Para procuradores, narrativa de Yunes sobre dinheiro da Odebrecht não convence Exclusivo: Ex-assessor de Temer, Yunes recebeu R$ 1 milhão de Lúcio Funaro

Para procuradores, narrativa de Yunes sobre dinheiro da Odebrecht não convenceYunes, Funaro, Temer e Padilha. Foto: Montagem/Estadão

Quantia foi entregue em dinheiro vivo no escritório de Yunes a pedido do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha

Para procuradores, narrativa de Yunes sobre dinheiro da Odebrecht não convence

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Coluna do Estadão25 de Fevereiro de 2017 | 11h06

Procuradores querem saber por que Lúcio Funaro, que tem escritório em São Paulo, preferiu deixar um pacote com José Yunes, em São Paulo, para depois mandar uma pessoa buscar.
A narrativa foi dada por Yunes em depoimento ao grupo de trabalho da Operação Lava Jato. Yunes é acusado em delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo de receber dinheiro da empreiteira negociado pelo presidente Michel Temer.
Como revelou a Coluna do Estadão em dezembro, o dinheiro foi entregue por Funaro no escritório de Yunes em São Paulo a pedido do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Quantia foi entregue em dinheiro vivo no escritório de Yunes a pedido do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha
Yunes, Funaro, Temer e Padilha. Foto: Montagem/Estadão
Andreza Matais
22 Dezembro 2016 | 05h00
Yunes, Funaro, Temer e Padilha. Foto: Montagem/Estadão
O lobista Lúcio Funaro foi quem entregou a José Yunes, ex-assessor especial do governo, dinheiro vivo oriundo da Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhão. Um dos auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer, Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da companhia Claudio Melo. Ele narrou no depoimento para a Lava Jato reunião em 2014 em que Temer teria pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht para o PMDB. Dos R$ 10 milhões, R$ 6 milhões foram para campanha de Paulo Skaf e R$ 4 milhões para o ministro Eliseu Padilha distribuir.
Eliseu Padilha foi quem pediu que Lúcio Funaro fizesse a entrega de R$ 1 milhão a Yunes. O ex-assessor, que esperava receber o dinheiro de um desconhecido, foi surpreendido com o lobista no seu escritório em São Paulo. Os dois não se conheciam pessoalmente, mas Yunes sabia de quem se tratava.
Por sua assessoria, Padilha disse que “não pediu” nada a Lúcio Funaro. Temer já confirmou ter participado da reunião com Marcelo Odebrecht, quando diz ter pedido “doação eleitoral” para o PMDB. Yunes não foi localizado para comentar o assunto.
Funaro está preso desde julho pela Lava Jato sob suspeita de comandar com o ex-deputado Eduardo Cunha esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas. Os dois são muito próximos.
Na delação de Claudio Melo, ele diz que o ministro Padilha lhe contou que parte dos R$ 10 milhões foi para Eduardo Cunha. E qual parte? R$ 1 milhão.

copiado http://politica.estadao.com.br/

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