Petrobras sobe à espera de Landim no posto de Graça
Ações da estatal abriram o pregão nesta sexta-feira 19 com ganhos de mais de 4%; alta reflete a reação do mercado com o rumor de que o ex-presidente da OGX e da BR Distribuidora Rodolfo Landim pode substituir a presidente da companhia, Graça Foster, cuja imagem está desgastada diante das investigações de corrupção na empresa; outro nome citado pelo jornal é o de Nildemar Secches, ex-presidente da Perdigão (hoje Brasil Foods); alta dos papéis da estatal do petróleo puxa o Ibovespa, que subia 1,27% às 11h1010h10: Petrobras (PETR3, R$ 9,37, +3,88%; PETR4, R$ 9,86, +4,23%) As ações da Petrobras disparam na abertura do pregão em meio a rumores sobre uma eventual substituição da presidente Graça Foster e da diretoria da estatal. Segundo a Folha de S. Paulo, Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX, agora Óleo e Gás Participações, poderia substituí-la. Além disso, hoje os preços do petróleo tentam uma recuperação no mercado internacional.
Do lado negativo, cinco empresas fornecedoras de equipamentos e serviços para a petroleira tiveram sua nota rebaixada pela S&P devido aos escândalos de corrupção nos contratos com estas companhias. As empresas são: Odebrecht Offshore Drilling Finance, Odebrecht Óleo e Gás, QGOG Constellation, Sete Brasil Participações e Schahin II Finance.
Na agenda interna fica a divulgação do IPCA-15, que acelerou a alta a 0,79% em dezembro pressionado por alimentos e transportes. No ano, a prévia da inflação oficial subiu para 6,46%, próximo do teto da meta estabelecida pelo governo.
PIB da China, confiança da Alemanha Entre os principais drivers do dia estão a revisão do PIB da China em 2013 para cima, fazendo com que o índice Xangai fechasse em alta de 1,68%. Nesta manhã, os dados impactavam os preços do petróleo WTI (West Texas Intermediate) e do Brent, que subiam respectivamente 1,44% e 1,18%, a US$ 54,89 e US$ 59,97 respectivamente.
Do lado europeu, a Alemanha teve uma melhora nos dados de confiança do consumidor. Segundo o instituto GfK, o índice de confiança do consumidor da Alemanha melhorou ao passar de 8,7 para 9,0 pontos em janeiro. O resultado ficou acima da expectativa do mercado que era de melhora mais modesta (8,8 pontos). Este patamar é o maior dos últimos oito anos. A alta da confiança com a economia e a maior propensão a consumir.
Ações da Petrobras caíram mais de 76% em 6 anos; chegou a hora de comprar?
Arthur Ordones – As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) já caíram 76,51% desde o seu preço máximo dos últimos 10 anos, alcançado no dia 21 de maio de 2008. Neste dia, os papéis fecharam a R$ 40,28 e, de lá para cá, só caíram, chegando a R$ 9,46 no fechamento da última quinta-feira (18).
O preço mínimo deste mesmo período (desde 2004) foi de R$ 7,62, no dia 09 de dezembro de 2004 e, o patamar de hoje, equivale ao mesmo do fechamento de 1º de agosto de 2005, ou seja, o papel voltou ao patamar de mais de nove anos atrás. Levando em conta somente os últimos 12 meses, o preço máximo foi de R$ 24,90 e o mínimo de R$ 8,56, ou seja, em um ano, o valor do papel caiu 65,62% se compararmos o preço atual ao maior patamar do período.
Em 2014, a queda acumulada até o fechamento de ontem (18) é de 41,05%, enquanto que em dezembro a desvalorização é de 26,09% e, somente nesta semana, de 6,43%.
As notícias não são nada animadoras e, por isso, muitos investidores não sabem o que fazer em relação às ações da estatal, afinal, apesar de já terem caído muito, levando os múltiplos a ficarem baratos (ação a R$ 9,46 com VPA – Valor Patrimonial - de R$ 27,65), a companhia está com uma dívida astronômica, envolvida em diversos escândalos de corrupção e com uma gestão muito contestada.
Clodoir Vieira, economista e consultor da Compliance Comunicação, que compilou os dados históricos para esta reportagem, afirmou que, mesmo com as quedas expressivas, pode não ser um boa ideia comprar ações da Petrobras neste momento, visto que a empresa não tem fundamentos para se recuperar no curto médio prazo.
Para ele, quem já tem os papéis na carteira, não deve realizar o prejuízo, mas sim mantê-los no portfólio, porém, quem não tem ainda os ativos, deve continuar longe deles por tempo indeterminado. "Quem tem muitas ações da estatal, pode até pensar em comprar mais neste patamar para fazer um preço-médio, mas essa é a única situação que faz valer uma compra", afirmou.
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