Guterres espera "papel positivo" da CPLP sobre a pena de morte
Futuro secretário-geral da ONU falava em Brasília onde intervirá, esta tarde, na sessão solene de abertura da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP
Guterres espera "papel positivo" da CPLP sobre a pena de morte
Futuro
secretário-geral da ONU falava em Brasília onde intervirá, esta tarde,
na sessão solene de abertura da XI conferência de chefes de Estado e de
Governo da CPLP
O futuro
secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta segunda-feira
confiar que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) poderá
desempenhar "um papel positivo" quanto à pena de morte, em relação à
qual a Guiné Equatorial impôs uma moratória.
"A
pena de morte está espalhada em todos os continentes ainda,
infelizmente. Mas tenho confiança que a CPLP possa desempenhar um papel
positivo neste domínio", defendeu o próximo responsável da Organização
das Nações Unidas, em declarações aos jornalistas, em Brasília, antes de
ser recebido pelo Presidente brasileiro, Michel Temer, no Palácio do
Planalto.
Guterres respondia a questões
sobre a existência de pena de morte na Guiné Equatorial, que aderiu à
CPLP em 2014 depois de impor uma moratória sobre as execuções. Na última
cimeira, os países lusófonos declararam o seu apoio às autoridades de
Malabo no objetivo de abolir a pena capital.
Sobre
problemas de desrespeito de direitos humanos em países lusófonos, o
secretário-geral designado das Nações Unidas considerou que "há passos
significativos a dar em matéria de direitos humanos em todo o mundo" e
lembrou que é uma das "questões essenciais da agenda das Nações Unidas".
"Espero
que a CPLP, como todas as organizações internacionais, tenha um papel
muito importante no sentido de que os direitos humanos se transformem
num ponto essencial da agenda internacional. Estou confiante que a CPLP,
também aí, exercerá um papel muito importante", defendeu.
Antes,
Guterres sublinhara: "Temos de ir ao essencial. O essencial, para mim,
20 anos depois de ter sido cofundador da CPLP, é uma profunda alegria
estar como secretário-geral eleito das Nações Unidas numa reunião da
CPLP e ver que está viva, empenhada numa agenda internacional que
coincide com a agenda das Nações Unidas".
O
tema eleito pelo Brasil, que assumirá a presidência da CPLP para o
próximo biénio, é a Agenda 2030, sobre os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável definidos pelas Nações Unidas.
"É um tema central na cooperação entre as Nações Unidas e a CPLP", disse.
António
Guterres intervirá, esta tarde, na sessão solene de abertura da XI
conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Brasília, na
qual participa a convite do Presidente brasileiro.
copiado http://www.dn.pt/portugal/interior/
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