Ucrânia Rússia tem "controlo operacional" da Crimeia

Militares que se pensa serem russos fotografados no exterior da zona da unidade militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye, perto de Simferopol, na Crimeia (Ucrânia)
(COM VÍDEO) "A Ucrânia é a maior crise que a Europa enfrentou no século XXI", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, admitindo que está extremamente preocupado com...
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Militares que se pensa serem russos fotografados no exterior da zona da unidade militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye, perto de Simferopol, na Crimeia (Ucrânia)

Rússia tem "controlo operacional" da Crimeia


(COM VÍDEO) "A Ucrânia é a maior crise que a Europa enfrentou no século XXI", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, admitindo que está extremamente preocupado com...

por Patrícia Viegas, com Reuters, AFP e Lusa
Militares que se pensa serem russos fotografados no exterior da zona da unidade militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye, perto de Simferopol, na Crimeia (Ucrânia)
Militares que se pensa serem russos fotografados no exterior da zona da unidade militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye, perto de Simferopol, na Crimeia (Ucrânia) Fotografia © Reuters

(COM VÍDEO) "A Ucrânia é a maior crise que a Europa enfrentou no século XXI", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, admitindo que está extremamente preocupado com a possibilidade de ocupação militar da Crimeia, na Ucrânia, por forças militares russas.

"A situação é muito tensa e perigosa. E isso foi provocado pela intervenção russa", declarou o chefe da diplomacia russa, citado pela Reuters, admitindo ainda que "a Rússia tomou "o controlo operacional" da península da Crimeia. Segundo guardas de fronteira ucranianos, citados esta manhã pela AFP, os militares russos continuam a desembarcar em massa na Crimeia.
"Esta não pode ser a forma segundo a qual as relações internacionais se devem pautar no século XXI. Não é aceitável e haverá consequências e um preço a pagar", declarou William Hague em Kiev, citado pela AFP, considerando que a Ucrânia está "à beira do desastre" depois da "declaração de guerra" da Rússia.
Defendendo um apoio de dez milhões de libras (12 milhões de euros) para as autoridades ucranianas, Hague, citado pelo 'site' do 'Guardian', descartou, porém, qualquer intervenção militar britânica na Crimeia ou na Ucrânia para ajudar os ucranianos a fazer face aos avanços dos russo.
Veja aqui um vídeo da BBC que mostra forças russas a tomar o quartel-general da marinha ucraniana em Sevastopol na Crimeia:

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, por sua vez, acusou o novo Governo da Ucrânia de querer atacar as minorias e criticou os países que ameaçam a Rússia com sanções e o isolamento.
Referindo-se à ameaça dos Estados Unidos e de outros países de aplicar sanções à Rússia e de lhe retirar o seu lugar à mesa do G-8, Lavrov acusou-os de distorcerem a situação na Ucrânia e de terem encorajado a atual polarização.
"Aqueles que tentam interpretar a situação como uma agressão e ameaçam com sanções e boicote, são os mesmos que encorajaram sistematicamente a negação do diálogo e encorajaram a polarização da comunidade ucraniana", disse o ministro russo.
Serguei Lavrov defendeu a decisão do Senado da Rússia de autorizar uma intervenção na Ucrânia como "legal e legítima" e insistiu na importância de Moscovo defender os direitos da minoria russa.
O Senado russo autorizou no sábado o presidente, Vladimir Putin, a recorrer às Forças Armadas para proteger os cidadãos e soldados russos na república autónoma da Crimeia, no sul da Ucrânia.
Lavrov deverá reunir-se hoje em Genebra com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre a crise na Ucrânia. Enquanto isso, os ministro dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reúnem-se, de emergência, hoje em Bruxelas. E os EUA, cujo secretário de Estado John Kerry é esperado amanhã em Kiev, defenderam que a Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) deve enviar "de imediato" uma missão de observação para a Ucrânia.
"Vamos pedir que observadores da OSCE sejam enviados imediatamente para a Ucrânia", afirmou o embaixador Daniel Baer, enviado dos Estados Unidos à reunião do organismo pan-europeu em Viena, na Áustria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, por sua vez, acusou o novo Governo da Ucrânia de querer atacar as minorias e criticou os países que ameaçam a Rússia com sanções e o isolamento.
Referindo-se à ameaça dos Estados Unidos e de outros países de aplicar sanções à Rússia e de lhe retirar o seu lugar à mesa do G-8, Lavrov acusou-os de distorcerem a situação na Ucrânia e de terem encorajado a atual polarização.
"Aqueles que tentam interpretar a situação como uma agressão e ameaçam com sanções e boicote, são os mesmos que encorajaram sistematicamente a negação do diálogo e encorajaram a polarização da comunidade ucraniana", disse o ministro russo.
Serguei Lavrov defendeu a decisão do Senado da Rússia de autorizar uma intervenção na Ucrânia como "legal e legítima" e insistiu na importância de Moscovo defender os direitos da minoria russa.
O Senado russo autorizou no sábado o presidente, Vladimir Putin, a recorrer às Forças Armadas para proteger os cidadãos e soldados russos na república autónoma da Crimeia, no sul da Ucrânia.
Lavrov deverá reunir-se hoje em Genebra com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre a crise na Ucrânia. Enquanto isso, os ministro dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reúnem-se, de emergência, hoje em Bruxelas. E os EUA, cujo secretário de Estado John Kerry é esperado amanhã em Kiev, defenderam que a Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE) deve enviar "de imediato" uma missão de observação para a Ucrânia.
"Vamos pedir que observadores da OSCE sejam enviados imediatamente para a Ucrânia", afirmou o embaixador Daniel Baer, enviado dos Estados Unidos à reunião do organismo pan-europeu em Viena, na Áustria.

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