BRASÍLIA, 5 Mar (Reuters) - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, se desculpou nesta segunda-feira com o Brasil após uma forte crítica aos preparativos do país para a Copa do Mundo de 2014, e citou um erro de tradução como raiz da polêmica.
O dirigente elevou o tom das críticas ao Brasil na sexta-feira, dizendo que os organizadores da Copa precisavam levar um "chute no traseiro" para fazer o evento acontecer.
Valcke afirmou que a expressão usada por ele "significa apenas 'acelerar o ritmo'".
"Eu lamento profundamente que a interpretação incorreta das minhas palavras tenha causado tanta preocupação", disse Valcke em carta encaminhada ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e divulgada pelo ministério.
"Infelizmente essa expressão foi traduzida para o português usando palavras muito mais fortes", disse. "Gostaria de pedir desculpas ao sr. e também a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida com as minhas palavras".
As declarações de Valcke provocaram uma reação forte do governo brasileiro. No sábado, Aldo convocou jornalistas para censurar o dirigente, dizendo que o país não o aceitava mais como interlocutor junto à Fifa.
O Brasil oficializou o veto ao dirigente em carta enviada ao presidente da entidade, Joseph Blatter, nesta segunda-feira.
"A forma e o conteúdo das declarações (de Valcke) escapam aos padrões aceitáveis de convivência harmônica entre um país soberano como o Brasil e uma organização internacional centenária como a Fifa", diz o documento.
"Diante dessa realidade, o governo brasileiro não pode mais aceitar nas suas tratativas com a Fifa o senhor Jérôme Valcke como interlocutor durante a preparação desse Mundial."
As desculpas de Valcke foram divulgadas após o governo enviar o documento à Fifa.
"AR DE PREOCUPAÇÃO"
O dirigente tem sido crítico aos preparativos do Brasil para sediar o Mundial, sobretudo em relação à aprovação da Lei Geral da Copa, que define regras para a realização do torneio no Brasil, e que tramita em Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Apesar de ter elogiado os preparativos para a realização do Mundial em janeiro, quando visitou o Brasil, Valcke revelou na carta haver "certamente um ar de preocupação na Fifa" com o ritmo dos trabalhos no país.
"Sendo eu, em última análise, a pessoa responsável por esta Copa do Mundo, estou sob bastante pressão", disse. "Estou confiante que não existe nenhum problema que não possa ser superado".
Valcke deve visitar o Brasil no dia 12, onde irá vistoriar obras do Mundial, em viagem que estava programa antes da polêmica.
(Por Hugo Bachega) COPIADO http://br.reuters.com/
O dirigente elevou o tom das críticas ao Brasil na sexta-feira, dizendo que os organizadores da Copa precisavam levar um "chute no traseiro" para fazer o evento acontecer.
Valcke afirmou que a expressão usada por ele "significa apenas 'acelerar o ritmo'".
"Eu lamento profundamente que a interpretação incorreta das minhas palavras tenha causado tanta preocupação", disse Valcke em carta encaminhada ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e divulgada pelo ministério.
"Infelizmente essa expressão foi traduzida para o português usando palavras muito mais fortes", disse. "Gostaria de pedir desculpas ao sr. e também a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida com as minhas palavras".
As declarações de Valcke provocaram uma reação forte do governo brasileiro. No sábado, Aldo convocou jornalistas para censurar o dirigente, dizendo que o país não o aceitava mais como interlocutor junto à Fifa.
O Brasil oficializou o veto ao dirigente em carta enviada ao presidente da entidade, Joseph Blatter, nesta segunda-feira.
"A forma e o conteúdo das declarações (de Valcke) escapam aos padrões aceitáveis de convivência harmônica entre um país soberano como o Brasil e uma organização internacional centenária como a Fifa", diz o documento.
"Diante dessa realidade, o governo brasileiro não pode mais aceitar nas suas tratativas com a Fifa o senhor Jérôme Valcke como interlocutor durante a preparação desse Mundial."
As desculpas de Valcke foram divulgadas após o governo enviar o documento à Fifa.
"AR DE PREOCUPAÇÃO"
O dirigente tem sido crítico aos preparativos do Brasil para sediar o Mundial, sobretudo em relação à aprovação da Lei Geral da Copa, que define regras para a realização do torneio no Brasil, e que tramita em Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
Apesar de ter elogiado os preparativos para a realização do Mundial em janeiro, quando visitou o Brasil, Valcke revelou na carta haver "certamente um ar de preocupação na Fifa" com o ritmo dos trabalhos no país.
"Sendo eu, em última análise, a pessoa responsável por esta Copa do Mundo, estou sob bastante pressão", disse. "Estou confiante que não existe nenhum problema que não possa ser superado".
Valcke deve visitar o Brasil no dia 12, onde irá vistoriar obras do Mundial, em viagem que estava programa antes da polêmica.
(Por Hugo Bachega) COPIADO http://br.reuters.com/
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