PGR pede à Suíça acesso a contas de filhos de Lobão
Márcio e Lobão Filho respondem a processo criminal e estão com contas bloqueadas no país europeu devido à suspeita de que dinheiro movimentado era propina por contratos no setor elétrico. Ex-ministro de Minas e Energia, senador é investigado na Lava Jato
O Ministério Público da Suíça confirmou, nessa sexta-feira (24), que bloqueou contas bancárias em nome de Edison Lobão Filho e Márcio Lobão, filhos do senador Edison Lobão (PMDB-MA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A Procuradoria-Geral da República já solicitou a autoridades suíças a manutenção do bloqueio e o envio de dados sobre o caso ao Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a publicação, diante da suspeita de que as contas receberam depósitos de origem criminosa, os recursos foram bloqueados em fevereiro de 2015, com a abertura de um processo criminal contra Márcio e Lobão Filho. As autoridades suíças confirmam também que o senador está entre os políticos brasileiros que fazem parte de uma investigação por corrupção.
Segundo a reportagem de Jamil Chade, não foram revelados os valores das contas. Os procuradores suspeitam que elas foram utilizadas para receber dinheiro de propina no setor elétrico, como no caso da usina de Belo Monte. Lobão foi ministro de Minas e Energia.
Márcio e Lobão Filho recorreram para derrubar o bloqueio e impedir a transmissão dos dados ao Brasil, alegando que não há prova de irregularidade na origem dos recursos. Seus pedidos, porém, foram rejeitados duas vezes. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende o senador, afirmou que o presidente da CCJ não tem contas no exterior nem motivos para se preocupar com o bloqueio das contas dos filhos.
No último dia 16, Márcio Lobão se tornou um dos principais alvos de uma nova fase da Lava Jato, a Leviatã. Mandados de busca e apreensão foram executados em Brasília, no Rio e em Belém contra ele e o ex-senador Luiz Otávio Campos (PMDB-PA).
A investigação apura pagamento de propina a partidos políticos por empresas que integram o consórcio responsável pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no percentual de 1% do valor das obras civis. Os valores seriam divididos entre políticos do PT e do PMDB. As informações surgiram a partir de delações premiadas de ex-executivos da Andrade Gutierrez. Os investigados são acusados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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