Distrito Federal tem a bancada mais enrolada no Supremo Entre os 26 estados, considerando a proporcionalidade das bancadas, o Distrito Federal possui o quadro mais crítico: seis de seus oito representantes no Congresso estão às voltas com denúncias criminais

Distrito Federal tem a bancada mais enrolada no Supremo

Agência Câmara
Deputados do DF encrencados no STF
 
Levantamento do Congresso em Foco revela que, em pelo menos quatro estados, mais da metade da bancada de deputados federais responde a ações no Supremo Tribunal Federal (STF): AlagoasAmapá,  Distrito Federal e Rondônia. O caso mais crítico é do Distrito Federal, que tem seis de seus oito representantes na Câmara às voltas com ações penais ou inquéritos nos quais são acusados por algum crime. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde oito parlamentares representam cada estado, metade responde a ações na Corte.
Eleitos pelo povo com intuito de representá-los, pelo menos 155 dos 513 deputados precisam prestar contas por denúncias no STF. A lista de acusações é extensa.
Na capital do país, por exemplo, de oito deputados que representam o povo que vive nas regiões administrativas e no Plano Piloto, apenas os deputados distritais Augusto Carvalho (SD) e Ronaldo Fonseca (PROS), eleitos com 39,4 mil 84,5 mil votos, respectivamente, não são alvos de algum procedimento acusatório no tribunal.
Quanto ao número de absoluto de deputados com pendências, se dispensar a proporcionalidade da bancada, Minas Gerais e São Paulo disputam a liderança, com 14 deputados encrencados em cada estado. São Paulo é o estado que possui a maior bancada do Congresso, com 70 congressistas na Casa. Minas tem, atualmente, a segunda maior bancada, com 53 parlamentares representando o povo mineiro. No último levantamento do Congresso em Foco, realizado em 2015, a bancada paulista era a campeão, em termos absolutos, de deputados sob investigação: com 17 parlamentares.
No Rio Grande do Sul, 12 deputados devem explicações à Justiça. O estado é representado por 31 deputados na Casa. O Rio de Janeiro aparece logo em seguida com dez deputados encrencados, com uma bancada composta por 46 parlamentares. Os congressistas do Paraná e da Bahia aparecem logo em seguida, entre os estados com maior número de deputados na mira do Supremo.
Dos atuais 155 deputados que são alvos de inquérito ou ação penal no Supremo Tribunal Federal, 49 já são réus e aguardam decisão da Corte para que sejam declarados culpados ou inocentes em 71 ações penais. Dos atuais 26 partidos que atuam na Casa, 19 abrigam deputados com alguma pendência no STF. Na Corte, conforme levantamento do Congresso em Foco,  tramitam 323 ações contra deputados federais. O número real, no entanto, é maior. Muitos casos estão sob segredo de Justiça e tramitam com total sigilo.
Lava Jato na Corte
Nós próximos dias, esse número tende a crescer ainda mais com os 83 pedidos de abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República realizados com base nas delações premiadas da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda não é possível saber quantos congressistas mais serão investigados, mas estima-se que mais de cem estão na chamada “lista do Janot”.
A autorização das apurações, bem como a divulgação dos acusados, só será revelada em abril pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Caso se concretize e os nomes não se repitam, é possível que metade da Câmara fique sob investigação na Corte. Atualmente, 29 deputados são investigados por participação no esquema de corrupção da Petrobras.
PP, PT e PMDB lideram em número de parlamentares encrencados no STF

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Mensalidades nas Ifes – um exemplo da “justiça fiscal” de Temer “Querem fazer justiça fiscal? Que o façam fora das universidades, taxando grandes fortunas – norma constitucional em aberto –, reduzindo a tributação sobre o consumo das famílias e as menores faixas de salário”

Temer está na contramão do mundo com universidade federal paga, diz colunista


Mensalidades nas Ifes – um exemplo da “justiça fiscal” de Temer

“Querem fazer justiça fiscal? Que o façam fora das universidades, taxando grandes fortunas – norma constitucional em aberto –, reduzindo a tributação sobre o consumo das famílias e as menores faixas de salário”


