Cunha promete legislar contra financiamento público
Candidato à presidência da Câmara, deputado afirma discordar da posição da maioria dos ministros do STF, que considera inconstitucional as doações de empresas privadas a campanhas políticas, e disse que, caso seja mantida essa decisão da corte suprema, "provavelmente" terá de legislar sobre o tema; "tentativa de criminalizar" o financiamento privado "é perigoso" e "uma seara de risco enorme", ressaltou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em ato de campanha na Força Sindical, em São PauloEle disse discordar da posição da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que julgam ação apresentada pela OAB que prevê o financiamento exclusivamente público de campanha. O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. "Discordo da decisão que o financiamento privado seja ilegal. Se é inconstitucional ou ilegal, todo mundo aqui se elegeu na ilegalidade", afirmou.
De acordo com o parlamentar, o financiamento "será um dos grandes pontos da reforma política" e deve ser um debate feito junto a outros temas. Ele também defendeu a diminuição do tempo de campanha, a fim de reduzis os custos. "Três meses é muito. O eleitor decide em cima da hora. Se você diminuir o tempo de campanha, você diminui o custo", defendeu. Durante o ato, ele evitou assumir compromissos com as reivindicações dos trabalhadores.
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