SE TEMER APODRECER DE VEZ, GILMAR PODE APARECER



A cada dia que passa, surgem sinais de que Michel Temer se tornou um fardo pesado demais para a direita brasileira e a junta financeira que governa o País carregarem; no escândalo mais recente, o melhor amigo de Temer, José Yunes, disse ter sido "mula" do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, num esquema de propinas; se as delações da Odebrecht inviabilizarem de vez Temer, a tese das eleições indiretas poderá ganhar corpo e um potencial candidato é o ministro Gilmar Mendes, que tem feito acenos aos congressistas, como a promessa de manter o foro privilegiado; a propósito: Gilmar é quem tem o poder de liquidar Temer, caso coloque em pauta o processo no Tribunal Superior Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer
28 DE FEVEREIRO DE 2017 ÀS 08:19 
Brasília 247 – Na House of Cards de Brasília, o primeiro personagem a ser retratado como Frank Underwood, o ardiloso personagem que faz tudo para conquistar o poder, foi Eduardo Cunha.
Como Cunha caiu em desgraça e está há quatro meses preso em Curitiba, o "gênio" maquiavélico passou a ser Michel Temer.
No entanto, com seu governo atolado em escândalos, depois de oito ministros abatidos por denúncias de corrupção, Temer corre o risco de também ser derrubado.
No escândalo mais recente, José Yunes, o melhor amigo de Temer, usou uma expressão do tráfico de drogas, e disse ter sido "mula" do segundo melhor amigo de Temer, Eliseu Padilha, num esquema de pagamento de propinas.
Ou seja: Temer se tornou uma mala pesada demais para a direita tupiniquim e para a junta financeira que governam o Brasil desde o golpe contra a democracia, perpetrado em 2016. Como disse o colunista Josias de Souza, "o abismo moral" prejudica a estratégia econômica de Temer (leia aqui).
Como a população brasileira dificilmente aceitará que sua aposentadoria seja eliminada por personagens como Padilha, é possível que a direita comece a trabalhar num plano B.
Nesse sentido, um nome que pode despontar é o do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral. Nesta condição, ele tem poder para abater Temer, pois basta colocar a ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer em votação para que Temer seja guilhotinado. Como todos sabem, o voto do relator, Herman Benjamin, pedirá a cassação de Temer.
Neste cenário, o Brasil teria eleições indiretas e Gilmar tem feito acenos estratégicos ao Congresso, como a promessa de manter o foro privilegiado (leia aqui).
Ou seja: se o governo Temer apodrecer de vez, Gilmar pode despontar como o verdadeiro Frank Underwood da política brasileira.copiado http://www.brasil247.com/

MORO BLINDA CUNHA PARA BLINDAR TEMER


Para o colunista Alex Solnik, ao vetar as perguntas do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) para sua testemunha de defesa e ex-aliado Michel Temer, o juiz Sergio Moro se utilizou de "dois presos, duas medidas" no âmbito da Lava Jato; "Antes de ser preso, Eduardo Cunha era o maior vilão do Brasil. A comparação mais bondosa que se fazia dele era com o mau caráter do seriado 'House of Cards'. (...) No entanto, bastou ir para o xilindró para ele sair das manchetes", diz Solnik; "Não é mais nem o caso de discutir se Moro está ou não está blindando Temer, isso ficou demonstrado quando ele censurou perguntas de Cunha que comprometem o governo atual em vez de, como um juiz soberano, permitir que a população conheça as entranhas do poder que é por ela sustentado"