Paulo Rubem Santiago *
A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, coordenadora de Aécio Neves para a educação em 2014, acaba de defender a cobrança de mensalidades nas instituições federais de ensino superior (Ifes), pedindo “sintonia com o mundo” e com a “queda de receitas”. Nos anos de 1990 se dizia que as universidades federais estavam cheias de filhos da classe média alta e dos ricos, que deveriam pagar por isso. Assim haveria mais receitas para a União e vagas para os mais pobres. Uma falsa luta de classes.
Com esse raciocínio, amanhã nos cobrarão pelo SUS e pela segurança. É princípio de justiça fiscal que quem tiver mais que pague mais. Universidades federais são ambientes acadêmicos, científicos, onde devem ser aplicadas receitas efetivas para a consolidação dos fins estratégicos que o país reclama, por meio dos planos nacionais de educação e de pós-graduação, hoje existentes. Querem fazer justiça fiscal? Que o façam fora das universidades, taxando grandes fortunas – norma constitucional em aberto –, reduzindo a tributação sobre o consumo das famílias e as menores faixas de salário. Corrijam a tabela do imposto de renda frente à inflação dos últimos anos, elevem a tributação sobre patrimônio, como na Inglaterra, e sobre os mais altos salários.
Em vários países europeus, na Dinamarca, Suécia, Finlândia e na Noruega, há mais faixas de tributação do imposto de renda que aqui e alíquotas máximas que chegam a quase o dobro da nossa, de 27,5%. Que tal taxar também a herança, pelo menos com a metade da alíquota da Alemanha, Suíça e Japão (50%) ou França (60%), em vez de 8% (Bahia, Santa Catarina e Ceará), com média nacional de apenas 3,6%, segundo levantamento da consultoria EY feito para o jornal O Estado de São Paulo, publicado em 23 de maio de 2014?
Temer está na contramão do mundo com universidade federal paga, diz colunista
Para atingir os objetivos descritos nos artigos 3º, 205 a 214 (Educação) e 218 e 219 (Ciência e Tecnologia e Inovação) da Constituição Federal de 1988, o Estado deve financiar a universidade pública, embora tenha crescido intensamente o uso de fundos públicos, via Prouni e Fies, para bancar vagas nas instituições privadas, dominantes na oferta de graduação, enquanto a pós-graduação, a pesquisa e a extensão concentram-se nas Ifes. Por isso não cabe uma bi-tributação, com impostos e contribuições e também mensalidades/taxas, para expandirmos o acesso dos alunos mais pobres às vagas nas universidades federais, o que se dará com mais investimento em educação básica e superior públicos, segundo as metas do Plano Nacional de Educação aprovado na Lei 13.005 de 2014, com recursos fiscais e do pré-sal.
Os mais ricos devem pagar o que for devido a partir das medidas tributárias antes relacionadas e com a revisão da dívida dos sonegadores contumazes, expressão usada pela própria Receita Federal. Segundo o órgão da arrecadação federal, o tratamento dessa dívida, via Refis, é um mau exemplo para os contribuintes regulares com suas obrigações (estudo sobre os impactos dos parcelamentos especiais, item 25, página 11, no site da instituição em “Dados e Estudos/Parcelamento de débitos”).
Portanto, fiquemos de olho. Logo Temer nos trará um pacote “a favor dos pobres”, com a cobrança de mensalidades nas Ifes – deixando de fora, porém, além das modalidades de tributação acima referidas, a revisão das desonerações que, até 2019, acumularão R$ 420 bilhões transferidos aos diferentes setores do empresariado, sem contrapartidas. 18% disso em impostos deveriam ir para a educação (artigo 212, CF 1988). Por isso lutemos pela ampliação da conquista das universidades públicas, gratuitas e de qualidade, e por justiça fiscal de fato e de direito no lugar certo.

