As contas tiveram seu melhor janeiro desde 2012”. Não é bem assim. E a que preço? Vice da Câmara diz que rompe com Temer. E que vota contra emenda da Previdência

“As contas tiveram seu melhor janeiro desde 2012”. Não é bem assim. E a que preço?

Viu-se hoje porque a declaração do Ministro Henrique Meirelles de que “o país voltou a crescer”. O resultado do Tesouro Nacional ficou positivo em quase R$ 19 bilhões. Só que o resultado, como toda...POR  · 23/02/2017
despjan17
Viu-se hoje porque a declaração do Ministro Henrique Meirelles de que “o país voltou a crescer”.
O resultado do Tesouro Nacional ficou positivo em quase R$ 19 bilhões.
Só que o resultado, como toda contabilidade, esconde algumas coisas que precisam ser analisadas. Inclusive porque teremos um provável déficit em fevereiro, e se qualquer aumento for para soltar foguete, qualquer retração é para deixar rolar as lágrimas.
E drama ou efusividade é ruim para qualquer análise.
A receita total caiu, em termos reais, 7,7% em relação a janeiro de 2016.
Se retirarmos os R$ 11 bi que entraram no ano passado como receita eventual de concessões no setor elétrico, pode-se dizer que a receita ficou estável, mas estável na desgraceira que foi janeiro de 2016.
Houve um aumento de R$ 2 bi na arrecadação de royalties e participações nos campos de petróleo, por conta da recuperação dos preços em quase 100% e com o aumento da produção do pré-sal, que ajudou muito.
Mas também houve quedas expressivas na arrecadação de tributos diretamente ligados à produção, como o IPI (-11%), e ao faturamento das empresas, como o Cofins (-5,6%) e o PIS (-2,9%) , sempre na comparação janeiro/janeiro. O IR subiu 4%, puxado pelos bancos e a CSLL, sobre o lucro líquido das empresas, veio com alta de 11%, também oriunda do setor financeiro.
Caíram também forte (6% reais) as contribuições previdenciárias, reflexo do desemprego.
Até aí, somando e subtraindo, ficaria a comparação no “elas por elas” em relação ao desastroso janeiro de 2016.
Então, de onde veio o superávit  R$ 4,3 bi maior que o de janeiro de 16, ou 21,4% a mais?
Está lá no quadro superior.
Cortes brutais nas despesas dos serviços públicos: menos 46,5%  no Ministério da Saúde,  menos 58,8% MEC e menos 62,8% em Ciência e Tecnologia, além de outros.
Uma parte disso não é corte, mas postergação de despesas. Pagamentos “empurrados” para a frente.
Outra é, sobretudo nos investimentos: nas obras e projetos vinculados ao PAC, inclusive o “Minha Casa, Minha Vida”, a tesoura foi brutal: 80% de redução nos desembolsos, o equivalente a R$ 3,2 bi.
Desculpem o detalhamento algo “chato”, mas não ajuda a raciocinar ficar de “torcida”, contra ou a favor.
Os fatos objetivos são claros: não há recuperação sensível da atividade econômica e as “contas saudáveis” estão sendo obtidas com o massacre da finalidade de prestação de serviços do Estado Brasileiro.

Vice da Câmara diz que rompe com Temer. E que vota contra emenda da Previdência

Do Estadão, agora há pouco: “Primeiro vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) anunciou nesta quinta-feira, 23, rompimento pessoal com o governo Michel Temer....


Papa passa um sermão aos moralistas. ” Com escândalos, se destrói”. Assista aqui

O Brasil da Lava Jato, do “mata e esfola”, do “prende e arrebenta” estimulado por meios de comunicação, por juízes, promotores, policiais que – todos bem nutridos pelo dinheiro público – agem sem se...

