O povo do Rio foi tolo ou nós é que o abandonamos? A apuração vai revelando uma vitória muito mais folgada do que os institutos de pesquisa haviam previsto para Marcello Crivella e ainda muito maior do que, na esquerda, em algum momentos muitos chegamos a...

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O povo do Rio foi tolo ou nós é que o abandonamos?

A apuração vai revelando uma vitória muito mais folgada do que os institutos de pesquisa haviam previsto para Marcello Crivella e ainda muito maior do que, na esquerda, em algum momentos muitos chegamos a...

O povo do Rio foi tolo ou nós é que o abandonamos?

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A apuração vai revelando uma vitória muito mais folgada do que os institutos de pesquisa haviam previsto para Marcello Crivella e ainda muito maior do que, na esquerda, em algum momentos muitos chegamos a sonhar.
O mapa aí em cima, mais do que qualquer discurso, explica para qualquer um que queira ver: faltou povo à candidatura Freixo.
Porque a Igreja Universal ou mesmo a soma de todas as denominações evangélicas não tem os 75% que o candidato Crivella obteve na Zona Oeste e o quase isso que teve na Zona da Leopoldina.
Lá, só se entra com sentido histórico ou com política e a Freixo, infelizmente, faltaram ambas.
Não (só) por culpa do PSOL ou dele, Freixo, a quem não conheço pessoalmente e não tenho razão alguma para duvidar das boas intenções, nem do talento que possui.
Mas, essencialmente, por alguns fatores que sua campanha conteve e que, em minha opinião, lhe foram fatais.
O primeiro deles foi a negação da política, acreditando nesta bobagem de que engrossar o coro da criminalização da política possa ter alguma serventia à esquerda.
Os criminosos da política vão muito bem, obrigado, e isso só “cola” na mídia quando atinge a esquerda.
O segundo erro é desconhecer que há uma história, que se assenta na memória profunda das comunidades, que não lhes soma negarem. O povão da periferia do Rio de Janeiro já foi Vargas, foi Brizola, foi Lula e ainda é. Se não é, seu pai é, seu avô é, a sua memória o chama para ser.
O terceiro erro explica os dois primeiros: aceitar a ideologia dominante e achar que vai pegar “carona” no discurso uníssono dos meios de comunicação. Pensar que a campanha da Globo contra Crivella era a chave da possibilidade de vitória.
Não: a Globo é imitada, repetida, assistida.
Mas não é amada e menos ainda tem a confiança do povão. E com toda a razão.
Tudo que a Globo disse ao povo que era bom, foi ruim. Tudo o que ela disse que era ruim, o povão sentiu como seu.
Faltou povo na candidatura “popular” ou faltou “popular”  na campanha da esquerda?
Politicamente correto sei que sobrou.
E ele não resolve a política real.
Quem quer lutar ao lado do povo não pode achar que ele é um todo e que só nós somos, perdão pela apropriação bíblica, o caminho, a verdade e a vida.
Ps. É bom frisar: a Globo perdeu a eleição onde acha ser seu quintal.




copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog/

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