Um dia depois de aprovar a terceirização irrestrita, o governo federal descobre o óbvio: a arrecadação previdenciária vai despencar, porque os empregados virarão "patrões"; assim, não haverá contribuições patronais nem de trabalhadores, pois os terceirizados não terão interesse em contribuir para o INSS, num país que encaminha uma reforma previdenciária que tira a aposentadoria de milhões de pessoas; ou seja: com a terceirização o rombo fiscal será muito maior e a consequência inevitável será o aumento de impostos, que Henrique Meirelles e Michel Temer anunciam nos próximos dias; essa tendência, apontada ontem pelo 247, hoje é manchete do Valor; Brasil paga o preço da burrice e da cegueira ideológica
247 – A burrice e a cegueira ideológica custarão muito caro ao Brasil.Ontem, 247 publicou logo cedo um texto cristalino do jornalista Ronaldo Lenoir, sobre os impactos da terceirização ampla, geral e irrestrita:
De acordo com matéria assinada pelo jornalista Raphael Di Cunto no site do jornal Valor Econômico, o projeto de terceirização aprovado pela Câmara não tem dispositivos para impedir a chamada "pejotização", ou seja, a demissão de trabalhadores no regime CLT para contratação como pessoas jurídicas (PJ).
Isso pode detonar de vez a Previdência Social, como explica Laura Carvalho, economista e professora da FEA-USP:
"Sustentar a Previdência passa necessariamente por manter altos níveis de emprego e formalização. A prioridade parece não ser nenhuma das duas coisas.
Aprovaram agora o PL da terceirização: imaginem um mundo de trabalhadores contratados como Empreendedores Individuais, contribuindo apenas 5% sobre o salário mínimo para a Previdência. E o empregador, nada.
Em meio a todo esse debate, um PL que pode reduzir a base de arrecadação do sistema e elevar o tal rombo na Previdência no curto prazo. Interessante".
Hoje, um dia depois de aprovar a terceirização irrestrita, o governo federal descobre o óbvio: a arrecadação previdenciária vai despencar, porque os empregados virarão "patrões".
Assim, não haverá contribuições patronais nem de trabalhadores, pois os terceirizados não terão interesse em contribuir para o INSS, num país que encaminha uma reforma previdenciária que tira a aposentadoria de milhões de pessoas.
Essa tendência, apontada ontem pelo 247, hoje é manchete do Valor.
"O governo não tem uma estimativa de impacto do projeto de terceirização nas contas públicas, mas teme que a proposta aprovada tenha efeitos negativos na arrecadação federal, em especial na receita previdenciário", diz reportagem de Fábio Graner e Ribamar Oliveira (leia aqui).
De forma didática, Laura Carvalho também explica a lambança (leia aqui).
copiado http://www.brasil247.com/pt/
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