O juiz Sergio Moro é um funcionário público. Apesar de não ter sido eleito, deve prestar satisfações à sociedade brasileira, tal como os políticos, que o foram. Por isso, ele deveria vir a público explicar esse caso de "dois presos, duas medidas".
Vejam bem vocês como são as coisas. Antes de ser preso, Eduardo Cunha era o maior vilão do Brasil. Faltou pouco para os mais distraídos pensarem tratar-se de um novo Bandido da Luz Vermelha ou o Tião Medonho redivivo.
Ministros do STF gastavam horas enumerando as acusações de extorsão, chantagem, venda de medidas provisórias, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e dezenas de outros delitos.
A comparação mais bondosa que se fazia dele era com o mau caráter do seriado "House of Cards".
No entanto, bastou ir para o xilindró para ele sair das manchetes. Ele próprio teve que se esforçar para não ser esquecido, publicando uma carta aberta ao juiz Sergio Moro na "Folha" e enviando perguntas incômodas, muitas das quais foram censuradas por Moro.
Ou não se tem notícias porque a investigação a seu respeito parou ou ela continua, mas as notícias, como a exportação de carne em lata para a África não são vazadas para a mídia, ao contrário do procedimento usual desde o início da Operação Lava Jato.
O que parece é o seguinte. Cunha foi retirado de cena e em seu lugar foi coroado outro vilão, o outrora simpático Sérgio Cabral, para distrair a plebe, agora carimbado diariamente como o maior ladrão da República de todos os tempos, aquele que usou o helicóptero 1 milhão de vezes para descansar no fim de semana, aquele que comprou todas as joias do mundo, o insaciável, o abusado, aquele que cobrava 5% das obras, aquele cujo cabelo foi cortado e que sempre aparece em traje de presidiário de Bangu 8. Por coincidência, tinha ligações com os governos Lula e Dilma.
Já em Curitiba, Cunha, apesar de preso, mas em Curitiba, surgiu em público, na audiência com o juiz Sergio Moro com o mesmo corte de cabelo de sempre, aparado e não cortado, camisa limpa e bem passada, gravata elegante, um terno na estica e certamente com o perfume de sempre. Por coincidência, tem ligações com o governo Temer.
Se falar o que sabe Cabral pode potencialmente comprometer Lula; se Cunha falar o que sabe enterra o governo Temer.
Esse parece ter sido o ponto fundamental na escolha das prioridades. Expor Cabral cada vez mais como o bandido número 1, porque uma população viciada em telenovelas não pode viver sem vilões e esconder Cunha o mais possível, de modo que o esqueçam e ele esqueça Temer.
O noticiário negativo, intermitente e bombástico sobre Cabral serviu para atingir, potencialmente, Lula e Dilma, num período em que, coincidentemente, Lula aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas para 2018 e blindar Temer esvaziando o espernear de pernas de Cunha.
Não é mais nem o caso de discutir se Moro está ou não está blindando Temer, isso ficou demonstrado quando ele censurou perguntas de Cunha que comprometem o governo atual em vez de, como um juiz soberano, permitir que a população conheça as entranhas do poder que é por ela sustentado.
Moro blinda Cunha para blindar Temer.
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Vídeo: “Se não fizermos a reformar ampla da Previdência, não vamos poder pagar os benefícios no futuro”, diz Garibaldi Alves | Congresso em Foco



Vídeo: “Se não fizermos a reformar ampla da Previdência, não vamos poder pagar os benefícios no futuro”, diz Garibaldi Alves | Congresso em Foco

Vídeo: “Se não fizermos a reformar ampla da Previdência, não vamos poder pagar os benefícios no futuro”, diz Garibaldi Alves

Aliado do governo no Senado, senador alerta para a urgência da reforma previdenciária, que, no seu entendimento, já deveria ter sido feita há pelo menos uma geração

Waldemir Barreto
Garibaldi defende a reforma de Temer
Quando foi ministro da Previdência no primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Gariabaldi Alves (PMDB-RN) foi o responsável pela proposta que criou o limite de 10 salários mínimos para o pagamento das aposentadorias do setor público. O parlamentar defende a reforma da estrutura de financiamento e pagamento de benefícios previdenciários porque, segundo ele, a legislação ficou superada, principalmente com relações a pensões.

“A proposta de reforma do governo é dura porque não foi feita antes, mas precisamos ter coragem para fazer os ajustes”, disse o parlamentar em entrevista ao editor Leonel Rocha.
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Previdência, Déficit e DRU A reforma da previdência reclama uma profunda, minuciosa e democrática auditoria na Seguridade Social. Somente um debate social consequente, que parta da efetiva realidade das contas públicas nessa área, poderá estabelecer de forma legítima e adequada a extensão dos eventuais ajustes necessários

Previdência, Déficit e DRU


POR ALDEMARIO ARAUJO CASTRO | 28/02/2017 10:08 

A Reforma da Previdência é um dos mais importantes e sensíveis assuntos do momento. A Proposta de Emenda Constituição (PEC) n. 287/2016 tramita com pompa e circunstância na Câmara dos Deputados. O governo de plantão, capitaneado pelos senhores Temer, Meirelles e Padilha, afirma que as contas públicas caminharão para o colapso na hipótese de rejeição da proposição. São dois os argumentos (motivações) principais para a reforma na ótica dos governistas: a) déficit crescente nas contas previdenciárias e b) trajetória de envelhecimento da população.