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Em troca da desocupação do Eixo, Rollemberg recebe professores em greve


Em troca da desocupação do Eixo, Rollemberg recebe professores em greve


Audiência está prevista para esta tarde e foi aceita pelo governador com o compromisso do sindicato da categoria de que deixaria a via e o gramado em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo. Em greve, professores prometiam não deixar o local se não fossem recebidos



Representantes dos professores da rede pública do Distrito Federal serão recebidos, na tarde desta quinta-feira (30), pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O encontro foi marcado ontem, no início da noite, depois que a categoria liberou o fluxo de veículos no Eixo Monumental, em frente à sede do Palácio do Buriti, sede do governo do DF. Essa foi a condição imposta pelo governador para atender o pedido de audiência do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). Eles prometiam não deixar o local caso não fossem recebidos.
Os manifestantes ocuparam o gramado e as faixas da via em frente ao Buriti por cerca de sete horas, o que causou transtornos no trânsito da capital durante boa parte do dia. O acesso foi desviado. Houve congestionamentos. No final da manhã um grupo tentou entrar no palácio. A Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar os sindicalistas.
O Sinpro pretende se reunir esta manhã e começar uma vigília em frente ao Buriti às 13h30. A reunião com o governador está prevista para as 14h. A pauta da categoria inclui a efetivação do plano de carreira, o pagamento de uma parcela do reajuste salarial acordado pelo governo anterior, de Agnelo Queiroz (PT), e melhores condições de trabalho.
A Justiça do Distrito Federal considera ilegal a greve dos professores, iniciada no último dia 15. E determinou o retorno imediato dos docentes à sala de aula sob pena de multa de R$ 100 mil por dia ao Sinpro. O sindicato recorre da decisão. O Palácio do Buriti anunciou que cortará o ponto dos faltosos. “O corte de ponto será aplicado a todas as categorias e, no caso da Educação, tem como propósito garantir que os alunos não fiquem sem aula”, alega o governo do Distrito Federal em nota.
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IPSOS: PARA 90%, BRASIL DE TEMER ESTÁ NO RUMO ERRADO

IPSOS: PARA 90%, BRASIL DE TEMER ESTÁ NO RUMO ERRADO

O Brasil, em peso, reprova Michel Temer, que conduz um governo com nove ministros investigados por corrupção e promove o desmonte de direitos sociais, como a previdência e garantias trabalhistas; é o que mostra pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada nesta quinta-feira; segundo o levantamento, nada menos que 90% dos brasileiros veem o Brasil no rumo errado; além disso, Temer é o terceiro político mais impopular do Brasil e só fica à frente de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conduziu o golpe na Câmara, e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que presidiu a sessão no Senado; pesquisa Ipsos revela que a única coisa que hoje unifica o Brasil é o "Fora Temer" e dá aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, que começam a votar sua cassação na próxima terça-feira, a oportunidade histórica de livrar o País do maior pesadelo de sua história

30 DE MARÇO DE 2017 ÀS 06:18 /
247 – Uma nova pesquisa do Instituto Ipsos, antecipada pelo jornalista José Roberto de Toledo, revela o grau de insatisfação da sociedade brasileira com Michel Temer.
"Não adiantou liberar dinheiro do FGTS. Tampouco transpor o São Francisco. A popularidade de Michel Temer não aumentou em março. Pesquisa nacional Ipsos – divulgada aqui em primeira mão – mostra oscilação de 59% para 62% na taxa dos que acham o governo Temer ruim ou péssimo. Após passar por um vale em janeiro e fevereiro, o presidente voltou ao pico impopular que alcançara em dezembro. Mudar a pergunta não ajuda. Indagados se aprovam ou desaprovam a atuação de Temer, 78% ainda dizem desaprová-la", conta o jornalista (leia aqui sua coluna). "As más notícias não param. Para 90%, o Brasil está no caminho errado. São 3 pontos a mais do que a taxa encontrada no mês passado. Mas não só: é a maior desde que Temer chegou ao poder."
Além disso, Temer é o terceiro político mais impopular do Brasil e só fica à frente de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conduziu o golpe na Câmara, e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que presidiu a sessão no Senado. Cunha tem 87% de desaprovação, contra 83% de Renan e Temer também está na casa dos 80%, com números piores do que os da presidente deposta Dilma Rousseff (74%).
Portanto, a pesquisa Ipsos revela que a única coisa que hoje unifica o Brasil é o "Fora Temer" e dá aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, que começam a votar sua cassação na próxima terça-feira, a oportunidade histórica de livrar o País do maior pesadelo de sua história (leia coluna de Tereza Cruvinel a respeito).
O 'Fora Temer' é praticamente uma unanimidade e foi puxado ontem pela atriz Fernanda Montenegro, dama do teatro brasileiro, em Curitiba (confira aqui).

