PUBLICADO EM 28/04/18 - 10h00
VEJA VÍDEO
Deputado Wladimir Costa agride
professor de sociologia no Pará
"Se nunca apanhou na cara, apanhou agora", disse o político
O deputado paraense Wladimir Costa (SD), que ficou conhecido por tatuar o nome de Michel Temer em seu corpo, foi filmado agredindo um professor de Sociologia durante evento político no município de Jacundá, a 439 quilômetros da capital, Belém, na noite de quinta-feira, 26.
O deputado paraense Wladimir Costa (SD), que ficou conhecido por tatuar o nome de Michel Temer em seu corpo, foi filmado agredindo um professor de Sociologia durante evento político no município de Jacundá, a 439 quilômetros da capital, Belém, na noite de quinta-feira, 26.
Nesse momento, o deputado desfere um tapa em Therezo, que ainda tem tempo de desviar o rosto e é atingido no pescoço. Depois, as imagens mostram dois homens segurando o professor enquanto Wladimir Costa retoma o discurso. “Respeita a cara de homem, vagabundo. Homem, para mim, tem que respeitar cara de homem. Homem safado apanha na cara. Se nunca apanhou na cara, apanhou agora. E pode filmar e colocar na rede social”, desafia o deputado.
Therezo afirma que após ser agredido pelo deputado, foi jogado no chão e chutado por seguranças do deputado, mas a sequência das imagens não aparece nas redes sociais. O professor contou ao Estado que foi pego de surpresa. “Achei que ele não estava ouvindo (as vaias). Quando veio com o microfone na minha direção, pensei na história da tatuagem”, disse.
Therezo fez exame de corpo de delito, registrou Boletim de Ocorrência na delegacia da cidade e garante que vai processar o deputado por agressão. O professor já foi filiado ao PT e ocupou uma cadeira na Câmara de vereadores de Jacundá entre 2013 e 2016. Hoje, está sem filiação partidária.
O deputado Wladimir Costa ganhou notoriedade após estourar uma bomba de confetes no plenário da Câmara dos Deputados em abril de 2016 e de exibir uma tatuagem com o nome do presidente Michel Temer.
Procurado pela reportagem, mandou avisar que não daria entrevista sobre o assunto, mas em nota afirmou que reagiu “para compelir a injusta agressão que vinha sofrendo”. Afirma também que “não é obrigado a aceitar agressões verbais com palavras de baixo calão” O deputado negou que estivesse acompanhado de seguranças.
Em dezembro do ano passado, Wladimir Costa teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER), acusado de usar recursos de caixa 2 na campanha eleitoral. O deputado recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e poderá continuar no cargo até o julgamento do recurso.
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