Venezuela, terrorismo e mudanças climáticas no G20 na Argentina

Venezuela, terrorismo e mudanças climáticas no G20 na Argentina

AFP / EITAN ABRAMOVICH Representantes dos países do G20 posam durante reunião de chanceleres em 21 de maio de 2018 em Buenos Aires
Os chanceleres do G20 tratam de assuntos-chave da agenda internacional em Buenos Aires, como a luta contra o terrorismo e as mudanças climáticas, além da situação da Venezuela, um dia após as controversas presidenciais da Venezuela, que reelegeram Nicolás Maduro.
"Temos um compromisso com a cooperação internacional, com o multilateralismo e com a governança mundial", disse o presidente argentino Mauricio Macri ao abrir a cúpula na noite de domingo, com um jantar de trabalho na sede da Chancelaria.
"Queremos representar toda a potencialidade desta região do mundo. É uma região de paz, que pode oferecer muitíssimo em matéria de segurança alimentar e segurança energética", disse o mandatário.
Argentina, México e Brasil são os únicos países latino-americanos no grupo das 20 maiores economias do mundo.
O país anfitrião acaba de sofrer um choque cambiário e negocia um auxílio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI).
- 'Não é mais uma democracia' -
Além dos temas da agenda da Presidência argentina do G20, na reunião os chanceleres também vão tratar de assuntos atuais, como as eleições deste domingo na Venezuela, nas quais Maduro obteve 68% dos votos - mas com abstenção de 52%.
O chefe da diplomacia argentina, Jorge Faurie, dará uma coletiva de imprensa às 14H15 para tratar do tema, sobre o qual conversou no domingo com o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, John Sullivan, que foi à cúpula representando o secretário de Estado, Mike Pompeo.
"Isso não é mais uma democracia", afirmou Macri no domingo.
A Argentina integra o chamado Grupo de Lima, com 14 países da região que não reconhecem a "legitimidade do processo eleitoral" venezuelano "por não cumprir com os padrões internacionais de um processo democrático, livre, justo e transparente". Nesta segunda, eles chamaram seus embaixadores em Caracas para consultas como protesto.
O ministro alemão de Relações Exteriores, Heiko Maas, garantiu que "não foram as eleições livres e justas que o povo venezuelano merece", em uma mensagem no Twitter.
Nesta segunda, ocorreu a primeira sessão a portas fechadas sobre o multilateralismo e os desafios globais, como a segurança cibernética, comércio e migração, seguido de outras discussões sobre infraestrutura e futuro alimentar e trabalhista - prioridades da presidência argentina do G20.
Ao fim da reunião, Faurie dará uma coletiva de imprensa com seus colegas da Alemanha, Maas (pelo G20 anterior em Hamburgo), e do Japão, Taro Kono (pelo próximo G20, em Osaka).
Por outro lado, Síria, Irã e Palestina também estão na agenda, mas as 20 principais economias do mundo não têm condições de chegar a um consenso sobre assuntos tão espinhos, indicaram as fontes.
Uma declaração final assinada pelos 20 países-membros deve ser lançada nesta segunda-feira.
Também participam da reunião os ministros de Relações Exteriores da China, Wang Yi; da Austrália, Julie Bishop; e Boris Johnson, secretário de Estado para Relações Exteriores do Reino Unido.
Entre os membros do G5, a França enviou o diretor-geral do Quai d'Orsay, Laurent Bili. A ministra de Exteriores búlgara, Ekaterina Zajárieva, representa a UE.
A Argentina é o primeiro país sul-americano a sediar uma cúpula de chefes de Estado do G20, de 30 de novembro a de dezembro.
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