Gilmar Mendes em cima de um caminhão.
As categorias que estão aderindo ao bloqueio dos caminhoneiros estão fazendo escala no local e prometem trazer mantimentos. "Vamos manter uns 500 carros em cada turno. A Federação está mobilizando motoristas de aplicativos em todo o país", afirma Denis Moura, presidente da Associação de Motoristas Particulares Autônomos, filiada à federação. O número foi combinado para que os motoristas também possam trabalhar.
Para Francisco Silva, que trabalha para a transportadora Cupelo, especializada em transporte de combustível para a própria Petrobras, o movimento já saiu do controle do sindicato. A transportadora tem cerca de 240 motoristas se revezando no local desde a madrugada de segunda. Os caminhões estão na garagem.
"Aqui, ficam apenas os caminhões de carga seca. São os caminhoneiros que estão no controle", afirma Francisco, ao lado do carro de som comandado por outro funcionário da empresa.
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