O responsável máximo da segurança do regime de Bachar al-Assad veio a sucumbir hoje em resultados de ferimentos sofridos no atentado de quarta-feira em Damasco, onde perderam a vida outros três altos dirigentes...
DamascoAtentado também matou chefe da segurança síria
por Abel Coelho de MoraisHoje
Imagem
do centro de Damasco. Combates estão a intensificar-se entre as forças
da oposição e os militares fiéis ao regime na capital síria
Fotografia © Reuters
O
responsável máximo da segurança do regime de Bachar al-Assad veio a
sucumbir hoje em resultados de ferimentos sofridos no atentado de
quarta-feira em Damasco, onde perderam a vida outros três altos
dirigentes sírios. Também em Damasco, onde as forças fiéis a Assad
desencadearam ontem uma série de contra-ataques sobre áreas em poder da
rebelião, as milícias da oposição foram expulsas do bairro de Midane,
segundo a AFP que cita o Observatório Sírio dos Direitos do Homem. Na
operação
A televisão estatal
síria anunciou hoje a morte do general Hicham Ikhtiar, chefe dos
serviços de segurança nacional sírios, que participava na reunião de
quarta-feira alvo do atentado à bomba que vitimou outros importantes
dirigentes do regime de Bachar al-Assad.
O anúncio da morte de Ikhtiar, de 71 anos e considerado uma figura chave no aparato repressivo do regime, sucedeu no momento em que decorriam na capital síria os funerais dos outros dirigentes mortos no ataque de quarta-feira, reivindicado pelo Exército Sírio Livre. Além de Ikhtiar, perderam a vida o ministro da Defesa, general Daoud Rajha, um cunhado do Presidente Bachar al-Assad, Assef Shawkat, e o general Hassan Turkmani, líder da célula de crise no combate à rebelião. Um outro bairro da capital síria, Jobar, também voltou a estar sobre controlo das forças fiéis a Assad. Apesar destes revezes, as forças da oposição continuam a reivindicar que começou a batalha pela "libertação de Damasco" e estão a ocupar diferentes posições noutros pontos do país. Desde quinta-feira que todos os postos fronteiriços com o Iraque e alguns com a Turquia estão sob controlo do Exército Sírio Livre.
No
plano diplomático, Moscovo criticou "as tentativas de alguns países
ocidentais de tornarem a Rússia responsável pela escalada de violência
na Síria, devido à sua recusa de apoiar uma resolução [da ONU] com a
ameaça de sanções contra o poder sírio que é absolutamente inaceitável",
afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo,
Alexandre Loukachevitch.
O diplomata russo considerou ser mais importante "que os nossos parceiros ocidentais façam qualquer coisa para levar a oposição armada a enveredar na via de uma solução pacífica". Ainda em Moscovo, foi desmentido que a mulher de Bachar al-Assad, Asma Assad, se encontrasse refugiada na capital russa. http://www.dn.pt/ |
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