Opositor venezuelano Leopoldo López e sua família se refugiam na embaixada chilena . Rússia deveria pressionar Maduro para evitar violência na Venezuela: funcionário dos EUA

Opositor venezuelano Leopoldo López e sua família se refugiam na embaixada chilena

AFP / FRED DUFOURPresidente do Chile, Sebastián Piñera, em 26 de abril de 2019
O líder opositor venezuelano Leopoldo López, libertado nesta terça-feira (30) de sua prisão domiciliar por militares que apoiam Juan Guaidó, refugiou-se com sua esposa e um de seus três filhos na embaixada do Chile em Caracas - anunciou a Chancelaria chilena.
Em uma mensagem do Twitter, o Ministério das Relações Exteriores do Chile informou que "Lilian Tintori e sua filha entraram como hóspedes na residência de nossa missão diplomática em Caracas. Há minutos se somou seu cônjuge, Leopoldo López, que permanece junto à sua família nesse lugar. O Chile reafirma o compromisso com democratas venezuelanos".
Preso em 2014, López cumpre desde 2017 sob prisão domiciliar uma sentença de quase 14 anos de regime fechado, por incitar protestos violentos contra o governo Chávez.
No início da rebelião nesta terça-feira contra o presidente Nicolas Maduro, Juan Guaidó apareceu em La Carlota, a principal base aérea no país, com um pequeno grupo de uniformizados e Leopoldo López. Este último disse ter sido "libertado" pelos militares de sua prisão domiciliar.
Na mesma residência diplomática do Chile em Caracas, o parlamentar opositor Freddy Guevara é mantido como "hóspede" há um ano e cinco meses.
Cinco outros juízes venezuelanos também foram recebidos na residência chilena, mas conseguiram deixar o país. Atualmente, encontram-se no Chile, sob asilo político.
O Chile faz parte do Grupo de Lima, que nesta terça-feira anunciou uma reunião de emergência. Criado em 2017 por uma dúzia de países da América, incluindo o Canadá, o Grupo procura uma solução pacífica para a crise na Venezuela.

Rússia deveria pressionar Maduro para evitar violência na Venezuela: funcionário dos EUA

GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP / ALEX WONGO enviado dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams (esq.), é confrontado por manifestantes durante audiência em Washington, em fevereiro de 2019
O representante especial dos Estados Unidos para a crise na Venezuela, Elliott Abrams, disse nessa terça-feira (30) que a Rússia deveria pressionar o presidente Nicolás Maduro para evitar situações de violência no país, depois que um grupo de militares se rebelou em apoio ao líder opositor.
"Os russos estavam exercendo um papel que ajuda muito pouco. Ajudaria que fizessem um chamado à não violência", declarou Abrams em entrevista.
"Uma das coisas que temos visto hoje são alguns casos de violência por parte das forças de segurança venezuelanas contra civis desarmados e inocentes", acrescentou.
Durante o dia, a Rússia acusou Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino, de alimentar o conflito e pediu um negociação, opção que Washington recusa.
Abrams relatou ainda ter trocado mensagens com Guaidó por volta das 15h (horário de Brasília) dessa terça-feira e que o líder opositor parecia "otimista e determinado".
O funcionário americano também ressaltou o fato de Maduro não ter sido visto em atos públicos ao longo do dia.
"Normalmente, alguém interpretaria isso como um sinal de que (ele) não está seguro do apoio que tem", completou Abrams, que classificou a situação na Venezuela como "confusa".




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