Diretas na Sapucaí Carnaval dos políticos à beira de um ataque de nervos



Diretas na Sapucaí

fevereiro 26, 2017, 1:18

A festa carioca foi tão perfeita que nem mesmo a política e a democracia foram esquecidas. Das arquibancadas, surgiu a faixa pedindo eleição direta para presidente.

3 de março de 1984, inauguração do Sambódromo, no Rio. A campeã do desfile daquele ano foi a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, com o enredo “Yes, Nós Temos Braguinha”, que homenageava o compositor João de Barro.
A profissão de jornalista sempre nos coloca diante de assuntos os mais variados. Ainda mais quando se é fotógrafo, o meu caso. Já cobri conflitos armados, crises sociais, Copas do Mundo, Olimpíadas, viagens presidenciais, batizado, enterro de bandido e anjo, tudo. Mas não escondo minha predileção pelos temas da política. Acho a política essencial para a democracia. E sem democracia, não dá. Por essa razão, em toda cobertura, mesmo que não seja da área do poder, nunca deixo de dar atenção a um ou outro detalhe, personagem ou uma imagem referentes à questão.
Foi o que aconteceu na inauguração da Passarela do Samba, na Avenida Marquês de Sapucaí. Pouco antes da entrada da primeira escola, a Acadêmicos de Santa Cruz, uma grande faixa – essa aí da foto – foi estendida por pessoas que apoiavam o Diretas-Já, movimento que exigiam eleições populares para presidente da República e o fim do regime militar. Não perdi a chance de registrar momento tão importante. Foi, aliás, a primeira vez que o Diretas ganhava a rua.
Meses após, em 16 de abril daquele mesmo ano, mais de um milhão e meio de pessoas cantavam o Hino Nacional no comício do Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Depois, liderado por Doutor Ulysses Guimarães e com a adesão de democratas de todo o País, o movimento contagiou a maioria da população. Em 1989, vinte e dois candidatos concorriam à principal cadeira do Palácio do Planalto.
Hoje, em torno de 150 milhões de brasileiros vão às urnas escolher livremente seu presidente.
OrlandoBrito

Carnaval dos políticos à beira de um ataque de nervos

Os políticos mais importantes do país estão passando o Carnaval em diferentes praias, resorts de luxo ou no exterior, mas com o mesmo estado de espírito: à beira de um ataque de nervos. Aqui em Brasília, para onde retornarão na quarta-feira, até as emas do Alvorada estão dizendo que o sigilo das delações da Odebrecht será suspenso após os feriados. A expectativa é que o procurador Rodrigo Janot envie ao STF uma série de pedidos de abertura de inquérito para investigar os políticos citados a partir do fim da próxima semana ou da outra.

Esta será a versão 2 da Lista de Janot – aquela no início de 2015 – e não deverá conter denúncias prontas, mas sim cautelosas aberturas de inquérito. Ainda assim, será um estrago para os alvos, já que cada uma delas virá acompanhada do(s) depoimento(s) que lhe deu base.

Com isso, anda enorme o nervosismo em Brasília – o que, nas palavras do colega Gerson Camarotti, na GloboNews, está levando os políticos até a “somatizarem”, ficando doentes.
Mas o que fica claro é que, embora doentes de verdade, boa parte do que fazem tem seu cálculo político. O chefe licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha,  teve realmente um problema de próstata, mas a cirurgia chega num bom momento para ganhar tempo.  É uma licença que pode ser prorrogada.
Já o ex-ministro José Serra também sofre com a coluna, mas concluiu que será mais fácil enfrentar a tempestade no Senado, local menos visível do que a Esplanada dos Ministérios nessas horas, onde uma citação e provável investigação se juntará às de muitos outros colegas.
O Senado, aliás, tem que reforçar os estoques de Lexotan. O líder peemedebista Renan Calheiros, por exemplo, engorda a olhos vistos, provavelmente pela ansiedade que aumenta o apetite. O líder governista Romero Jucá perde a calma e a compostura que sempre o caracterizaram. Vem muita coisa por aí, e está chegando a hora.
copiado https://osdivergentes.com.br/

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