SÍRIA - Obama terá autorizado operações secretas na Síria - Três milhões de sírios precisam de ajuda alimentar - Rebeldes atacam aeroporto militar perto de Alepo - 43 mortos em ofensiva do Exército perto de Damasco - Venezuela apoia posição da Rússia e da China

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SÍRIA - Obama terá autorizado operações secretas na Síria - Três milhões de sírios precisam de ajuda alimentar - Rebeldes atacam aeroporto militar perto de Alepo - 43 mortos em ofensiva do Exército perto de Damasco - Venezuela apoia posição da Rússia e da China

 SÍRIA  - Obama terá autorizado operações secretas na Síria -

Mulher caminha entre a destruição na cidade de Alepo, onde forças do regime de Assad combatem rebeldes sírios
Fotografia © Reuters
O Presidente norte-americano, Barack Obama, terá autorizado operações secretas da CIA na Síria para apoiar os rebeldes na sua luta contra o regime de Bashar al-Assad, avançou na quarta-feira a cadeia de televisão CNN.
De acordo com fontes citadas pelo canal norte-americano, a ordem presidencial assinada por Obama é semelhante à que foi concedida durante o conflito na Líbia.
A CNN não adiantou, porém, os detalhes desta autorização, designadamente quando ela foi assinada ou os planos para apoiar os rebeldes na sua luta.

A Casa Branca tem reiterado que prestará apenas assistência humanitária e que não fornecerá armas à oposição síria, considerando que o regime de Bashar al-Assad violou os direitos humanos e não cumpriu os seus compromissos de por fim à violência contra civis.

No mesmo dia, foi anunciado pelo porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Patrick Ventrell, que o Governo dos EUA vai apoiar a causa da oposição síria com mais 10 milhões de dólares, além dos 15 milhões previstos.

Este apoio, num total de 25 milhões de dólares (20,4 milhões de euros), não inclui armamento, garantiu o responsável, centrando-se antes em equipamento de comunicação.


Mulher caminha entre a destruição na cidade de Alepo, onde forças do regime de Assad combatem rebeldes sírios Fotografia © Reuters
Por outro lado, os Estados Unidos também já disponibilizaram 64 milhões de dólares (52,2 milhões de euros) de ajuda humanitária destinada à população síria afetada pelo conflito.

FAO

Três milhões de sírios precisam de ajuda alimentar

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia ViegasHoje
A organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciou hoje que três milhões de sírios necessitam com urgência de alimentos e ajuda para as culturas de cereais e para o gado.
Com base num estudo da ONU e do regime sírio, a FAO indicou ainda que destes três milhões de pessoas, metade precisa de ajuda alimentar urgente nos próximos três a seis meses, particularmente nas zonas atingidas pelo conflito.
Cerca de um milhão de pessoas precisam de assistência para as culturas, forragens, combustíveis e reparação de sistemas de irrigação.

Durante os próximos doze meses, a FAO considera que vai ser necessário reforçar a ajuda alimentar e alega que o número de pessoas a necessitar desta atingirá os três milhões.

Estes números foram extraídos dos resultados de uma missão de avaliação das necessidades em matéria de segurança alimentar efetuada em junho pela FAO, pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo Ministério da Agricultura e da Reforma Agrária sírio.

O relatório final da missão indica que o setor agrícola sírio registou perdas de um total de 1,8 mil milhões de dólares (cerca de 1,46 mil milhões de euros) devido à crise que atinge atualmente o país.
Este balanço inclui as perdas e danos provocados nas culturas, no gado e nos sistemas de irrigação. As culturas estratégicas de trigo e de cevada foram severamente atingidas, bem como as das cerejeiras e oliveiras. 

Síria

Rebeldes atacam aeroporto militar perto de Alepo

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia ViegasHoje
Os rebeldes sírios bombardearam esta manhã o aeroporto militar de Menagh, a 30 quilómetros a noroeste de Alepo, de onde partem os helicópteros e aviões que participam nos ataques contra aquela cidade, informou uma organização não governamental.
"O aeroporto militar de Menagh foi bombardeado esta manhã por um tanque que os rebeldes tomaram em operações precedentes", indicou o Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).

Síria

43 mortos em ofensiva do Exército perto de Damasco

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia ViegasHoje
O Exército sírio lançou na quarta-feira uma ofensiva contra uma localidade perto de Damasco que causou a morte a 43 pessoas, algumas das quais foram executadas, informou o Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).
"As forças do regime entraram na quarta-feira na localidade de Jdeidet Artouz, detiveram uma centena de jovens e fecharam-nos numa escola onde foram torturados", afirma o OSDH.
A mesma organização não governamental refere que "esta manhã, depois da operação, os corpos de 43 pessoas foram encontrados e que algumas foram vítimas de execuções sumárias".

A OSDH deu na quarta-feira conta de 28 civis mortos no ataque contra a mesma localidade.

De acordo com os dados da organização, 163 pessoas foram mortas na quarta-feira na Síria na sequência da violência que o país enfrenta, entre as quais 98 civis, 20 rebeldes e 45 soldados.

Síria

Venezuela apoia posição da Rússia e da China

por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia ViegasHoje

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou na quarta-feira o apoio do seu Governo ao bloqueio de resoluções sobre a Síria pela Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU.
"Nós partilhamos a posição da Rússia e da China, países nossos aliados e também amigos, para que se respeite a soberania da Síria", disse Chávez aos jornalistas à chegada a Caracas procedente de Brasília, onde se deslocou para a oficialização da entrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul).
O presidente venezuelano considera que "há que se condenar os atos terroristas que afetam o povo sírio e que não são lançados pelo Governo da Síria, mas por grupos terroristas infiltrados".

Chávez defendeu que os sírios devem buscar uma solução pacífica para a atual crise e acusou o novo Governo francês de François Hollande de "estar empenhado em derrubar" o presidente sírio Bashar al Assad, ainda mais do que o antecessor Nicolas Sarkozy.

"É triste haver governos europeus que reconhecem os terroristas, se reúnem com eles e lhes enviam dinheiro e armas", frisou.
copiado :  http://www.dn.pt/

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