publicado em 01/03/2012 às 20h53
O Brasil "recebeu com surpresa" a decisão dos Estados Unidos de cancelar a compra de 20 aviões de ataque Super Tucano, da Embraer, e considera que a decisão não "contribui para o aprofundamento das relações de defesa entre os dois países", indicou nesta quinta-feira a Chancelaria.
O governo brasileiro "recebeu com surpresa a notícia da suspensão do processo de licitação" dos aviões, "em especial pela forma e pelo momento em que se deu", ressaltou em um comunicado.
Apesar disso, o governo apontou que "continuará mantendo o diálogo com as autoridades americanas sobre o tema".
O governo do Brasil ficou "muito mal impressionado" com o cancelamento da compra dos aviões da Embraer um mês antes da primeira viagem oficial da presidente Dilma Rousseff a Washington, prevista para 9 de abril, informou nesta quinta-feira à AFP uma fonte do governo.
O cancelamento "afetará" e "será levado em conta" na decisão brasileira para a compra dos 36 caças, por cerca de 5 bilhões de dólares, em uma licitação em que competem o caça Rafale da francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing, e o Gripen NG da sueca Saab, acrescentou a fonte.
A Força Aérea americana cancelou inesperadamente na terça-feira um contrato de 355 milhões de dólares para a compra de 20 aviões Super Tucano da Embraer, em uma licitação vencida pela empresa brasileira em parceria a americana Sierra Nevada Corporation.
A decisão foi tomada após uma queixa da empresa Hawker Beechcraft Corp, que teve seu aparelho Beechcraft AT-6 excluído do processo de licitação.
Na quarta-feira, o chefe da Força Aérea dos Estados Unidos, general Norton Schwartz, disse que o cancelamento do contrato para a compra dos Super Tucano era uma "vergonha" e se comprometeu a rever "rapidamente" a licitação.
Nesta quinta, o número dois do Departamento de Estado, William Burns, em visita ao Rio de Janeiro, assegurou que os Estados Unidos "continuam interessados" a comprar os Super Tucano.
"A Embraer é uma grande companhia e o Super Tucano é um grande avião. Os Estados Unidos estão em meio a processos internos, mas continuam interessados" em comprar os 20 aviões, disse Burns a jornalistas no Rio de Janeiro.
Burns descartou também que a compra dos Super Tucano esteja vinculada aos planos do Brasil de adquirir 36 caças. "Não creio que os dois temas estejam relacionados (...) São dois temas diferentes", disse Burns, insistindo que a Boeing segue na disputa para ganhar a licitação com seus caças F-18.
"Estamos convencidos de que o F-18 é o melhor avião disponível e algo que reflete isso é que será o avião que os Estados Unidos utilizarão nos próximos 20, 30 anos. Estamos convencidos de que o pacote de transferência de tecnologia que oferecemos com o avião não tem precedentes em nossa relação e que é o melhor dos oferecidos" ao Brasil, insistiu.
O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, indicou recentemente que o Brasil poderá decidir no primeiro semestre do ano a compra dos caças. Fontes do governo e analistas indicam que o vencedor não será revelado antes de maio, data das eleições presidenciais na França.
O contrato sobre os Super Tucano foi lançado em dezembro para equipar a nova Força Aérea afegã frente à retirada das tropas da Otan.
O AT-29 Super Tucano é um avião turbo-hélice projetado para ataques rápidos, contrainsurgência, apoio aéreo tático, missões de reconhecimento aéreo em ambientes de baixa ameaça, assim como para o treinamento avançado de pilotos.
ym/lbc/lb/lr/dm
Copiado :http://noticias.r7.com/
O Brasil "recebeu com surpresa" a decisão dos Estados Unidos de cancelar a compra de 20 aviões de ataque Super Tucano, da Embraer, e considera que a decisão não "contribui para o aprofundamento das relações de defesa entre os dois países", indicou nesta quinta-feira a Chancelaria.
O governo brasileiro "recebeu com surpresa a notícia da suspensão do processo de licitação" dos aviões, "em especial pela forma e pelo momento em que se deu", ressaltou em um comunicado.
Apesar disso, o governo apontou que "continuará mantendo o diálogo com as autoridades americanas sobre o tema".
O governo do Brasil ficou "muito mal impressionado" com o cancelamento da compra dos aviões da Embraer um mês antes da primeira viagem oficial da presidente Dilma Rousseff a Washington, prevista para 9 de abril, informou nesta quinta-feira à AFP uma fonte do governo.
O cancelamento "afetará" e "será levado em conta" na decisão brasileira para a compra dos 36 caças, por cerca de 5 bilhões de dólares, em uma licitação em que competem o caça Rafale da francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing, e o Gripen NG da sueca Saab, acrescentou a fonte.
A Força Aérea americana cancelou inesperadamente na terça-feira um contrato de 355 milhões de dólares para a compra de 20 aviões Super Tucano da Embraer, em uma licitação vencida pela empresa brasileira em parceria a americana Sierra Nevada Corporation.
A decisão foi tomada após uma queixa da empresa Hawker Beechcraft Corp, que teve seu aparelho Beechcraft AT-6 excluído do processo de licitação.
Na quarta-feira, o chefe da Força Aérea dos Estados Unidos, general Norton Schwartz, disse que o cancelamento do contrato para a compra dos Super Tucano era uma "vergonha" e se comprometeu a rever "rapidamente" a licitação.
Nesta quinta, o número dois do Departamento de Estado, William Burns, em visita ao Rio de Janeiro, assegurou que os Estados Unidos "continuam interessados" a comprar os Super Tucano.
"A Embraer é uma grande companhia e o Super Tucano é um grande avião. Os Estados Unidos estão em meio a processos internos, mas continuam interessados" em comprar os 20 aviões, disse Burns a jornalistas no Rio de Janeiro.
Burns descartou também que a compra dos Super Tucano esteja vinculada aos planos do Brasil de adquirir 36 caças. "Não creio que os dois temas estejam relacionados (...) São dois temas diferentes", disse Burns, insistindo que a Boeing segue na disputa para ganhar a licitação com seus caças F-18.
"Estamos convencidos de que o F-18 é o melhor avião disponível e algo que reflete isso é que será o avião que os Estados Unidos utilizarão nos próximos 20, 30 anos. Estamos convencidos de que o pacote de transferência de tecnologia que oferecemos com o avião não tem precedentes em nossa relação e que é o melhor dos oferecidos" ao Brasil, insistiu.
O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, indicou recentemente que o Brasil poderá decidir no primeiro semestre do ano a compra dos caças. Fontes do governo e analistas indicam que o vencedor não será revelado antes de maio, data das eleições presidenciais na França.
O contrato sobre os Super Tucano foi lançado em dezembro para equipar a nova Força Aérea afegã frente à retirada das tropas da Otan.
O AT-29 Super Tucano é um avião turbo-hélice projetado para ataques rápidos, contrainsurgência, apoio aéreo tático, missões de reconhecimento aéreo em ambientes de baixa ameaça, assim como para o treinamento avançado de pilotos.
ym/lbc/lb/lr/dm
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