Berlusconi garante ter maioria parlamentar

Berlusconi garante ter maioria parlamentar

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou neste domingo que, apesar das últimas deserções de deputados da coalizão governista, o Executivo possui o apoio da maioria no Parlamento.

"Apesar dos abandonos, que espero que possam retornar, temos até a maioria. Comprovamos os números nas últimas horas e temos a maioria", garantiu Berlusconi, em discurso por telefone durante o congresso do movimento Ação Popular.

A imprensa italiana informa que, diante da importante votação da próxima terça-feira, quando será necessário aprovar o documento com as contas do Estado de 2010, o número de deputados da coalizão governista caiu para 306 devido aos últimos abandonos, por isso não se conseguiria aprovar o texto.

Enquanto estava na Cúpula do G20 em Cannes (França), Berlusconi perdeu o apoio de dois deputados de seu partido - Alessio Bonciani e Ida D'Ippolito -, que passaram a fazer parte do grupo da União da Democracia Cristã e de Centro (UDC).

Segundo a imprensa, já seriam 20 os deputados que estariam pensando em votar contra o Governo na terça-feira. Mas Berlusconi reiterou que, segundo suas contas, têm a maioria e destacou que seu Governo pretende permanecer até 2013, quando termina a atual legislatura. "Não acreditamos em Governos de união nacional, nem Governos técnicos. Nós continuaremos governando, mas, se no final não for possível, a única alternativa seriam as eleições antecipadas", ressaltou o premiê.

Berlusconi fez um apelo aos partidos da oposição para que votem as reformas econômicas previstas por seu Governo para reduzir a dívida e fomentar o crescimento, como pedido pela União Europeia. "Não votá-las não significa ir contra a maioria, mas contra a Itália". "Nosso país se encontra diante da dupla ameaça: a da especulação nos mercados e a especulação política sobre a crise na tentativa de buscar uma maneira de chegar ao poder. Não podemos, portanto, deixar a Itália em mãos desta esquerda", acrescentou.

Já o líder do Partido Democrata, Pier Luigi Bersani, anunciou que se está pensando na possibilidade de apresentar uma moção de censura. "Não sei o que acontecerá na terça-feira, mas discutiremos com os demais partidos na oposição e cogitaremos apresentar um voto de censura".
COPIADO :  http://odia.ig.com.br/portal/mundo/

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