O aumento da expectativa de vida da população, um dos pilares do complexo problema, deve ser comemorado como representativo da melhoria das condições de vida dos brasileiros de uma forma geral. Efetivamente, esse fenômeno gera uma pressão sobre as contas da previdência social. Entretanto, é preciso analisar com todas as cautelas técnicas e total transparência a extensão do impacto em questão. Nesse ponto, segundo registro de inúmeras entidades da sociedade civil, os cálculos governamentais não são alçados à arena do debate público sobre o assunto.
Já o déficit é divulgado com insistência como o fator decisivo para mudanças profundamente restritivas nos direitos dos trabalhadores na seara previdenciária. Eis um
Marcelo Camargo/ABr
Câmara começa o debate da reforma da Previdência




























emblemático exemplo: “A equipe econômica do presidente Michel Temer já encaminhou ao Congresso uma proposta de reforma das regras da Previdência Social. Entre as principais mudanças está a criação de idade mínima de aposentadoria de 65 anos, para homens e mulheres./O objetivo do governo é tentar manter a sustentabilidade das contas públicas, diante de um déficit crescente do sistema previdenciário brasileiro./Segundo Caetano, com a reforma da Previdência o governo não espera acabar com o déficit, mas sim estabilizar os gastos previdenciários em cerca de 8% do PIB, patamar registrado em 2016./Sem a reforma, a estimativa do governo é que as despesas avancem nos próximos anos e cheguem a 18% do PIB em 2060” (http://g1.globo.com/economia/noticia/rombo-da-previdencia-social-cresce-745-em-2016-e-bate-recorde.ghtml). São inúmeros e consistentes os ataques à retórica governamental que sustenta a crescente proximidade do abismo previdenciário. Vejamos alguns dos principais.