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IPSOS 2: GOLPE E LAVA JATO DESTRUÍRAM O PSDB O PSDB está hoje no fundo do poço. É o que mostra pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira, que também apontou que o 'Fora Temer' é a única causa que unifica o Brasil (leia aqui). De acordo com o levantamento, divulgado em primeira mão pelo jornalista José Roberto de Toledo (leia aqui), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), assim como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estão entre os três políticos mais impopulares do Brasil.

IPSOS 2: GOLPE E LAVA JATO DESTRUÍRAM O PSDB


Embora o PSDB ainda não tenha sido formalmente atingido pela Lava Jato, a descoberta de que seus principais nomes se beneficiaram dos esquemas da Odebrecht e de outras empreiteiras destruíram a imagem de seus três principais presidenciáveis; de acordo com a pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira, Aécio Neves, o "Mineirinho", José Serra, o "Careca", e Geraldo Alckmin, o "Santo", estão entre os três políticos mais impopulares do País, com desaprovações de 74%, 70% e 67%; articulador do golpe, Aécio foi denunciado por propinas em Furnas e na Cidade Administrativa, além de caixa dois e pedido de R$ 50 milhões em Cingapura; José Serra foi acusado de receber R$ 23 milhões na Suíça e Geraldo Alckmin de receber recursos não declarados por meio do cunhado; dos tucanos, o menos pior, é João Doria, com 45% de desaprovação

30 DE MARÇO DE 2017 ÀS 07:11 /
247 – O PSDB está hoje no fundo do poço. É o que mostra pesquisa Ipsos, divulgada nesta quinta-feira, que também apontou que o 'Fora Temer' é a única causa que unifica o Brasil (leia aqui).
De acordo com o levantamento, divulgado em primeira mão pelo jornalista José Roberto de Toledo (leia aqui), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), assim como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, estão entre os três políticos mais impopulares do Brasil.
Embora o PSDB ainda não tenha sido formalmente atingido pela Lava Jato, a descoberta de que seus principais nomes se beneficiaram dos esquemas da Odebrecht e de outras empreiteiras destruíram a imagem de seus três principais presidenciáveis.
Aécio, o "Mineirinho" que articulou o golpe que destruiu a democracia e jogou a imagem do Brasil na lama, é desaprovado por 74% dos brasileiros. Político mais delatado na Lava Jato, ele já foi citado por propinas em Furnas e na Cidade Administrativa, pelo recebimento de caixa dois nas eleições de 2014 e pelo pedido de R$ 50 milhões em Cingapura, que teria sido recebido por meio do amigo Alexandre Accioly (leia aqui).
José Serra, o "Careca", foi acusado de receber R$ 23 milhões na Suíça e Geraldo Alckmin, o "Santo", de receber recursos não declarados por meio do cunhado. Os dois devem ser também atingidos pelas delações de Adir Assad e Paulo Vieira de Souza, que prometem denunciar os esquemas de arrecadação no Rodoanel, maior obra tucana nas últimas décadas.
Dos tucanos, o menos pior, é João Doria, com 45% de desaprovação. O prefeito de São Paulo, no entanto, é aprovado por apenas 16% dos brasileiros, enquanto 39% dizem que não o conhecem suficientemente.
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Era pra dar exemplo. Se for verdade Maria da penha nele. Esposa de Lasier Martins registra queixa contra o senador por agressão física Em depoimento à Delegacia da Mulher, jornalista disse que teve as pernas chutadas e as mãos apertadas contra o porta-joias que segurava pelo parlamentar. Senador nega agressão, diz que se defendeu e que é vítima de chantagem


POR CONGRESSO EM FOCO | 30/03/2017 09:57
CATEGORIA(S): NOTÍCIASOUTROS DESTAQUES

 Se for verdade Maria da penha nele.
Marcelo Camargo/Agência Senado
Marcelo Camargo/ABr
"Não tenho dúvida de que a polícia vai apurar o caso e concluir que não fiz absolutamente nada”, disse o senador ao Correio Braziliense

