Funcionários da Petrobras no Uruguai iniciam greve de fome
AFP / MIGUEL ROJOTres empleados del sector gasífero de la compañía brasileña Petrobras en Uruguay comenzaron el 30 de abril de 2019 una huelga de hambre en Montevideo
Funcionários da Petrobras no Uruguai iniciaram nesta terça-feira uma greve de fome no âmbito de um conflito com a empresa brasileira que abandonará as atividades no país.
Três funcionários do setor gasífero da companhia no Uruguai começaram uma greve de fome respaldados por seu sindicato, em frente à sede do Ministério da Indústria, em pleno centro de Montevidéu, constatou a AFP.
Enquanto a empresa alega que sua atividade no Uruguai é deficitária, os funcionários acusam a empresa de "abandonar a gestão deficitária" do serviço de gás encanado, do qual a Petrobras é concessionária desde 2004.
O presidente do sindicato dos trabalhadores do gás, Martín Guerra, disse à AFP que a firma reduziu a força de trabalho desde que iniciou as atividades no Uruguai e agora ameaça demitir quase 40 pessoas - 25% do total de funcionários.
Os funcionários alegam que o serviço não pode funcionar com menos braços, e garantem que o abastecimento de gás está em risco.
Os funcionários querem que a Petrobras seja privada da concessão para a exploração comercial do gás, no contexto de um longo conflito que teve seu ponto mais quente na semana passada, quando assumiram o "controle operário" das instalações da empresa em Montevidéu.
A Petrobras anunciou na sexta-feira a venda de sua rede de postos de gasolina no Uruguai como parte de um processo de redução de ativos para reposicionar seus negócios.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira em Montevidéu, ela também denunciou "hostilidade" dos trabalhadores e disse que não está disposta a "continuar acumulando prejuízos" em solo uruguaio.
"A Petrobras está determinada a não continuar acumulando prejuízos, sustentando concessões de serviço público que têm a equação econômico-financeira quebras e problemas estruturais, alheios a sua gestão e possibilidade de controle", afirmou a petroleira.
Citado pelo jornal El País, o ministro da Indústria, Guillermo Moncecchi, disse que até sexta-feira passada a empresa não considerava abandonar a concessão de distribuição de gás.
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