Temer: para ser imbecil é preciso ser vaidoso Sem um líder popular no Planalto, a festa será dos ratos de sempre Sem um líder popular no Planalto, a festa será dos ratos de sempre

Temer: para ser imbecil é preciso ser vaidoso

doisanos
O artigo de Michel Temer, hoje, na Folha, autolouvando-se pela passagem do segundo aniversário do golpe, só é relevante, paradoxalmente,  pelo retrato da irrelevância que seu autor conseguiu ser, neste tempo, no cenário político.
Todos os dados e argumentos que elenca para jactar-se de sua “grande administração” são, quando não simplesmente falsos, “conquistas” que se deram sem ele ou apesar dele.
Já se inicia com a alegação de que recuperou “Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, a Caixa Econômica Federal”.  Ora, a Petrobras, que largou a indústria naval à falência, vende campos de petróleo e perfura cada vez menos poços elevou seu valor em Bolsa apenas e simplesmente porque o seu produto subiu 200% de preço, o BB nunca esteve em crise, os Correios fecha agências e demite e a Caixa, além de dicar de fora das faixas populares do Minha Casa, Minha Vida, simplesmente fechou sua carteira imobiliária por seis meses.
Mas importante, porém, é que a prova real do vazio do que diz é que o verdadeiro juiz do desempenho de um governo, o povo, o tem na mais baixa e desprezível conta.
Sequer polêmico chega a ser; é unânime, na rejeição.
Há, porém, algo que agrava a sua situação.
É que é indispensável ao imbecil completo sentir-se vaidoso de sua própria insignificância.
E isso leva Temer a proferir frases que envergonhariam qualquer um que não chegasse aos píncaros da estupidez: “Fizemos em dois anos o que outros não fizeram em 20 anos”.
É o mesmo mote de seu desastrado e risível “slogan” – já substituído, de piada que virou: “O Brasil voltou, 20 anos em 2”.
Tire-se a vírgula e a “modéstia” do ocupante do Planalto e veremos que voltamos no tempo mais, muito mais.
À barbárie.

Sem um líder popular no Planalto, a festa será dos ratos de sempre

laertecenario
A charge do Laerte, na Folha de hoje, é o retrato pronto e acabado do que nos aguarda caso não ocorra a cada vez mais improvável normalização da disputa eleitoral, deformada pela intervenção autoritária de Sérgio Moro, com o afastamento de Lula.
Teremos um presidente fraco – mesmo que de perfil autoritário, como Bolsonaro – numa situação que Bruno Boghossian, no mesmo jornal, define como “emparedado pelo Congress”.
Congresso, claro, que ante à desgraça atual de sua composição, tende a confirmar a máxima de Ulysses Guimarães: “acha o Congreso ruim? Espere o próximo”.
Como será capaz de sobreviver um presidente em uma selva onde políticos, juízes e mídia sabem que, se não for uma nulidade, não leverá mais que meses para que contra ele se arme um impeachment.
Há alguém com lastro na opinião pública para resistir, chamando o povo?
Mesmo Lula teria dificuldade, mais ainda Ciro Gomes, o único outro que admite que o novo presidente precisará remeter ao povo as suas decisões.
Só que, antes disso, terá de passar pelo Congresso e pela Justiça, pois não tem poder legal para convocar plebiscitos.
Eleições anormais não podem trazer de volta a normalidade.
O que nasce torto nunca se endireita.

Prévia do PIB “encolhe” e BC tem dupla pressão: dólar e juros

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Muito mais que o “mercado” esperava, o número negativo do Índice do Banco Central – medida da atividade econômica semelhante à do PIB – recuou fortemente em março: 0,74%.
Em tese, algo que estimularia a continuidade – esperada pelos agentes financeiros – da queda dos juros.
Mas, de outro lado, a pressão cambial indica o contrário: o “prêmio” de juros pagos ao investidor estrangeiro, em relação aos dos títulos do Tesouro norte-americano, descontado o câmbio, tendeu a zero.
Logo, desinteressantíssimo.
No “manual”, como fez a Argentina, isso recomendaria uma alta da Taxa Selic ou, pelo menos, a interrupção de sua queda.
O mais grave, porém, é que a degradação do cenário econômico mundial parece longe do fim e não deve mitigar a cada vez maior imprevisibilidade do cenário eleitoral brasileiro.
É impossível, claro, fechar prognósticos absolutos em cenarios econômicos e não se pode prever em que grau a crise econômica se aprofundará.
Mas a seta é para baixo e tão baixo já estamos que o desastre mora ao lado.

copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog/

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