O primeiro aspecto a ser considerado envolve os critérios de cálculo para se concluir pelo déficit apocalíptico, conforme a narrativa governamental. São três os problemas mais graves: a) não são contabilizados os valores de responsabilidade do Poder Público no financiamento das atividades em questão; b) a Seguridade Social, tal como definida na Constituição, não é analisada como um conjunto integrado de ações e fontes específicas de financiamento e c) a inclusão das despesas do regime próprio de previdência social da União (relativo aos servidores públicos). Inúmeros especialistas, com amplo reconhecimento acadêmico, demonstram a situação superavitária da Seguridade Social (somando todas as receitas constitucionalmente definidas e as pertinentes despesas) (http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2016/06/06/48463).
A ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), injustamente atacada por membros da comissão da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados (pretendem que o governo busque, até mesmo na Justiça, calar a meritória campanha de esclarecimento sobre os verdadeiros números da receita e da despesa da Seguridade Social), demonstra os resultados financeiros positivos, ano após ano, desse conjunto integrado de ações fundamentais (saúde, previdência e assistência social) para garantir uma vida minimamente digna ao trabalhador brasileiro (http://www.anfip.org.br/doc/publicacoes/Documentos_01_02_2017_08_39_19.pdf).
A conjuntura recessiva experimentada pela economia brasileira também deve ser levada na devida conta. Para tristeza geral, temos quase 13 (treze) milhões de brasileiros desempregados (http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,populacao-desempregada-atinge-12-9-milhoes-de-pessoas,70001678179). Esse número enorme impacta negativamente as receitas previdenciárias. Afinal, deixam de ser recolhidas as contribuições desses trabalhadores e as respectivas contribuições patronais. Não parece razoável ou prudente definir mudanças radicais e de longo prazo nos benefícios previdenciários num ambiente de retração da atividade econômica. Uma retomada do crescimento econômico e níveis de emprego bem mais generosos projetariam outro cenário para as contas previdenciárias.
Capítulo de singular importância no debate está relacionado com as renúncias fiscais no campo das contribuições para a Seguridade Social. Também conhecidas por desonerações tributárias, atingiram o impressionante patamar de 158 bilhões de reais em 2015. Esse dado está presente em estudo realizado em conjunto pela ANFIP e pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) (http://www.anfip.org.br/doc/publicacoes/Documentos_01_02_2017_08_39_19.pdf).Ainda no campo do aumento das receitas para Seguridade Social são praticamente esquecidas as medidas organizadas e sistemáticas contra a sonegação fiscal, o planejamento tributário, a recuperação dos valores inscritos em Dívida Ativa, as fraudes e os privilégios inseridos na legislação. Anote-se que parte dessas “preocupações” estão expressamente previstas no art. 13 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101, de 2000). “A sonegação de impostos no Brasil já atingiu a cifra de R$ 420 bilhões até agora em 2015. A estimativa é do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que instala nesta quinta-feira, 22, um painel em São Paulo que mostra esses números” (http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sonegacao-de-impostos-no-brasil-chega-a-r-420-bi-em-2015,1784149). Já a dívida ativa de natureza previdenciária ultrapassa os 370 bilhões de reais (http://csbbrasil.org.br/blog/2016/03/28/divida-ativa-da-previdencia-chega-a-r-374-bi).
Curiosamente, para não dizer sintomaticamente, foram aprovadas sucessivas emendas constitucionais, de 1994 a 2015, retirando parte considerável das receitas da Seguridade Social e permitindo a livre utilização desses recursos em outras despesas governamentais. Essas medidas são conhecidas como DRU (Desvinculação das Receitas da União). Cálculos de especialistas indicam a supressão de cerca de 500 bilhões de reais da Seguridade Social, via DRU, nos anos de 2006 a 2015 (http://www.anfip.org.br/doc/publicacoes/Documentos_01_02_2017_08_39_19.pdf). Uma importantíssima indagação se impõe. Por que retirar recursos volumosos de uma área apontada, no discurso governamental, como deficitária?
Vale registrar que a DRU sobreviverá, na forma da Emenda Constitucional n. 93, de 8 de setembro de 2016, até 31 de dezembro de 2023. De maneira inédita, em relação às emendas anteriores, veiculadoras da DRU, foi inserida a seguinte intercalação no texto normativo: “sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social”. Essa ressalva, com redação “estranha”, não significa necessariamente uma proteção ao financiamento dos benefícios previdenciários. O comando em questão permite várias leituras. Uma delas, mais generosa, indica que as receitas das contribuições sociais (como um todo) devem garantir o pagamentos dos benefícios previdenciários. Outra possibilidade, com deletérias consequências, aponta para uma segregação das contribuições previdenciárias, e sua subsequente destinação, do conjunto das contribuições sociais.
Cabe, ainda, uma palavra sobre a afirmação oficial, repetida à exaustão e fortemente disseminada pelos grandes meios de comunicação, no sentido de que a previdência social responde pela maior parte das despesas públicas. Essa assertiva não se sustenta quando são devidamente contabilizados os gastos com juros da dívida pública. Vários estudos realizados por organizações da sociedade civil brasileira, como a Auditoria Cidadã da Dívida (http://www.auditoriacidada.org.br), apontam essa última como a rubrica de despesa mais relevante. Esse confronto, ademais, demonstra que são subtraídas do debate público partes importantíssimas da política econômica, como as vertentes monetárias e cambiais (operações compromissadas, swaps cambiais, taxa de juros, operações com títulos da dívida pública e seu serviço, formação de reservas internacionais, tamanho da base monetária, etc). Por razões políticas bem definidas, notadamente para facilitar o ataque aos direitos dos trabalhadores do setor público e do setor privado, parece, só parece, que todos os males estão concentrados na parte fiscal da política econômica.
Todos esses elementos desaconselham qualquer mudança açodada nos requisitos para usufruto dos direitos previdenciários, notadamente as aposentadorias (fundamentais para a efetivação da proteção social realizadora da dignidade da pessoa humana inscrita na Constituição). A reforma da previdência reclama uma profunda, minuciosa e democrática auditoria na Seguridade Social como um todo. Somente um debate social consequente, que parta da efetiva realidade das contas públicas nessa área, poderá estabelecer de forma legítima e adequada a extensão dos eventuais ajustes necessários, notadamente por razões de evolução da distribuição etária da população.

