'Mãos fora da minha embaixada', gritam venezuelanos a ativistas que tomaram sede nos EUA
AFP / Ariela NAVARROAtivistas americanos protestam fora da embaixada da Venezuela em Washinton, em 27 de abril de 2019
Centenas de manifestantes que se opõem ao governo de Nicolás Maduro protestaram nesta terça-feira (30) em frente à embaixada venezuelana em Washington, tomada por ativistas favoráveis ao governo de Caracas para impedir que passasse para as mãos da delegação de Juan Guaidó.
Com os slogans "mãos fora da minha embaixada" e "já caiu, já caiu, o presidente é Juan Guaidó", os manifestantes repreendiam os ativistas americanos que vivem nas instalações há mais de duas semanas.
Esses últimos seguravam uma grande faixa com a legenda "mãos fora da Venezuela", uma mensagem repetida por Maduro contra os Estados Unidos.
A polícia instalou uma dupla barreira de aço para proteger os ativistas que se agruparam nas últimas semanas, formando o chamado Coletivo para a Proteção da Embaixada, dos manifestantes venezuelanos que gritavam frases como "vocês deveriam ter vergonha".
Os ativistas pró Maduro se refugiaram na escadaria da embaixada, cantando "We shall not be moved".
"Eu vim, porque estamos em um ponto alto em nosso país, onde temos que defender nosso direito à liberdade", alegou Antonieta Rodríguez, natural de Puerto de la Cruz.
Os ativistas em favor de Maduro seguravam faixas amarelas com letras pretas inscritas: "Não à agressão contra a Venezuela" e "Não aos planos do golpe dos Estados Unidos na Venezuela".
O prédio de quatro andares, localizado no elegante bairro de Georgetown, está fechado ao público. A maioria dos diplomatas venezuelanos deixou o país após perder seu status, depois que os Estados Unidos se tornaram um dos primeiros países a reconhecer Guaidó em janeiro.
Os últimos funcionários que eram oficialmente emissários estrangeiros, por serem representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), já deixaram o local antes de perder sua jurisdição que expirou na última quinta-feira.
Os ativistas americanos se revezam para que todas as noites cerca de dez pessoas durmam na sede diplomática para "guardá-la".
Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira, o representante de Guaidó nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, recusou-se a responder a pergunta sobre quando ele pretende entrar na embaixada.
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