Meirelles avisa: retomada não será esfuziante
À frente da maior recessão da história do País, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avisa que a retomada, se e quando vier, será medíocre; "Não há dúvida de que a retomada do crescimento será um processo mais lento do que em crises anteriores. Pela dimensão do deficit público, pelo tamanho da recessão, e porque a crise demorou muito. As empresas precisam se reestruturar, as pessoas têm que pagar dívidas. Não será uma retomada esfuziante", diz ele; Meirelles também se posicionou contra a taxação dos mais ricos, com impostos sobre fortunas e dividendos; "A tributação brasileira já é muito elevada, e a despesa pública também é muito elevada. Temos que controlar as duas coisas"; ele também vê pouco espaço para colher benefícios de sua política econômica e se tornar candidato
247 – Numa entrevista concedida a Natuza Nery e Ricardo Balthazar (leia aqui),
o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que conduz a economia
brasileira durante a maior recessão de sua história, alerta os agentes
econômicos para uma retomada lenta e medíocre, assegura aos setores mais
ricos da sociedade que eles não serão taxados e admite que sua política
não trará benefícios capazes de sedimentar uma eventual candidatura
presidencial.
"Temos previsão de
crescimento no ano que vem. Não há dúvida de que a retomada do
crescimento será um processo mais lento do que em crises anteriores.
Pela dimensão do deficit público, pelo tamanho da recessão, e porque a
crise demorou muito. As empresas precisam se reestruturar, as pessoas
têm que pagar dívidas. Não será uma retomada esfuziante", diz ele.
Ao ser questionado sobre
impostos relacionados a heranças, grandes fortuna e dividendos, ele
descartou a possibilidade. "Estamos possivelmente na maior recessão da
história do país. Não é hora de aumentar impostos. Todo dia, algum setor
pede redução de impostos para voltar a crescer. Não estamos fazendo
nenhum. O momento é de voltar a crescer. A tributação brasileira já é
muito elevada, e a despesa pública também é muito elevada. Temos que
controlar as duas coisas."
Meirelles pretendia se
credenciar para a disputar a presidência da República, mas sabe que os
resultados de sua política econômica, que hoje levam o Brasil ao maior
desemprego da história, não lhe trarão benefícios. "Com a PEC e a
reforma da Previdência, o país estará caminhando melhor. O bem-estar do
cidadão virá, não necessariamente dentro do calendário eleitoral."
copiado http://www.brasil247.com/pt/24
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