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TCU estuda declarar inidoneidade das maiores empreiteiras investigadas na Lava Jato As negociações entre governo e empresas se arrastam há mais de dois anos e nenhuma das construtoras foi punida nem pagou pelos prejuízos causados por meio dos acordos de leniência. Enquanto isso, as empresas podem fechar contratos com o governo

TCU estuda declarar inidoneidade das maiores empreiteiras investigadas na Lava Jato

As negociações entre governo e empresas se arrastam há mais de dois anos e nenhuma das construtoras foi punida nem pagou pelos prejuízos causados por meio dos acordos de leniência. Enquanto isso, as empresas podem fechar contratos com o governo



Divulgação/TCU
Processos contra empreiteiras correm no TCU
 
O Tribunal de Contas da União (TCU) estuda declarar a inidoneidade das principais construtoras investigadas na Operação Lava Jato. Com isso, elas ficariam proibidas de fechar contratos com a administração federal. A reação do tribunal ocorre porque as negociações entre governo e empresas se arrastam há mais de dois anos e nenhuma das grandes construtoras foi punida nem pagou pelos prejuízos causados por meio dos acordos de leniência – delações premiadas de pessoas jurídicas. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (28).
Um dos processos em que pode ser declarada a inidoneidade apurou a participação de 16 empreiteiras em combinação de preços, quebra de sigilo de propostas, divisão de mercado, acerto prévio de resultados e direcionamento de licitações em obras da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Nesse grupo, estão empresas como Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
O TCU também  identificou o envolvimento de sete empresas em conluio e fraudes à licitação na montagem eletromecânica da Usina de Angra 3, entre elas Odebrecht, UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa. Os contratos somaram de R$ 2,9 bilhões.
Nesses casos, a Lei Orgânica do tribunal prevê a proibição dessas empresas de participar de concorrências públicas e de assinar contratos por até cinco anos. O Ministério Público Federal também vem fechando acordos com empreiteiras como a Camargo Corrêa e a Odebrecht.
O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) abriu processos para responsabilizar 29 empresas. Os cinco casos em que houve declaração de inidoneidade não envolvia nenhuma das maiores construtoras. Três processos foram arquivados por falta de provas. Outros 21 estão em andamento. Com a demora nos processos, as empreiteiras podem fechar negócios com o governo e não cobrem os prejuízos causados aos cofres públicos. E os os prazos de prescrição continuam correndo.


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Reação da comunidade judaica leva a suspensão palestra de Bolsonaro no clube Hebraica

Reação da comunidade judaica leva a suspensão palestra de Bolsonaro no clube Hebraica

O rabino Michel Schlesinger justificou o cancelamento: “O judaísmo tem tradição de debate. Mas a liberdade de expressão não pode servir de plataforma para a propagação de ideologia discriminatória e apologética à ditadura”


Marcelo Camargo/ABr[/fotografo)
Bolsonaro discute com deputada Maria do Rosário

A reação da comunidade judaica levou o clube judaico Hebraica a suspender palestra com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) marcada para março. Além de postagens nas redes sociais, um abaixo-assinado com 2.700 assinaturas pediu o cancelamento do evento por conta dos valores defendidos pelo deputado, que é pré-candidato a presidente da República em 2018. A informação foi publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.
O deputado está sendo processado na Câmara pelas acusações de homofobia e defesa da tortura. Em discussão com a deputado Maria do Rosário (PT-RS), também foi acusado de fazer apologia ao estupro. O deputado nega as acusações. A palestra foi planejada pelo empresário Alexandre Nigri. Dois dias depois de perceber a reação negativa, anunciou o cancelamento do evento.
O organizador ao abaix0-assinado, Mauro Nadvorny, comentou a reação: “Tomou essa proporção por tudo de ruim que representa o Bolsonaro. Um racista, misógeno, antissemita, pensar em ser recebido em um clube da comunidade é, por si só, terrível”. Ele acrescentou que o episódio remete ao holocausto: “Quando Hitler começou, também teve apoio de judeus”.
O presidente da Hebraica, Avi Gelberg, disse que o convite ainda não havia sido oficializado. “Após conversa com a equipe do deputado, definimos que seria mais adequado fazer um evento com todos os pré-candidatos, num modelo equilibrado e democrático, como sempre agimos”, disse.
O rabino Michel Schlesinger apoiou o cancelamento: “O judaísmo tem tradição de debate. Mas a liberdade de expressão não pode servir de plataforma para a propagação de ideologia discriminatória e apologética à ditadura”.
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Coração partido A informação seguinte veio da Organização Mundial da Saúde: anunciou-se que 40% de todos os tratamentos de saúde no mundo são proporcionados por organizações religiosas. Diante de um número tão sério, seria o caso de se perguntar: cadê o Estado?



