UE prorroga sanções econômicas contra Rússia por conflito na Ucrânia
AFP / EMMANUEL DUNANDO Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker (C), fala com o Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk (E), e o Primeiro Ministro da Bulgária, Boyko Borisov, em 13 de dezembro de 2018, em Bruxelas.
Chefes de Estado europeus acordaram nesta quinta-feira (13) prorrogar por seis meses as sanções econômicas contra a Rússia por seu papel no conflito na Ucrânia, por não terem sido registrados avanços na aplicação dos acordos de paz de Minsk.
"A União Europeia (UE) prorroga unanimemente as sanções econômicas contra a Rússia, visto que não se avançou na aplicação dos acordos de Minsk", anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. A vigência se estende até julho.
A UE decidiu impor sanções a setores energéticos, de defesa e bancos russos pela primeira vez em 31 de julho de 2014, após a derrubada de um avião da companhia Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, e desde então se prorroga a cada seis meses.
Em meados de março de 2015, decidiram também vincular sua duração à aplicação dos acordos de Minsk, que buscam pôr um fim ao conflito entre as forças leais a Kiev e separatistas pró-russos no leste do país.
A oitava prorrogação das sanções, às quais a Rússia respondeu com medidas de retaliação contra agricultores europeus, chega em um contexto de tensão entre Kiev e Moscou por um incidente naval no fim de novembro no mar de Azov.
"O Conselho Europeu solicita a libertação imediata de todos os marinheiros ucranianos detidos, a devolução dos navios e a livre circulação de todas as embarcações através do estreito de Kerch", acrescentou Tusk em um novo tuíte.
Em uma declaração, os 28 chefes de Estado e governo da UE expressam também sua disposição "a adotar medidas para seguir reforçando seu apoio [a Kiev], inclusive em favor das zonas afetadas da Ucrânia".
A Otan, que também condena o incidente e exorta a libertação de marinheiros, anunciou horas antes seu apoio a Kiev com o fornecimento de equipamentos de comunicação segura antes do fim do ano.
As sanções econômicas são um dos aspectos das medidas punitivas decididas pela UE para sancionar o papel de Moscou na Ucrânia, país do qual arrebatou, em março de 2014, a península da Crimeia e onde morreram mais de dez mil pessoas.
Cúpula da Renault mantém Ghosn na Presidência
AFP/Arquivos / Toshifumi KITAMURA(ARQUIVOS) Presidente e diretor-geral da Nissan Motors, Carlos Ghosn, fala durante uma conferência de imprensa em Yokohama, em 13 de maio de 2015
O conselho administrativo da Renault ratificou nesta quinta-feira (13) Carlos Ghosn, preso no Japão por ocultar parte de sua renda, como presidente da multinacional.
Ghosn permanece como presidente e diretor-geral, como havia sido anunciado em 20 de novembro, explicou o principal fabricante de automóveis francês, que "não está em posição de decidir" sobre as acusações contra ele.
O conselho de administração declarou que o fabricante francês chegou à "conclusão preliminar, à conformidade dos elementos de remuneração do presidente-gerente geral da Renault e das condições de sua aprovação de acordo com as disposições legais", referindo-se a às apurações iniciadas após a prisão de Ghosn no Japão.
Os administradores da Renault designaram provisoriamente a Thierry Bolloré como diretor-geral do grupo.
No Japão, Ghosn foi demitido como presidente dos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi após o escândalo.
Detido em 19 de novembro em Tóquio, o presidente da Renault e da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi está preso desde então. Ele foi indiciado na segunda-feira por esconder dinheiro por cinco anos, e sua detenção provisória foi prolongada com base em novas alegações.
A detenção provisória se estende agora até 20 de dezembro, data que poderá ser prorrogada por mais 10 dias.
Facebook abre quiosque em Nova York para informar usuários sobre privacidade
AFP / TIMOTHY A. CLARYQuiosque 'pop-up' do Facebook em Manhattan, Nova York, em 13 de dezembro de 2018
Em meio a escândalos e críticas pelo uso de dados pessoais, o Facebook abriu, nesta quinta-feira (13), um quiosque 'pop-up' (temporário) em Nova York para explicar aos usuários como podem proteger sua privacidade.
Durante 10 horas, funcionários do Facebook ofereceram aos transeuntes café e chocolate quente e lhes explicaram como verificar as configurações de privacidade em sua conta na rede social - quem pode ver seus dados pessoais e porque - e como modificá-las para excluir algumas pessoas ou anunciantes.
Após uma experiência similar em Londres em setembro, o Facebook fez esta operação de marketing pedagógico - a primeira nos Estados Unidos - no mercado de Natal que é montado todos os anos em Bryant Park, em Manhattan.
"Sabemos que as pessoas têm dúvidas sobre os dados pessoais e a publicidade na plataforma, portanto pensamos que era um momento excelente para falar com elas pessoalmente", explicou Kahliah Barnes, responsável de privacidade da rede social.
Nove meses após a revelação do escândalo da Cambridge Analytica, que provocou investigações parlamentares e tentativas de boicote à rede social, que tem mais de dois bilhões de usuários, a ideia é mostrar os esforços da companhia californiana para esclarecer seu uso de dados pessoais.
Jennifer Shin, de 26 anos, que passou pelo quiosque na hora do almoço, disse que a iniciativa é "interessante, considerando todas as preocupações que há atualmente em relação ao Facebook e à privacidade".
"Entrei com uma opinião negativa, depois de todos esses artigos sobre as coisas ruins que o Facebook fez", apontou Michael Beswetherick, engenheiro de sistemas do New York Times, de 26 anos.
Após conversar com os funcionários e lhes perguntar como faziam para limitar a difusão de informações falsas em período eleitoral, saiu do quiosque satisfeito: "Eram todos muito legais. Não é um trabalho fácil", afirmou.
copiado https://www.afp.com/pt
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