Intelectuais espanhóis pedem que ETA esclareça crimes Primeira reunião do Conselho Nacional Palestino desde 1996

Intelectuais espanhóis pedem que ETA esclareça crimes

AFP/Arquivos / -(Arquivo) Imagem de 10 de janeiro de 2011 de vídeo gravado pelo ETA mostra três encapuzados levantando os punhos após anunciarem cessar-fogo permanente
Centenas de intelectuais e vítimas do grupo ETA pediram neste domingo (29) à organização basca - que deve anunciar sua dissolução em breve - que esclareça seus crimes sem resolução e condene sua "história de terror".
Para um final "digno e definitivo", o manifesto exige o "esclarecimento dos crimes não resolvidos, que chegam a pelo menos 358"
Assinado por escritores como Fernando Sabater, Fernando Aramburu e Maite Pagazaurtundua, deputada europeia pelo UPeD (centro-direita) e irmã de um policial assassinado pelo ETA em 2003, o texto já havia recolhido mais de 1.600 assinaturas de apoio na tarde de domingo através do site change.org.
Também pede aos membros do grupo uma "condenação da história de terror, de maneira que deslegitimem a violência tendo em vista as futuras gerações".
O manifesto foi divulgado a poucos dias do esperado anúncio da dissolução do ETA no início de maio, após mais de quatro décadas de violência em sua luta pela independência do País Basco.
Criado em 1959 sob a ditadura de Francisco Franco, o ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou País Basco e Liberdade), que anunciou sua renúncia a luta armada em 2011, é relacionado a um histórico de assassinatos, ataques com bombas, extorsões e sequestros que deixou um número de pelo menos 829 mortos.
"[ETA] não forneceu informação sobre os autores de centenas de assassinatos e que não está a disposição das famílias, da sociedade e da justiça", recordaram os intelectuais e as vítimas.
Criticaram também que em uma recentemente declaração o ETA pediu perdão apenas às vítimas sem "participação direta no conflito".
"É uma nova humilhação. Ninguém está feliz morto, ninguém deveria ter sido assassinado", ressaltou o manifesto, que pediu também o fim "das homenagens públicas a terroristas" no País Basco.

Primeira reunião do Conselho Nacional Palestino desde 1996

AFP/Arquivos / ABBAS MOMANIO presidente palestino, Mahmud Abbas, em 3 de fevereiro em Ramallah, na Cisjordânia ocupada
O Parlamento da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) se reunirá na segunda-feira pela primeira vez em mais de 20 anos, no momento em que o presidente Mahmud Abbas tenta consolidar sua posição em meio a tensões com Washington.
Analistas não acreditam que a reunião do Conselho Nacional Palestino (CNP), organizada em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, resultará em uma mudança política importante. Mas deve resultar na eleição de 18 membros do comitê executivo da OLP.
Mais de 100 dos 740 membros do CNP anunciaram em uma carta que pretendem boicotar a reunião, incluindo dezenas de aliados do grupo islamita Hamas, o maior partido palestino depois do Fatah de Abbas.
O presidente palestino recebeu pedidos para adiar a assembleia até uma reconciliação entre as facções rivais.
O CNP, que representa os moradores dos territórios palestinos e da diáspora, não celebra uma sessão ordinária desde 1996, embora tenha organizado uma reunião de emergência em 2009 em Ramallah.
A sessão, que deve começar na segunda-feira e prosseguir por três dias, acontece no momento em que a relação de Abbas com o governo do presidente americano Donald Trump passa por uma grave crise, em função da transferência, em 14 de maio, da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém.
Também acontece em meio ao grande movimento de protesto para exigir o "direito ao retorno" dos palestinos às regiões das quais foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel em 1948.
Mais de 40 palestinos foram assassinados em operações do exército israelense desde o início, em 30 de março, das grandes manifestações ao longo da fronteira entre Gaza e Israel.
O início da sessão está programado para segunda-feira à noite com um discurso de Abbas, de 82 anos.
O presidente palestino passou a adotar uma postura mais rígida desde que Trump anunciou, em 6 de dezembro, a mudança da embaixada americana.
Com a decisão, Trump reconheceu unilateralmente Jerusalém como capital de Israel, rompendo décadas de consenso internacional de que o estatuto da cidade deveria ser estabelecido com um acordo entre israelenses e palestinos.

copiado https://www.afp.com/pt

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