Merkel diz que Dilma promete ajudar a refinanciar o FMI

Medida serviria para ajudar os países europeus em crise financeira

           
Reuters | 06/03/2012 08:41
     

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta terça-feira ter recebido garantias da presidente Dilma Rousseff de que o Brasil participará de uma recapitalização do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que por sua vez poderia ajudar a reforçar os fundos anticrise para a zona do euro.

As duas líderes disseram a repórteres depois de uma reunião em uma feira comercial em Hanover, na Alemanha, que discutiram as preocupações de Dilma de que uma enxurrada de dinheiro barato das nações industrializadas, incluindo as operações de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), prejudicava países como o Brasil por levar a uma apreciação de suas moedas.


Foto: AP
Dilma e Merkel colocam tablet à prova d'água em aquário na CeBit, feira de tecnologia de Hanover
Merkel disse que tranquilizou Dilma de que essas eram apenas medidas temporárias destinadas a ajudar as reformas da zona do euro a fim de enfrentar a crise da dívida. O Brasil tem pedido que a Europa estabilize o euro antes que o FMI possa aumentar seu próprio capital e libere mais fundos para países em dificuldades da zona do euro, como a Grécia.

Energia nuclear

A Alemanha não decidiu ainda se vai renovar o aval de 1,4 bilhão de euros (R$ 3,2 bilhões) para a construção da usina nuclear de Angra 3, afirmou hoje a chanceler alemã Angela Merkel. Já a presidente Dilma Rousseff deixou claro que o Brasil continuará construindo Angra 3 de todo jeito, até porque já investiu muito dinheiro no projeto.

"Uma decisão definitiva não foi tomada", afirmou Merkel em entrevista junto com Dilma, hoje cedo, após visita na maior feira de telecom do mundo, na qual um pequeno grupo protestou discretamente contra o financiamento para o projeto brasileiro.

Como o Valor revelou, o Partido Social-Democrata questionou o governo de Merkel sobre a garantia de crédito a exportação de equipamentos para Angra 3. Consideram que isso é incoerente com a decisão da própria chanceler de fechar todas as usinas nucleares na Alemanha até 2022, apos a tragédia de Fukushima (Japão). Copiado : http://economia.ig.com.br/

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