Dia desses li que apenas um terço dos portadores de HIV do planeta tem acesso a tratamento e medicamentos – e que 90% dos tratamentos dispensados aos portadores de HIV na África são custeados por fontes externas, sem a participação dos governos locais.
Decidi estudar o tema. Constatei que a cada 30 segundos morre uma criança vítima de malária lá na África – o problema é que em um continente tão rico não se consegue comprar nem inseticidas para protegê-las. Aliás, apenas 2% delas conseguem um simples mosquiteiro.
A informação seguinte veio da Organização Mundial da Saúde: anunciou-se que 40% de todos os tratamentos de saúde no mundo são proporcionados por organizações
Imagens/TV Brasil
Saneamento básico evitaria mortes






























religiosas. Diante de um número tão sério, seria o caso de se perguntar: cadê o Estado?
Minha descoberta seguinte foi assustadora: nada menos que 10% das doenças que afetam a humanidade e 6,3% de todas as mortes delas decorrentes poderiam ser evitadas se as pessoas dispusessem de saneamento básico – um simples serviço de saneamento básico!
Apurei que os hospitais norte-americanos arrancam de seus pacientes nada menos que US$ 10 bilhões a cada ano em valores indevidos. Em tempo: a expressão “arrancam” deve-se a que 90% das contas lá pagas são claramente fraudulentas.
Ainda sobre aquele país, assustei-me ao saber que 52 milhões de habitantes não tem qualquer assistência médica – daí 41% da população estarem pagando prestações de tratamentos médicos ou às voltas com os tribunais por não terem tido condições de pagá-los. A propósito, 25% dos norte-americanos jogam suas receitas no lixo por não terem condições de adquirir os medicamentos prescritos.
Este quadro insustentável, segundo aprendi, é sustentado por conta de existirem em Washington quatro lobistas da área da saúde para cada membro do Congresso. Aos resultados: uma criança nascida em El Salvador enfrenta taxas de mortalidade de 9,7%, enquanto que em Detroit de 15,5% – algo tão surpreendente quanto repulsivo, consideradas as diferenças entre os dois países.
Anoto, finalmente, que a cada ano 2,3 milhões de semelhantes nossos morrem vítimas de apenas oito doenças por não terem acesso a simples vacinas.
E é assim, diante destes números, que chego a uma conclusão: o problema da saúde está no coração – mais precisamente na falta dele.

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Aliado de Bolsonaro, Capitão Assumção se entrega à Polícia Militar no Espírito Santo Junto com mais três policiais, o ex-deputado foi acusado de estimular a greve da PM no estado e de aliciar policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais

Aliado de Bolsonaro, Capitão Assumção se entrega à Polícia Militar no Espírito Santo

Junto com mais três policiais, o ex-deputado foi acusado de estimular a greve da PM no estado e de aliciar policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais


Assumção é acusado de estimular a greve dos PMs

Com a prisão decretada desde o sábado (25), o capitão da reserva Lucinio Assumção, mais conhecido como Capitão Assumção, ex-deputado federal aliado do deputado Jair Bolsonado, se entregou à Corregedoria da Polícia Militar na manhã desta terça-feira (28). Juntamente com mais três militares, foi acusado de estimular a greve da PM no estado e de aliciar policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais. Está recolhido no presídio da corporação. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo.
No sábado, o Capitão Assumção chegou a ser encontrado no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha, e recebeu voz de prisão, mas conseguiu escapar, aproveitando um tumulto criado por colegas e mulheres de policiais que se manifestavam em frente ao quartel. O sargento Aurélio Fonseca da Silva já havia se apresentado na segunda-feira. O tenente-coronel Carlos Alberto Foresti apresentou-se no sábado, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da PM em Vitória.
Assumção também esteve nas entradas dos quartéis para mobilizar os militares. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, afirmou que há indícios de que o movimento foi de “fachada” e motivado por interesses políticos e econômicos. O secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de “terrorismo digital” por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do estado.
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