Milhares de haitianos protestam contra inflação e corrupção
AFP / HECTOR RETAMALManifestantes se reúnem em Porto Príncipe
Milhares de pessoas protestaram nesta quinta-feira na capital do Haiti e nas principais cidades do país contra a inflação galopante, e para exigir a renúncia do presidente, Jovenel Moïse.
Ao menos duas pessoas morreram e 14 policiais ficaram feridos nos protestos.
Confrontos foram registrados em Porto Príncipe entre manifestantes mais radicais e policiais, que usaram gás lacrimogêneo e atiraram para o alto para tentar dispersar a multidão.
Um grupo ateou fogo em vários veículos.
A polícia confirmou o balanço de dois manifestantes mortos e indicou que 14 agentes foram feridos, principalmente por lançamentos de pedras.
A economia haitiana, afetada por uma inflação superior a 15% durante dois anos, enfrenta uma acelerada desvalorização da moeda nacional, o gourde, em relação ao dólar, o que aumenta os preços dos produtos de primeira necessidade, majoritariamente importados.
Organizadas no aniversário do fim da ditadura de Duvalier, que aconteceu em 7 de fevereiro de 1986, as manifestações exigem o fortalecimento das instituições do Estado, contaminadas pela corrupção.
Na semana passada, o Tribunal Superior de Contas divulgou um relatório de auditoria sobre a calamitosa gestão e os possíveis desvios de recursos emprestados desde 2008 pela Venezuela ao Haiti para financiar o desenvolvimento econômico e social.
Quinze ex-ministros e altos funcionários foram citados no documento, assim como uma empresa que era dirigida na época pelo atual presidente, identificada como beneficiária de recursos para um projeto de construção de uma estrada sem a assinatura de qualquer contrato.
Bolsonaro visitará os EUA na segunda quinzena de março
AFP/Arquivos / EVARISTO SAO presidente Jair Bolsonaro visitará os Estados Unidos na segunda quinzena de março
O presidente Jair Bolsonaro visitará os Estados Unidos na segunda quinzena de março, anunciou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, confirmando sua sintonia com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Já quase convergimos com uma data no início da segunda quinzena de março, que deve ser anunciada oficialmente em breve", disse Araújo em entrevista coletiva em Washington.
O ministro das Relações Exteriores disse que a visita implicará em "uma nova visão" da aliança entre o Brasil e os Estados Unidos, "em um nível muito diferente e muito mais profundo".
Trump e Bolsonaro pressionam por uma mudança na Venezuela, para tirar Nicolás Maduro do poder. Criticam fortemente os governos de Cuba e da Nicarágua e também compartilham posições "duras" sobre as mudanças climáticas e o papel da China.
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