Vice da Câmara diz que rompe com Temer. E que vota contra emenda da Previdência

rififi
Do Estadão, agora há pouco:
“Primeiro vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) anunciou nesta quinta-feira, 23, rompimento pessoal com o governo Michel Temer. O anúncio foi uma reação à indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça, cargo que era cobiçado pela bancada mineira.
“Estou rompendo com o governo e vou colocar toda a bancada de Minas para romper também. Se Minas Gerais não tem ninguém capacitado para ser ministro, não devemos apoiar esse governo. Vou trabalhar no plenário contra o governo, para derrotar o governo em tudo. A vice-presidência da Câmara vai ser um ponto de apoio aos que não estão contentes” afirmou Ramalho em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real do Grupo Estado.
Claro que tem mais barulho do que chumbo, mas a fumaça precede o fogo.
E Ramalho foi onde dói, no compromisso de Michel Temer com o mercado fianceiro, de entregar logo o massacre dos aposentados.
““Essa reforma da Previdência é uma vergonha. Vamos votar contra. Queremos uma reforma justa, que seja construída pelo Parlamento, e não que venha do Palácio do Planalto”,  disse ele, segundo o Estadão.
E é bom lembrar que Ramalho ganhou fácil de Omar Serralho, escolhido ministro da Justiça, quando se candidatou à Vice-Presidência da Câmara: 265 a 204 votos. Antes, tinha deixado na poeira o candidato favorito de Temer, Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel e do quatrilho temerista, formado também por Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Na Coluna do Estadão, a conversa fica mais grossa:
O presidente Michel Temer retornou agora a pouco à ligação do vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-MG), para explicar a indicação de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça. Temer justificou ter ficado incapacitado de nomear o mineiro Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para a a Justiça, mas que recriaria um ministério para atender as insatisfações da legenda mineira. Fabinho, que está em Salvador para o Carnaval, disse que a bancada não aceita recriações de ministério por “ouvir as ruas” e anunciou “o rompimento do governo”. Ao ouvir a ameaça, Temer respondeu: “Que seja feita a vossa vontade”, descreveu o mineiro, que emendou: “Se prepara que o senhor vai ter muitas derrotas no Parlamento”.

Papa passa um sermão aos moralistas. ” Com escândalos, se destrói”. Assista

papaescandalo
O Brasil da Lava Jato, do “mata e esfola”, do “prende e arrebenta” estimulado por meios de comunicação, por juízes, promotores, policiais que – todos bem nutridos pelo dinheiro público – agem sem se preocupar com os efeitos do que fazem, como se um país pudesse resistir ao espalhafato por anos a fio, deveriam ouvir as palavras ditas hoje pelo Papa Francisco.
É um breve contra hipocrisia, um sopro sereno e demolidor sobre quem age com moralismos escandalizantes, apontando o dedo para os outros sem critérios e, ainda por cima,  invocam o nome de Deus como se louvá-lo desse a alguém o direito de, por isso, achar-se melhor que os outros e maltratar pessoas .
Mas o que é o escândalo? O escândalo é dizer uma coisa e fazer outra; é ter vida dupla. Vida dupla em tudo: sou muito católico, vou sempre à missa, pertenço a esta e aquela associação; mas a minha vida não é cristã. Não pago o que é justo aos meus funcionários, exploro as pessoas, faço jogo sujo nos negócios, lavo dinheiro, vida dupla. Muitos católicos são assim. Eles escandalizam. Quantas vezes ouvimos dizer, nos bairros e outras partes: ‘Ser católico como aquele, melhor ser ateu’. O escândalo é isso. Destrói. Joga você no chão. Isso acontece todos os dias, basta ver os telejornais e ler os jornais. Os jornais noticiam vários escândalos e fazem publicidade de escândalos. Com os escândalos se destrói.”  
É um sermão em regra para essa gente que ignora que não há pior corrupção num ser humano do que aquela que o faz ser mau, indiferente até perverso com os nossos semelhantes.
Assista a fala de Francisco, um papa que tem ensinado que não é a fé religiosa ou a falta dela o que diferencia os seres humanos.

copiado http://www.tijolaco.com.br/blog

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