Casada há quase cinco anos com o senador Lasier Martins (PSD-RS), a jornalista Janice Santos, de 38 anos, prestou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, em Brasília, contra o marido por agressão física. O senador diz que o casal está em processo de separação, que não a agrediu e que é vítima de chantagem. As informações são do Correio Braziliense.
Janice denunciou Lasier à polícia na última terça-feira, quando passou por exame de corpo de delito. Estava acompanhada da empregada doméstica, que levou como testemunha. No depoimento, a jornalista afirmou que não foi a primeira vez que foi agredida pelo companheiro, a quem classificou como um homem “violento e agressivo”. Ela contou que teve as pernas chutadas pelo senador e as mãos pressionadas por ele enquanto segurava um porta-joias. Disse, ainda, que foi xingada e humilhadas várias vezes pelo marido e que foi agredida na barriga, em outra briga, enquanto se recuperava de uma cirurgia na região.
Em entrevista ao Correio, Lasier contestou as declarações da esposa. “Ela partiu para cima de mim e eu apenas reagi para me defender, sem agredi-la. Ela mesmo se cortou e passou sangue em mim. Ela é louca. Está me chantageando por conta do divórcio. Não tenho dúvida de que a polícia vai apurar o caso e concluir que não fiz absolutamente nada”. O senador afirma que a doméstica o procurou para dizer que havia se recusado a “mentir” para a delegada. “Ela estava no local e não viu nenhuma agressão, pois isso não aconteceu”, afirmou. O Congresso em Foco ainda tenta contato com o senador.
Choque na TV
Um dos principais nomes da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, Lasier chegou ao Senado em fevereiro de 2015, após conquistar o seu primeiro mandato eletivo. A advogada da jornalista não quis comentar a denúncia da cliente contra o senador.
Antes de entrar para a política, ele ficou conhecido nacionalmente após a divulgação de um vídeo na internet em que aparece tomando um choque ao encostar em uma parreira energizada durante transmissão ao vivo da Festa da Uva, em 2000. Eleito em 2014 pelo PDT, ele se filiou ao PSD no ano passado após seguidos desentendimentos com a direção nacional do partido. Ele foi um dos pedetistas que votaram a favor do impeachment de Dilma, posição que contrariou a cúpula partidária.
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Fique sabendo. Golpe de Estado no Brasil em 1964 A história de resistência e morte dos povos indígenas na ditadura militar


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Golpe de Estado no Brasil em 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango.
Os militares brasileiros favoráveis ao golpe e, em geral, os defensores do regime instaurado em 1964 costumam designá-lo como "Revolução de 1964" ou "Contrarrevolução de 1964".[1][2] Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.[3]
Já a historiografia brasileira recente defende a ideia de que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu, não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civil-militar.[4][5][6][7] Segundo vários historiadores, houve apoio ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulista,[8][9] uma grande parte das classes médias urbanas (que na época girava em torno de 35% da população total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada poucos dias antes do golpe, em 19 de março de 1964.[10][11].
Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros, do Partido Trabalhista Nacional (PTN), à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos,[12][13]e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964.

copiado https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964




 A história de resistência e morte dos povos indígenas na ditadura militar
O marechal Rondon cunhou uma frase que se tornou o lema de gerações de sertanistas brasileiros e funcionários do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado em 1910: “Morrer se preciso for, matar nunca”. A declaração ecoou até os anos 1960 e 1970. Contudo, apesar do desejo declarado de proteger os indígenas, o resultado da ação do Estado brasileiro não raro foi o massacre de tribos inteiras. Essa é a história que o jornalista Rubens Valente conta em “Os fuzis e as flechas: a história de sangue e resistência indígena na ditadura” (Companhia das Letras). A partir de uma vasta pesquisa nos arquivos oficiais abertos a partir de 2008 e entrevistas com índios e ex-funcionários do SPI e de sua sucedânea criada em 1967, a Fundação Nacional do Índio (Funai), Valente constrói um painel de violência, morte e luta desses povos.
O enredo da história se repetiu. Índios entravam em conflito com seringueiros, posseiros ou militares que construíam obras faraônicas no meio da selva. Funcionários do SPI, e depois da Funai, eram chamados para resolver o problema, “amansando” os indígenas, aponta o jornalista. Várias vezes, os contatos com homens brancos provocavam epidemias de doenças como gripe e sarampo. Sem remédios nem estrutura para ajudar, os funcionários que deviam protegê-los assistiam a tribos inteiras morrerem. Valente aponta, entretanto, uma ambiguidade na atuação dos sertanistas e do próprio Estado brasileiro.
A reportagem é de Leonardo Cazes, publicada por O Globo, 27-03-2017.
— Havia um projeto de desenvolvimento sendo colocado em prática que passava por cima dos direitos indígenas, principalmente o direito de eles saberem o que estava acontecendo. Muitos servidores se viram nesse papel de buscar uma negociação entre o Estado e os grupos étnicos ao mesmo tempo em que já sabiam que a decisão já estava tomada — afirma. — Com o passar do tempo, os próprios agentes fazem o balanço crítico do que foi feito. Eles trazem um lamento que senti nas entrevistas.
Um caso ilustrativo da maneira como a questão indígena foi tratada durante a ditadura ocorreu na construção da BR-174, entre Manaus e a fronteira com a Venezuela, em Roraima. A rodovia cortava o território dos waimiri-atroari. Desde o final do século XIX, os índios dessa região viviam em conflito com os ditos “civilizados”. Em junho de 1968, alguns apareceram próximo aos canteiros de obras. Com os operários alarmados, o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de Manaus, coronel Manoel Carijó, pediu ajuda à Funai.

