APÓS BOLSONARO ADVERTIR Olavo volta a criticar militares: 'Generais incultos e presunçosos' Bolsonaro, Olavo critica 'generais incultos e presunçosos' Em novo vídeo, escritor afirma que nenhum egresso de academia militar tem condição de contestá-lo

Vivi Zanatta/Folhapress - 06.out.2017
APÓS BOLSONARO ADVERTIR

Olavo volta a criticar militares: 'Generais incultos e presunçosos'

Bolsonaro, Olavo critica 'generais incultos e presunçosos'

Em novo vídeo, escritor afirma que nenhum egresso de academia militar tem condição de contestá-lo


23.abr.2019 às 19h05

Gustavo Uribe

Mesmo após ter sido repreendido pelo presidente Jair Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho divulgou vídeo nesta terça-feira (23) em que faz novas críticas à classe militar, sobretudo a "generais incultos e presunçosos".
Na gravação, o ideólogo de direita afirmou que a sua análise sobre a atuação das Forças Armadas no regime militar (1964-1985) é uma "tese histórica absolutamente irrefutável" e ressaltou que nenhum egresso de academia militar tem mínima condição de contestá-la.
Na segunda-feira (22), ao ler nota em nome de Bolsonaro, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que as críticas de Olavo à classe militar "não contribuem" com o governo.
"O que digo das Forças Armadas e da sua atuação no regime militar é uma tese histórica absolutamente irrefutável. Não podendo contestá-la, generais incultos e presunçosos tentam reduzi-la a uma conspiração jornalística contra suas augustas pessoas", disse.
Em vídeo anterior, que foi divulgado e depois apagado do canal oficial do presidente, o escritor questionou a contribuição das escolas militares para o país e disse que o regime militar "destruiu os políticos de direita".
Em resposta a ele, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendeu as escolas militares e afirmou que o escritor não deve comentar sobre assuntos que desconhece e se limitar à função de astrólogo, área estudada por ele.
"Afirmo categoricamente: nenhum egresso de academia militar tem hoje a mais mínima condição de impugnar a minha análise ou sequer de apreender o alcance histórico do que estou dizendo. Esperneando histericamente contra a verdade histórica, só mostram o quanto é exíguo o seu horizonte de consciência e invencível a sua submissão aos critérios politiqueiros de julgamento", afirmou Olavo.
O escritor disse ainda que burocratas "fardados ou civis" não devem temê-lo, porque ele não pretende ocupar postos no governo e ter "o tipo de prestígio" deles. Ele ressaltou que jamais se rebaixou e não se rebaixará para disputar o que chamou de "supremo valor da existência" daqueles criticados por ele.
"Moldada por vigaristas e analfabetos funcionais, ávidos de poder e de dinheiro, a opinião pública só entende todas as afirmações, especialmente as minhas, como tomadas de posição a favor deste ou daquele grupo. Mesmo as análises que faço de acontecimentos de mais de meio século atrás são reduzidas a fusquinhas e caras feias contra este ou aquele alto funcionário, como se eu estivesse disputando o seu cargo", afirmou.
A troca de críticas entre os seguidores do escritor, os chamados olavistas, e os militares tem ocorrido ocorrido desde o início do governo e levado o presidente a gastar seu capital político para arrefecer a disputa.
Recentemente, Olavo incentivou o deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) a apresentar um pedido de impeachment contra Mourão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...