Presidente na mira da Justiça Temer fez discurso ao lado de deputada investigada No impeachment de Dilma, Raquel Muniz elogiou o marido, preso pela PF Temer visa sobreviver até troca na PGR


Deputada Raquel Muniz (ao fundo) aparece ao lado de Temer durante discurso de defesa

Investigada, deputada que elogiou marido preso acompanha Temer em discurso



  • Deputada Raquel Muniz (ao fundo) aparece ao lado de Temer durante discurso de defesa
  • Luciana Amaral
    Do UOL, em Brasília
A deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), que elogiou o marido preso pela Polícia Federal no ano passado, o ex-prefeito de Montes Claros Ruy Muniz, apareceu ao lado do presidente da República, Michel Temer (PMDB), durante discurso nesta terça-feira (27) no Palácio do Planalto.
Eram apenas duas mulheres ao lado de Temer: além de Muniz, estava a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA). Ao vê-la, Temer disse: "agora sim uma companhia feminina", antes de saudar os demais aliados, convocados pelo Planalto para aparecer ao lado dele no pronunciamento.
Na declaração convocada após apresentação de denúncia pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), Temer questionou a validade das provas, atacou Janot e seu ex-braço direito, Marcello Miller, e chamou a peça de "ficção".
Durante a fala, o presidente ficou rodeado por mais de 40 pessoas, entre ministros e parlamentares da base governista, em uma tentativa de mostrar força política apesar da crise. A deputada Raquel Muniz foi um dos aliados presentes e se posicionou ao lado esquerdo do peemedebista.
A deputada ganhou destaque ao elogiar o marido Ruy Muniz na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara na véspera de ele ser preso pela Polícia Federal. Em 17 de abril de 2016, durante a sessão na Casa, a deputada afirmou que seu "voto [a favor do impeachment] era para mostrar que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso com a sua gestão".
No dia seguinte, Ruy foi detido preventivamente pela PF suspeito de cometer irregularidades no sistema de hospitais públicos em benefício de um hospital privado gerido por sua família. Foram investigados os crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato, prevaricação e peculato. Na época, Raquel reiterou o elogio feito e informou que não havia motivos para a prisão do marido.
Em junho do ano passado, o casal passou a ser investigado pela Polícia Federal por sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. No caso, ambos eram suspeitos de terem desviado recursos de cofres públicos e de entidades de assistência social sem fins lucrativos. Em setembro, a PF realizou buscas na casa do casal. Os dois negam as acusações e disseram que a "verdade vai prevalecer".
No ano passado, Ruy Muniz tentou se reeleger à prefeitura de Montes Claros, mas perdeu a disputa para Humberto Souto (PPS-MG). Sua candidatura chegou a ser indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, porém, conseguiu uma liminar para seguir na eleição.

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