Índios Waimiri-Atroari perto de uma de suas malocas no estado do Amazonas, em registro feito na década de 1970. Foto: Jorge Peter | 14-01-1977
A primeira tentativa de contato com os waimiri-atroari, comandada por um padre italiano, terminou com nove membros da equipe mortos. Quatro anos depois, no governo Médici, a Funai abriu três postos de atração, sob a chefia do sertanista Gilberto Pinto Figueiredo. A situação era tensa. Os índios viam máquinas destruírem a floresta e as obras atraindo novos moradores. Valente narra as dificuldades de comunicação, encontros e desencontros entre brancos e índios, tensão permanente com empreiteiros e servidores. Mais de uma dezena de funcionários morreram em quatro chacinas entre 1973 e 1974. O Exército respondeu à bala.
— Os waimiri-atroari simbolizam o período. É uma obra que sofre resistência violenta e provoca uma reação militar muito clara. Pela primeira vez, três militares reconheceram que houve mortes de índios em confrontos. Isso nunca tinha sido admitido. Mas eu lamento a confissão de um coronel de que todos os documentos sobre essa obra terem sido incinerados. Ainda precisamos descobrir muita coisa sobre o que aconteceu — diz o autor.

Caciques se reúnem com os irmãos Villas-Bôas, no Parque Nacional do Xingu, para denunciar invasão de suas terras em 1974. Foto: Marcio Arruda | 14-11-1974
Ele vê uma ação deliberada dos militares para abafar todos os casos relativos aos indígenas durante a ditadura. E avalia que os generais sabiam que viria uma enorme pressão internacional se as milhares de mortes viessem à tona. Isso também contribuiu para o silenciamento dessas violências.
— Isso traz uma dificuldade para reconstituir a história, que ocorreu em locais ermos e distantes. Essa é uma pesquisa que necessita de muitos recursos, as testemunhas estão espalhadas por diferentes aldeias e cidades. O Estado brasileiro também precisa reconhecer seus crimes e seus erros — afirma Valente, que começou a trabalhar no livro em 2013, mas escreve sobre o tema desde 1989.

O cacique guarani Marçal de Sousa denuncia ao Papa João Paulo II os assassinatos cometidos contra o seu povo no Mato Grosso do Sul, durante visita do pontífice ao Brasil. Foto: Luiz Pinto | 10-07-1980
O autor aponta que discursos do passado voltaram com força hoje em uma ofensiva contra os direitos indígenas, que é, na verdade, uma disputa pela terra.
— Se os índios habitassem o céu não gerariam tantas críticas. A crítica vem porque eles ocupam um pedaço de terra, que é cobiçado. É uma guerra econômica envolta em preconceito e intolerância. São os mesmos fantasmas que nos atormentam. A elite econômica e política brasileira, infelizmente, não conseguiu entender que o índio deve ficar onde está, que eles trazem uma riqueza cultural imemorial. A convivência seria uma lição de tolerância do Brasil para o mundo.

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