CNJ diz que juiz não pode falar de política. Só a favor da direita…
Com o voto de Carmem Lúcia, aquela que pregava a aplicação da máxima rodrigueana sobre os “homens de bem terem a ousadia dos canalhas”, o Conselho Nacional de Justiça decidiu processar os juízes André Nicolitt, Cristiana de Faria Cordeiro, Rubens Casara e Simone Nacif Lopes por terem participado de um ato contra o golpe, no Rio, ano passado.
Para juízes que foram aos atos “coxinha” ou para Gilmar Mendes, claro, nada contra.
O curioso é que o relator do processo, João Otávio de Noronha (na foto sendo condecorado por Aécio Neves), contra os quatro fez várias manifestações e até organizou jantares para a turma golpista, como relata, em detalhes, a colunista Monica Bergamo, na Folha:
O ministro João Otávio de Noronha, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que relatou na terça (24) processo defendendo que quatro juízes sejam investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por terem se manifestado, em ato público, contra o impeachment de Dilma Rousseff, também fez declarações públicas, em 2016, sobre o afastamento da então presidente do cargo. Com uma diferença: eles diziam que o afastamento era “golpe”. O magistrado afirmava, em entrevistas, o contrário: “Não é golpe de modo algum”.
Noronha também opinou, na época, sobre as manifestações em relação ao governo. “Uma [a favor de Dilma] é induzida, organizada. A outra [que pregava o impeachment] é natural”, disse ele.
Em julho de 2016, um mês antes da saída definitiva de Dilma do cargo, Noronha homenageou o então presidente interino Michel Temer com um jantar em sua casa, em Brasília, que reuniu ministros do STJ, do STF (Supremo Tribunal Federal) e os tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).
Noronha também opinou, na época, sobre as manifestações em relação ao governo. “Uma [a favor de Dilma] é induzida, organizada. A outra [que pregava o impeachment] é natural”, disse ele.
Em julho de 2016, um mês antes da saída definitiva de Dilma do cargo, Noronha homenageou o então presidente interino Michel Temer com um jantar em sua casa, em Brasília, que reuniu ministros do STJ, do STF (Supremo Tribunal Federal) e os tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).
Na Justiça brasileira, a balança tem dois pratos. Um cheio, na direita, um pires vazio na esquerda.
Se o Dem não quer Dória, Temer quer
A Folha diz hoje que o DEM desistiu da candidatura Dória. Se é que já não tinha feito isso antes, como se registrou aqui com a manifestação do “paipai” Cesar Maia, desdenhando o prefeito...
Se o Dem não quer Dória, Temer quer
A Folha diz hoje que o DEM desistiu da candidatura Dória.
Se é que já não tinha feito isso antes, como se registrou aqui com a manifestação do “paipai” Cesar Maia, desdenhando o prefeito de São Paulo e dizendo que preferia Luciano Huck.
Na Folha, diz-se que os demistas, porém, não “sentiram firmeza” em que Huck fosse tomar o seu táxi para a candidatura.
Ontem, o ex-padrinho de Doria, que virou farelo com a história da ração para pobre (hoje a FAO, organização alimentar da ONU, também divulgou seu “me inclua fora desta” em relação à tal farinata), Geraldo Alckmin não aliviou a provocação ao lançar um restaurante da rede Bom Prato:
“Esse será o restaurante de número 55 de um programa social que é o mais bem avaliado do Brasil, e oferece a quem está fora de casa uma alimentação de qualidade, balanceada, saborosa e quente por R$ 1. É promoção de saúde, afinal, a alimentação é equilibrada entre carboidratos, lipídios, sais minerais e vitaminas.”
Nada de ração, só faltou dizer.
É de duvidar que reste a Doria a alternativa de ser governador de São Paulo, porque Alckmin não confia a ele nem mesmo um pacote de farinata.
Mas sobrou alguém, com grande poder para compensar o nenhum prestígio.
Michel Temer, com quem conta para recuperar sua imagem de gestor, esburacada como as ruas paulistanas, com R$ 1 bilhão do BNDES.
Doria, o disponível, pode ser a alternativa para Temer, pois talvez não reste outra alternativa para ele, Doria.
Como disse o pretendente a dono do resto do governo do governo, Rodrigo Maia: “em política não existem amiguinhos, muito menos para sempre”.
Verdade, mas sempre é possível reciclar algo que vai perdendo a validade para virar ração eleitoral.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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