Secretário de Comércio dos EUA descarta acordo definitivo com China no G20. American Airlines cancela voos do Boeing 737 MAX até 3 de setembro

Secretário de Comércio dos EUA descarta acordo definitivo com China no G20

GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos / ALEX WONGSecretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, testemunha em um Comissão do Senado dos EUA, em 10 de maio de 2019, em Washington
O secretário americano do Comércio, Wilbur Ross, disse nesta terça-feira (11) que EUA e China não vão anunciar um acordo comercial na cúpula do G20 no final de junho, no Japão.
"A cúpula do G20 não é um lugar para um acordo comercial definitivo", disse Wilbur Ross à emissora CNBC, acrescentando, contudo, que pode haver "algum tipo de acordo sobre o caminho a seguir".
"Certamente não será um acordo definitivo", insistiu.
Segundo ele, o presidente Donald Trump pretende conversar sobre o assunto com seu colega chinês, Xi Jinping.
Ross disse também que, ainda que este conflito possa parecer "uma guerra frontal", terminará, de qualquer maneira, com uma solução consensual.
"Os mercados estão muito nervosos, ou muito eufóricos", criticou, apontando o exemplo das "pessoas que ficaram histéricas" quando Trump ameaçou impor tarifas a bens importados do México.
"Finalmente, temos uma solução que pode ajudar a resolver o problema da crise (dos imigrantes clandestinos) na fronteira e que não inclui tarifas aduaneiras", comentou.
Além disso, convidou seus colegas a "aprenderem com esta crise" e "a julgarem este governo de acordo com os resultados".
Mais uma vez, Trump disse que os consumidores americanos não foram afetados pela guerra comercial entre Washington e Pequim.
O governo chinês "desvaloriza sua moeda e dá subsídios às suas empresas para atenuar os efeitos das sobretaxas" de 25% impostas pelos Estados Unidos a produtos chineses importados, no total de 250 bilhões de dólares, tuitou.
Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que o aumento das tensões entre Pequim e Washington pode afetar o crescimento dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, apontou que, por enquanto, os efeitos do conflito tiveram pouco impacto sobre os consumidores.
Na segunda-feira, Trump ameaçou adotar novas tarifas sobre a China, se a reunião com Xi Jinping, em paralelo à cúpula do G20 em Osaka, não acontecer.

American Airlines cancela voos do Boeing 737 MAX até 3 de setembro

AFP / Don EmmertUm Boeing 737 MAX da American Airlines, em 13 de março de 2019, no aeroporto de LaGuardia, em Nova York
A companhia aérea American Airlines anulou por precaução, até 3 de setembro, todos os voos previstos com aviões Boeing 737 MAX, cuja frota continua paralisada após dois letais acidentes que deixaram 346 mortos.
A empresa já havia anunciado o cancelamento desses voos até 19 de agosto.
Em um comunicado, a American Airlines afirma que as aeronaves voltarão a "ser certificadas em breve" pela agência responsável pelo setor de Aviação Civil nos Estados Unidos, a FAA. Decidiram, então, prorrogar o prazo para permitir que seus clientes e tripulações "se organizem" em condições melhores.
A American, que opera 14 MAX, cancelará 115 voos diários devido à paralisação deste modelo da Boeing.
O acidente da Lion Air, ocorrido na Indonésia no final de outubro de 2018, e o da Ethiopian Airlines, em março passado, expuseram o mau funcionamento do sistema antibloqueio MCAS, que equipa os 737 MAX.
A gestão do tema por parte da Boeing e a revelação de que mantinha estreitas relações com a agência reguladora provocaram uma crise de confiança entre as empresas americanas e o público, os pilotos e uma parte das agências mundiais de regulação da Aviação Civil.

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