Kim Jong Un promete fechar instalações nucleares norte-coreanas em maio Segurança e economia na visita do presidente nigeriano aos EUA

Kim Jong Un promete fechar instalações nucleares norte-coreanas em maio

Kcna via Kns/AFP/Arquivos / -Kim Jong Un (E) conversa com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, durante o jantar oficial que encerrou a histórica reunião de cúpula entre as Coreias em Panmunjom, no dia 27 de abril
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, prometeu fechar as instalações de testes nucleares de seu país em maio e convidar especialistas sul-coreanos e americanos para acompanhar o processo de desmantelamento, anunciou neste domingo a presidência da Coreia do Sul.
O anúncio de Seul é o capítulo mais recente de guinada diplomática na península coreana nos últimos meses, que possibilitou uma reunião de cúpula histórica intercoreana na sexta-feira.
Durante o encontro, Kim Jong Un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, concordaram em buscar a "desnuclearização total" da península.
"Kim disse, durante a reunião com o presidente Moon, que iria realizar o fechamento das instalações nucleares em maio e que convidaria em breve especialistas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos para informar sobre o processo à comunidade internacional com transparência", declarou Yoon Young-chan, porta-voz da presidência sul-coreana.
"Kim disse: 'Os Estados Unidos se sentem repelidos por nós, mas quando conversarmos, eles perceberão que eu não sou uma pessoa que vai lançar uma arma nuclear em direção ao Sul ou os Estados Unidos", completou Yoon.
"Se nos encontrarmos com frequência (com os EUA), construirmos a confiança, acabarmos com a guerra e, eventualmente, recebermos a promessa de que não seremos invadidos, por que nós viveríamos com as armas nucleares?", questionou, segundo o porta-voz sul-coreano.
As declarações de Kim, que durante anos afirmou que nunca abriria mão das armas nucleares por temer uma possível invasão dos Estados Unidos, podem ser consideradas como uma mão estendida antes de outra reunião de cúpula muito aguardada: o encontro entre Kim Jong Un e o presidente americano, Donald Trump.
- "Pressão máxima" -
Durante um evento em Michigan com simpatizantes, Trump anunciou que deve se reunir com Kim Jong Un dentro de três ou quatro semanas. E prometeu fazer um "grande favor ao planeta" ao obter um acordo sobre a questão nuclear com Pyongyang.
US Government/AFP/Arquivos / HOO secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que teve uma "boa conversa" com Kim Jong Un durante uma visita secreta a Pyongyang no fim de março
O presidente americano afirmou que a mudança diplomática do regime norte-coreano é fruto de uma "campanha de pressão máxima", composta por discursos muito duros, o aumento das sanções contra a Coreia do Norte e o isolamento diplomático do país asiático.
Mas também advertiu que a reunião de cúpula pode ser um fracasso. "O que tiver que acontecer, acontecerá. Posso ir até lá e pode não funcionar. Neste caso, vou embora".
De acordo com o canal CBS News, a reunião pode acontecer na Mongólia ou em Cingapura.
O novo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, revelou que manteve uma "boa conversa" com Kim Jong Un durante sua recente visita a Pyongyang.
Pompeo disse em uma entrevista a ABC News que o líder norte-coreano está "disposto a apresentar um plano" que contribua para a desnuclearização.
Kim também se declarou disposto a iniciar um diálogo com o Japão. De acordo com o porta-voz da presidência sul-coreana, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe informou a Moon que está disposto a conversar com Pyongyang, uma mensagem transmitida durante a reunião intercoreana.
"Kim respondeu que a Coreia do Norte está disposta a conversar com o Japão a qualquer momento", declarou Kim Eui-kyeom. A mensagem foi repassada pelo presidente Moon a Shinzo Abe neste domingo por telefone.
- "Em bom estado" -
Até o momento não foi anunciado se a Coreia propõe receber os especialistas americanos em suas instalações de testes nucleares de Punggye-ri antes ou depois da reunião de cúpula.
Durante o encontro com Moon Jae-in, Kim negou que estas instalações não possam mais ser utilizadas, como sugeriram alguns especialistas, após o último teste nuclear de setembro.
"Alguns falam que fechamos instalações de testes que jã estão inutilizáveis, mas como poderão comprovar durante a visita existem dois túneis adicionais ainda maiores (...) e estão em bom estado", afirmou o dirigente norte-coreano, de acordo com Seul.
Em 2017, a Coreia do Norte realizou o sexto teste nuclear de sua história, o mais potente até o momento, e lançou mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) com capacidade de atingir o território continental dos Estados Unidos.
A tensão na península coreana atingiu o ponto máximo na época. Kim e Trump trocaram ameaças e insultos pessoais. Washington exige que Pyongyang renuncie a suas armas nucleares e deseja uma desnuclearização total, comprovável e irreversível.
Em uma "medida simbólica" de aproximação entre as Coreias, Kim também prometeu adiantar o horário em seu país em 30 minutos para sincronizar o fuso horário ao do Sul, anulando assim uma mudança adotada pelo país em 2015.

Segurança e economia na visita do presidente nigeriano aos EUA

AFP/Arquivos / STEFAN HEUNISO presidente da Nigéria, Muhamadu Buhari, em Lagos, em 29 de março de 2018
O presidente nigeriano, Mahamadu Buhari, que se reúne nesta segunda-feira (30) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o primeiro dirigente africano a ser recebido pela administração do americano. A visita abordará principalmente os problemas de segurança e economia do país.
A reunião será observada com atenção, semanas depois da polêmica gerada por Donald Trump que se referiu ao Haiti e às nações africanas como "países de merda", antes de se retratar.
Em março, as relações de Trump com o continente africano também sofreram com a destituição do secretário de Estado Rex Tillerson enquanto ele estava em uma visita oficial à Nigéria, durante sua primeira turnê africana.
De acordo com a Casa Branca, as conversas vão se concentrar na "luta contra o terrorismo" e a insegurança, e o desenvolvimento econômico e democrático na Nigéria, que tem eleições presidenciais previstas para fevereiro de 2019.
A Nigéria entra em seu nono ano de luta contra o grupo jihadista Boko Haram, que destruiu o nordeste do país. O conflito provocou mais de 20.000 mortos e centenas de milhares de deslocados, inclusive em países vizinhos como Chade, Camarões e Níger.
Buhari enfrenta também o ressurgimento de um recorrente conflito agropecuário que tem como plano de fundo divisões étnicas e religiosas.
"Acredito que ambos os países têm uma ideia clara da ordem do dia da reunião: segurança e questões econômicas. Os dois têm algo a ganhar", declarou à AFP J. Peter Pham, diretor do Africa Center no Atlantic Council de Washington.
"Por parte do presidente Trump, é preciso concluir definitivamente essa controvérsia", acrescentou. "Pelo lado do presidente Bahari, se trata de fazer valer a preeminência de ser o primeiro líder africano recebido na Casa Branca por esta administração".


copiado https://www.afp.com/pt

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