Um ano depois de eleição, Macron continua dividindo os franceses Pompeo destaca chance de 'mudar o curso da história' na Coreia Preso de Guantánamo será transferido para Arábia Saudita, diz Pentágono

Um ano depois de eleição, Macron continua dividindo os franceses

AFP / STEPHANE DE SAKUTINO presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris, capital do país, em 16 de abril de 2018
Um ano após sua fulgurante chegada ao poder, Emmanuel Macron continua seduzindo uma parte dos franceses por seu dinamismo e vontade reformista, mas não consegue superar o rótulo de "presidente dos ricos" atribuído por seus críticos.
Em um país sacudido por uma onda de greves e protestos nos transportes e universidades, o chefe de Estado, eleito em 7 de maio de 2017 com um programa reformista, consegue se manter nas pesquisas.
Com cerca de 45% de opiniões favoráveis, Macron goza de uma popularidade superior à de seu antecessor, o socialista François Hollande (2012-2017), na mesma época de seu mandato, e similar à do conservador Nicolas Sarkozy (2007-2012).
No entanto, o jovem mandatário divide os franceses. "Se há algo que os franceses concordam é que o presidente faz coisas. Mas o que lhes desagrada é justamente o que ele faz", resume Jean-Daniel Lévy, da pesquisadora Harris Interactive.
A imagem de Macron não mudou muito desde que foi eleito com 64% dos votos contra a candidata de extrema direita Marine Le Pen.
É visto como um presidente "dinâmico" e "audacioso", com uma firme vontade de "transformar" a França e de cumprir com suas promessas. Segundo uma pesquisa da Elabe-Wavestone, 69% dos franceses o veem como um "reformista".
Mas é percebido também como alguém "altivo" e distante dos problemas dos franceses. Não conseguiu se desfazer do rótulo de "presidente dos ricos" por conta das medidas que favorecem mais os ricos do que os pobres.
- 'Imagem presidencial' -
Muito ativo no plano internacional, Macron dissipou todas as dúvidas sobre sua capacidade de encarnar a função presidencial.
AFP / Brendan SMIALOWSKIO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (E), e o presidente da França, Emmanuel Macron, durante cerimônia em Washington, nos Estados Unidos, em 24 de abril de 2018
Liderou a luta contra a mudança climática diante de Donald Trump e recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, em Paris, por exemplo. "Esse tipo de coisa fez com que sua imagem presidencial se consolidasse muito rápido", explica Bruno Jeanbart, diretor do instituto OpinionWay.
Em um ano, sua base eleitoral mudou profundamente. "O peso de seu eleitorado de esquerda diminuiu enquanto o de direita aumentou", assinala Bruno Jeanbart.
Algumas de suas reformas, como a do código trabalhista ou das ferrovias, convenceu uma parte da direita da vontade de Macron de transformar o país. Mas, ao mesmo tempo, o distanciaram de uma parte dos eleitores de esquerda, que o consideram muito liberal.
Cerca de 40% dos franceses declaram que ainda "esperam ver" os resultados de sua política. Um ano depois de sua eleição, Macron "ainda não teve grandes vitórias" e, "por enquanto, é julgado de acordo com suas intenções e não com seus resultados", disse Bernard Sananès, presidente da pesquisadora Elabe, ao jornal Les Echos.
"A onda de otimismo desencadeada por sua eleição caiu progressivamente. Os franceses veem que a situação econômica é globalmente melhor, mas no momento eles não notam melhorias concretas para eles", acrescentou.
Segundo os analistas, a vantagem que o chefe de Estado tem atualmente é a ausência de uma forte oposição, depois de eleições nas quais os partidos tradicionais de esquerda e direita foram derrotados.
"Temos um presidente da República que não tem uma taxa de popularidade extremamente alta", mas "essa pequena popularidade é imensa se formos ver a de seus adversários", resume Bruno Jeanbart.


Pompeo destaca chance de 'mudar o curso da história' na Coreia

AFP / SAUL LOEBO secretário americano de Estado, Mike Pompeo, durante cerimônia em Washington, em 2 de maio de 2018
O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira (2) que o mundo tem a chance de "mudar o curso da história" na península coreana, baseado nos esforços para a desnuclearização dessa região.
Ao falar durante uma cerimônia formal de posse como secretário de Estado, com a presença do presidente Donald Trump, Pompeo disse que chegou o momento de resolver as tensões na península coreana "de uma vez e para sempre".
"Destaco que é uma oportunidade. Estamos nas primeiras fases do trabalho. O resultado é certamente ainda desconhecido. Mas uma coisa é certa: este governo não repetirá os erros do passado. Nossos olhos estão bem abertos", afirmou Pompeo.
O novo secretário de Estado disse que Washington está comprometido com "o desmantelamento do programa nuclear da Coreia do Norte e que isso ocorra sem demora".
Trump surpreendeu o mundo no mês passado ao aceitar um convite do líder norte-coreano, Kim Jong Un, para uma reunião direta, um histórico encontro que poderia acontecer nas próximas semanas.
Como parte dos preparativos desse encontro, Trump enviou Pompeo - que há duas semanas era o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) - em uma missão secreta a Pyongyang, onde manteve um encontro com Kim.
Pompeo substitui no Departamento de Estado o bilionário empresário petroleiro Rex Tillerson, que havia divergido publicamente de Trump por seu interesse em abrir um canal de diálogo com a Coreia do Norte.
Trump chegou a humilhar Tillerson no Twitter, afirmando que estava "perdendo tempo" com suas tentativas de abrir esse canal de diálogo.
Em março, Tillerson foi demitido de seu cargo sem cerimônias e poucos dias depois começou a preparação do encontro entre Trump e Kim.

Preso de Guantánamo será transferido para Arábia Saudita, diz Pentágono

AFP/Arquivos / Mladen ANTONOVFoto de celular em 2014 de Guantánamo
Um prisioneiro de Guantánamo que confessou ser culpado de ajudar a planejar um ataque a um navio petroleiro francês em 2002 foi transferido para a Arábia Saudita, informou o Pentágono nesta quarta-feira (2).
Esta é a primeira vez que um detento deixa a prisão militar na presidência de Donald Trump.
"O Departamento de Defesa anunciou hoje a transferência de Ahmed Mohammed Ahmed Haza al-Darbi do centro de detenção da Baía de Guantánamo para o governo do Reino da Arábia Saudita", informou o o Pentágono em um comunicado.
Em fevereiro de 2014, Darbi fez um acordo que o levou a admitir que planejou, ajudou e apoiou um ataque ao MV Limburg, que matou um marinheiro búlgaro, feriu doze pessoas e causou um grande derramamento de petróleo no Golfo de Aden.
Como parte de seu pedido, Darbi forneceu provas contra outro detento saudita de Guantánamo: Abd al-Rahim al-Nashiri, que enfrenta a pena de morte sob acusação de planejar o ataque do MV Limburg e do ataque de 2000 contra o USS Cole no Iêmen, que deixou 17 mortos.
Darbi foi condenado a uma pena de 13 anos de prisão, que começou a ser contabilizada no dia do acordo.
O acordo, entretanto, incluía uma cláusula segundo a qual, depois de mais quatro anos em Guantánamo, ele poderia cumprir o restante da pena em um centro de reabilitação de luxo na capital saudita, Riad, onde os ex-extremistas recebem aconselhamento e desintoxicação ideológica.
Ainda há 40 pessoas em Guantánamo, mas Trump prometeu enviar mais detidos para a prisão, localizada em uma base naval dos Estados Unidos em Cuba.
copiado https://www.afp.com/pt

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