Temer “vai conversar” com Padilha sobre caso que sabe desde 2014?
Temer “vai conversar” com Padilha sobre caso que sabe desde 2014?
Alguém não topou o jogo logo de cara. Vão ser necessárias pressões e compensações. A “explicação” mandada divulgar por Michel Temer em O Globo de que “manterá o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) no...Alguém não topou o jogo logo de cara.
Vão ser necessárias pressões e compensações.
A “explicação” mandada divulgar por Michel Temer em O Globo de que “manterá o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) no cargo, mas quer explicações sobre o conteúdo do pacote deixado pelo doleiro Lúcio Funaro a ele no escritório de José Yunes” seria de dar risada, se não fosse um retrato do cinismo daquele que nos (?) governa.
Afinal, em diversas declarações Yunes disse ter contado o caso a ele ainda em 2014, logo que descobriu – segundo ele, pelo Google – quem era o entregador de pacotes, o doleiro Lúcio Funaro. Funaro, a esta altura, aliás, já era nome muito mais que conhecido no meio político, inclusive por seu depoimento na CPI dos Correios.
Será que em dois anos de convívio quase diário, Temer não teve tempo de perguntar?
Quem se colocar no lugar de Eliseu Padilha inevitavelmente pensaria: ou Yunes perdeu completamente o controle e se tornou uma bomba ambulante ou fez o que Temer, seu amigo e compadre, mandou fazer, descarregando tudo em cima de Padilha.
O problema nestas histórias de cumplicidade, está-se a ver com as famosas “perguntas do Cunha”, é que um fica sabendo demais do outro e, em anos de trampolinagens com dinheiro e favores, tem podres palpáveis.
Yunes apareceu na primeira bateria de questões. Há outras várias interrogações na segunda leva, à qual a imprensa ainda não deu a devida atenção.
Vai acabar dando, porque os nomes e os detalhes citados remetem a atos efetivamente praticados e logo algum dos elos da corrente de silêncio se quebrará, ainda mais com o visível processo de enfraquecimento da autoridade presidencial.
Ou alguém acha que se recusa ministério ou se ameaça impor derrotas na Câmara a um presidente que esteja forte?
Padilha já era. Foi-se sem lágrimas e seu féretro saiu sob aplausos de gente que não fala só por si, mas por outros de alta plumagem, como Merval Pereira, que escreveu agora à tarde que “a saída do ministro Eliseu Padilha resolve um problema político dentro do governo.”
As peças do Rei vão caindo e cada espaço no tabuleiro é disputado avidamente.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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