Obama se diz preocupado mas reage com cautela sobre Síria
Por Roberta Rampton e Jeff Mason
WASHINGTON/AUBURN, Estados Unidos, 23 Ago
(Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em entrevista
exibida na sexta-feira que o aparente uso de armas químicas contra civis
nesta semana na Síria foi "claramente um fato grande", mas que a
resposta tem de ser cautelosa.
Em suas primeiras declarações desde o suposto ataque na
madrugada de quarta-feira nos subúrbios de Damasco, Obama salientou a
importância de respeitar o direito internacional na resposta ao
incidente, e disse estar preocupado com os custos humanos e financeiros
de um eventual envolvimento norte-americano em conflitos externos.
"O que estamos vendo indica que se trata claramente de um fato grande, de grave preocupação", disse Obama à CNN.
Mas, confrontado com sua declaração de um ano atrás, quando
disse que o uso de armas químicas no conflito sírio seria um limite
intolerável para os EUA, Obama manifestou cautela.
"Se os EUA saírem atacando outro país sem um mandato da ONU e
sem provas claras que possam ser apresentadas, então haverá dúvidas em
termos de se o direito internacional ampara isso, se temos uma coalizão
que faça isso funcionar, e, sabe, essas são considerações que precisamos
levar em conta", afirmou o presidente.
"A noção de que os EUA podem de alguma forma resolver o que é
um complexo problema sectário dentro da Síria é às vezes exagerada",
acrescentou.
Obama fez um apelo para que o governo sírio autorize inspetores
da ONU a investigar o incidente, mas admitiu que essa cooperação é
improvável.
Ativistas sírios dizem que centenas de pessoas, inclusive
muitas mulheres e crianças, morreram enquanto dormiam na quarta-feira,
devido a ataques com gás venenoso em subúrbios de Damasco dominados por
rebeldes. O governo de Bashar al-Assad nega ter usado armas químicas
contra seus cidadãos, e alega que isso seria especialmente improvável
num momento em que inspetores da ONU recém-chegados a Damasco se
hospedam em um hotel a poucos quilômetros do local do suposto ataque.
Avaliação preliminar de EUA e aliados indica que forças sírias usaram armas químicas
WASHINGTON, 23 Ago (Reuters) - Agências de inteligência dos Estados Unidos e de países aliados fizeram uma avaliação preliminar de que as forças do governo sírio usaram armas químicas para atacar uma área perto de Damasco nesta semana e que o ato provavelmente teve aprovação do alto escalão do governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, de acordo com fontes de segurança norte-americanas e europeias.WASHINGTON, 23 Ago (Reuters) - Agências de inteligência dos Estados Unidos e de países aliados fizeram uma avaliação preliminar de que as forças do governo sírio usaram armas químicas para atacar uma área perto de Damasco nesta semana e que o ato provavelmente teve aprovação do alto escalão do governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, de acordo com fontes de segurança norte-americanas e europeias.
As fontes, falando sob condição de anonimato, alertaram que a avaliação é preliminar e que, nesta fase, os especialistas ainda estão procurando uma prova conclusiva, o que poderia levar dias, semanas ou mais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou nesta sexta-feira o suposto ataque, que os rebeldes dizem ter matado entre 500 e 1.000 civis, de um "grande evento de grave preocupação", mas ressaltou que não tem pressa para envolver norte-americanos em uma nova guerra.
(Reportagem de Mark Hosenball)
COPIADO http://br.reuters.com/
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